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[#LeiaNacional] Entrevista com Marcos P. Silva, autor de ❝A bruxa no véu negro❞


  1. Primeiramente, fale-nos um pouco  sobre você.

Eu sou o Marcos, estudante de gastronomia e apaixonado por livros. As obras sempre estiveram em minha vida, em momentos de tristeza eu lia, em momentos de felicidade eu lia também, não importava a hora eu estava lendo, isso me ajudou em muita coisa, principalmente quando eu quis iniciar na escrita. Meus gêneros favoritos são fantasia e terror.

 

  1. Há quanto tempo você escreve, como começou?

Quando eu tinha uns quatro anos eu tentei escrever um livro infantil. Resultou em três páginas de um romance entre uma galinha e um sapo, então acredito que isso não conta. Em 2016 eu tentei iniciar a escrita, com doze anos, uma fantasia que nunca passou do primeiro capítulo. Agora em 2019, eu estava doente, então precisava de algo para me distrair, foi quando eu comecei a escrever e adorei, desde aquela época eu nunca mais parei.

 

  1. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Acho que é importante olhar tudo ao seu redor como uma ideia. Seja sonhos ou situações do dia a dia, tudo é ideia para mim. Isso deixa o livro ou as ideias mais “reais”, me inspira bastante. Várias situações de A Bruxa do Véu Negro realmente aconteceram…

 

  1. Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Stephen King na parte do terror, Diana Wynne Jones em fantasia.


  1. Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

Atualmente está sendo lidar com o Alzheimer de uma das minhas personagens, é muito complicado, mas não vou desistir!


  1. Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

Organizar a ideias, evitar procrastinação e o próprio ato de escrever é cansativo.


  1. Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

Vou falar de A Bruxa do Véu Negro aqui, pois foi o meu primeiro no mercado literário e é meu xodó. Eu queria tentar algo diferente de tudo o que eu já tinha feito, eu publicava os capítulos no wattpad e o pessoal que lia meus livros adorou, as pessoas me incentivaram demais a continuar. Na época acreditei que tava fazendo um bom trabalho, então não desisti.


  1. Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

Sim, eu sou completamente apaixonado na Ruth de A Bruxa do Véu Negro


  1. Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

Stephen King, Andrew Pyper e Poe.


  1. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar a escrita de um novo livro?

Trabalho sempre com música, costumo dizer que se está tocando uma música animada, eu vou escrever animado. Então sempre escolho a playlist a dedo para me inspirar da forma “certa”

 

  1. Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Reúno músicas e faço muita anotação, acho que é importante demais a organização

 

  1. O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Ler gêneros contrários ao que eu estou escrevendo sempre ajuda. Por exemplo, se meu livro é de terror, eu busco livros felizes, romances e obras nesse estilo. Não sei o motivo, mas me ajuda muito.


  1. A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?

Na Bruxa eu tinha meus leitores do wattpad, eles sempre liam o que era postado e eu filtrava os comentários e fazia edições se julgava necessário, quando eu publiquei meu amigo Jhownee fez uma leitura crítica fantástica que me ajudou muito. Cacofonia de Contos minha namorada leu e me ajudou, já a continuação do meu primeiro livro eu ainda não convoquei ninguém.

 

  1. Qual a parte mais complicada durante a escrita?

Burlar a preguiça e a falta de criatividade


  1. Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Atualmente escrevo um pouco todos os dias, mas não recomendo muito. Seu humor influencia muito na hora da escrita, então o ideal é sentar e escrever o máximo possível. Essa é minha opinião.

 

  1. Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?

Criar uma ideia totalmente revolucionária é impossível, acho que as pessoas ao iniciarem uma obra precisam compreender isso. Muitas ideias ótimas são jogadas no lixo pois os autores acreditam que a sua ideia já está batida. Além disso, é necessário um investimento da editora em escritores e não o contrário, isso ajuda a peneirar os livros realmente bons.

 

  1. A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

Sempre estou iniciando projetos novos, mas não recomendo, eu acabo me perdendo.


  1. O que motiva você a continuar escrevendo?

Os livros são como vozes na minha cabeça, cada livro que eu publico é uma voz a menos.

 

  1. Que conselho você daria para quem está começando agora?

Leia o triplo do que você escreve, pesquise o dobro do que você lê e se organize muito.

 

  1. Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

A falta de valorização do mercado editorial. Atualmente um autor tem que ser influenciador digital também para conseguir se dar bem nesse cenário.

 


  1. Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

Estou feliz, os autores brasileiros estão cada vez aparecendo mais, isso me deixa muito contente, os leitores estão dando a oportunidade que todos nós precisamos.


  1. Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

O Iluminado, O Demonologista, Os Condenados e Sua Terra é Minha.

 

  1. Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Esteja preparado para reformular o seu livro diversas vezes, sua ideia inicial vai mudar completamente, acredite em mim.

 

  1. O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

Minha meta é publicar a continuação da Bruxa e trazer uma obra nova, espero que eu leia essa entrevista em 2024 tendo certeza do meu trabalho.

O AUTOR

Marcos Paulo Silva nasceu em 2004, em Itajaí, onde mora com a família e seu cachorro. Ainda na tenra idade, adquiriu enorme apreço por literatura fantástica, aventurando-se no gênero no início de sua vida como escritor. Foi em setembro de 2020 que fincou suas raízes
no terror ao começar a escrever A Bruxa do Véu Negro, seu livro de estreia publicado pela editora Flyve. Em seu tempo livre, costuma jogar xadrez e ver filmes, além de adorar cozinhar tortas doces.

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