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[RESENHA #496] Campos de morangos: uma história sobre exploração humana, de Sandra Saruê
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Entrevista: Nathália Pinheiro, autora de ❝coração discente diz o que sente❞
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- Primeiramente, fale-nos um pouco sobre você.
Eu sou a Natanny (ou Nath, ou até
SeokNath) tenho 21 anos e sempre fui leitora desde de muito pequena. Tenho uma
paixão muito grande por animais, por isso minha antiga graduação era medicina
veterinária, mas a paixão pela escrita e pelas palavras falou mais alto e
atualmente estou cursando letras. Sou muito fã do mundo geek em geral e vivo
com a cabeça no mundo dos livros até os dias atuais.
- Há quanto tempo você escreve, como começou?
Estou neste mundo da escrita há
oficialmente 10 anos, desde que eu tinha 12. Comecei de bobeira, seguindo o
ritmo da loucura adolescente pela saga "Crepúsculo". Escrevi uma
história de fantasia com a temática de vampiros com algumas reviravoltas bobas.
De qualquer maneira nunca postei essa história em lugar nenhum (graças a Deus).
Escrevi também várias histórias que nunca foram publicadas, na verdade. Até que
em 2015 decidi publicar, mas de um jeito meio “diferente”; descobri um site de
autopublicação que era muito famoso entre os jovens escritores de fanfics, e
com a influência do grupo de k-pop BTS na minha vida, eu virei a “SeokNath”,
meu pseudônimo oficial no mundo das fanfics. Fiquei nesse meio de publicação
até o meio de 2022, quando decidi que já estava na hora de deixar esse universo
de lado e virar uma escritora que realmente vende seus livros.
- Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?
Ah, com certeza! Na verdade, eu
busco inspiração em tudo: filmes, séries, edits de vídeos no youtube, vídeo-games,
músicas e até mesmo os meus próprios sonhos. No meu primeiro conto oficial
lançado, intitulado de “1969: Uma História de Amor de Woodstock”, eu me
inspirei em tudo que representava o festival; escutei as músicas que tocaram
durante o evento, pesquisei sobre as bandas e os cantores, procurei referências
hippies em fotos e até mesmo matérias e entrevistas sobre as pessoas que
estavam lá naquele dia. O meu conto nasceu de uma avalanche de inspirações,
todas elas misturadas. Mas não houve nenhum segredo durante a escrita, apenas
uma mente relaxada e focada nas referências que eu tinha em mãos.
- Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?
O trabalho mais desafiador em
relação à escrita que eu tive até hoje, foi com certeza lutar contra minha
própria mente. É bastante difícil seguir em frente nesse ramo quando existe uma
voz na sua cabeça dizendo que você não é bom o suficiente. Já existiram
períodos em que desisti da escrita, mas sempre voltei atrás na decisão, porque
não me vejo em outra profissão a não ser escritora. Esse é o meu meio. Esse é
com certeza o meu ramo.
- Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?
Para mim, acredito que seja
equilibrar a balança entre gostar do seu próprio livro, e fazer os leitores
igualmente gostarem. Não me vejo escrevendo ou publicando algo que não gostei,
mas o público gostou, somente para agradá-los. Gosto da ideia do balanceamento
de opiniões entre autor e leitor.
- Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?
Meu primeiro livro foi uma
fantasia com vampiros, na qual eu escrevi quando tinha somente 12 anos. Na
época eu tinha uma visão infantil das coisas, então não tinha nenhuma intenção
em publicar. O meu incentivo inicial foi a saga de livros e filmes
“Crepúsculo”.
- Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?
Com certeza! Mas isso é para um projeto que ainda não foi
anunciado. (rs)
- Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?
Sempre fui muito fã de terror.
Comecei a devorar os livros do Stephen King ainda muito nova, e a vida toda
sempre achei aquele cara um gênio! Tenho várias referências de escrita atuais,
como a V.E Schwab e Taylor Jenkins Reid, mas com certeza o maior sempre será
Stephen King.
- Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar a escrita de um novo livro?
Não tenho nenhum segredo, mas costumo
preparar o ambiente antes de começar a escrever. Um local confortável, pouco
barulho, uma xícara de chá ou café… Sempre é bom partir para esses lados.
- Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?
Sim! Costumo fazer isso em todos
os meus livros. Em “1969: Uma História de Amor de Woodstock”, fiz uma playlist
com as músicas que iria citar durante o conto, e também anotei informações
sobre o festival, além de salvar muitas fotos para ter mais referências de como
descrever aqueles tempos.
- O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?
Tenho um certo costume que
funciona assim: Coloco o cronômetro para rodar por uma hora inteira. Durante
essa uma hora eu vou focar somente na escrita. Irei ignorar tudo ao meu redor e
somente escrever. Eu literalmente me “forço” a ter criatividade (rs) Depois que
o cronômetro parar, eu reviso o que escrevi. Se for bom eu mantenho, mas caso
eu não goste tanto, descarto e anoto as partes em que mais gostei para manter a
criatividade acesa. Acredito que seja uma boa dica para driblar a ausência de
criatividade.
- A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?
Tenho duas amigas leitoras de
confiança que fazem essa “primeira avaliação” para mim. Elas não são leitoras
betas, mas me dão opiniões sinceras sobre o que escrevi. Geralmente tem muito
surto durante essas conversas.
- Qual a parte mais complicada durante a escrita?
Para mim é com certeza manter o
ritmo durante o processo de escrita. É preciso ter um apego muito forte no
hábito de escrever para não acabar deixando a história de lado durante um
tempo.
- Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?
Sempre escrevo por pelo menos uma
hora por dia. É a minha meta diária. Às vezes escrevo somente durante a uma
hora, mas também às vezes extrapolo na criatividade e passo mais de cinco horas
digitando em frente ao computador. Então eu diria que prefiro escrever um pouco
todos os dias.
- Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?
Tenho muita esperança que o
mercado literário brasileiro de autores novos e pequenos seja mais valorizado.
Agora estamos vendo um crescimento maior de editoras que estão aceitando novos
autores e suas obras, e fico feliz por isso. Meu maior desejo é sempre que as
obras nacionais sejam mais valorizadas por todas as editoras, principalmente as
maiores.
- A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?
Acredito que a maioria dos
escritores tem essa criatividade de bilhões, e estão sempre trabalhando em mais
de uma história. Comigo não é muito diferente, não. Eu tenho minhas ideias e
sempre as anoto para ir adicionando mais camadas na história, mas sempre
prefiro escrever uma história de cada vez para não ficar confundindo as idéias
na cabeça.
- O que motiva você a continuar escrevendo?
Minha paixão pelo mundo literário
é indescritível. Não me imagino em outra área a não ser essa. A escrita é como
eu me mostro e me comunico com o mundo. Esse é com certeza o meu maior
incentivo.
- Que conselho você daria para quem está começando agora?
Leia muito! Leia diferentes
gêneros, se aprofunde na forma de escrever de cada autor, e principalmente: Não
desista! Ninguém começou no topo.
- Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?
Em minha visão, o maior desafio para um autor no cenário atual é conseguir uma boa editora para distribuir seus livros. Poucas editoras dão chances para autores nacionais, então no final acaba sobrando a opção da publicação independente. E sim, tenho uma rotina de escrita: escrevo todos os dias de segunda a sexta-feira por no mínimo uma hora, e tiro uma folguinha aos finais de semana.
- Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?
Apesar de a recepção com novos
autores e obras nacionais terem melhorado (muito) nos últimos anos, ainda
acredito que existe um certo preconceito para com as obras de autores pequenos
e nacionais. Espero que com o passar do tempo isso vá melhorando cada vez mais.
- Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?
“It - A coisa”, de Stephen King.
“Malibu Renasce”, de Taylor Jenkins Reid. “Quem é você, Alasca?”, de John Green
e “Uma vida pequena”, de Hanya Yanagihara.
- Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?
Use a abuse das referências.
Pesquise bastante sobre todo o universo que você gostaria de criar. Acredito
que toda ficção contém um pouco de realidade, então não deixe de pesquisar
referências como fotos, vídeos, entrevistas, músicas e até mesmo livros do
mesmo gênero na qual você está escrevendo. Se aprofundar e mergulhar em sua
própria história nunca é demais.
- O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?
2023 é o meu ano de recomeço. Meu conto “1969: Uma história de amor de Woodstock” será lançado em 16 de janeiro, e também pretendo finalizar um livro em processo de escrita para ser lançado. Tenho esse ano como um ano onde finalmente vou poder viver daquilo que sempre sonhei: a escrita.
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