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[RESENHA #722] O duplo, de Dostoiévski



Sobre O duplo, seu segundo romance, publicado em 1846, Dostoiévski declararia: "nunca dei uma contribuição mais séria para a literatura do que essa". De fato, ao retratar o drama de um pequeno funcionário de personalidade cindida, que passa a enxergar e conviver com seu próprio duplo, o autor russo antecipa aqui seus grandes romances de maturidade, como Crime e castigo e O idiota. Influenciada por Hoffmann e Gógol, esta surpreendente história ganha aqui sua primeira tradução direta do russo, que busca preservar toda a radicalidade e o humor do texto original, e vem acompanhada de uma seleção das belas ilustrações do artista expressionista austríaco Alfred Kubin.

RESENHA


O Duplo é um romance do escritor russo Fiódor Dostoiévski, publicado em 1846. A história gira em torno de Iákov Petróvitch Goliádkin, um funcionário público sem grande expressão social, que começa a ser atormentado por um duplo, que é uma cópia exata dele mesmo. O livro é uma obra-prima da literatura russa e é considerado um dos primeiros trabalhos de Dostoiévski. A obra é uma crítica à sociedade da época, que muitas vezes se baseava em preconceitos e estereótipos para julgar as pessoas. O livro é repleto de humor e ironia, e o narrador onisciente revela a dedicação do protagonista que, na verdade, fica obcecado com seus estudos na área de psiquiatria. Além disso, ele aborda os temas da identidade, da loucura e da alienação. O Duplo é uma leitura obrigatória para quem quer conhecer a literatura russa e a obra de Dostoiévski.

Dostoiévski é um dos maiores escritores russos de todos os tempos e é frequentemente comparado a Freud e Nietzsche por sua exploração das bases irracionais e inconscientes da psiquê humana. A Rússia na década de 1840 era um mundo em mudança, resistindo freneticamente à pressão por mudanças, que vinha tanto de dentro da Rússia, quanto da Europa Ocidental. O próprio Czar insinuou a abolição da servidão, e o círculo de debates do qual Dostoiévski participou foi ignorado pelas autoridades durante anos. No entanto, o advento das revoluções europeias de 1848 pôs fim a toda conversa e tolerância. Assim, a interrupção da carreira de Dostoiévski em 1849 coincidiu com a ruptura brusca na vida política e cultural russa, quando ele foi preso acusado de conspiração contra o Czar. Dez anos depois (1859), foi solto, o que coincidiu com um período com menos censura e com a relativa liberdade política. Tudo isso mudou a forma de pensar de Dostoiévski. O Duplo é um romance do escritor russo Fiódor Dostoiévski, publicado em 1846. A história gira em torno de Iákov Petróvitch Goliádkin, um funcionário público sem grande expressão social, que começa a ser atormentado por um duplo, que é uma cópia exata dele mesmo. O livro é uma obra-prima da literatura russa e é considerado um dos primeiros trabalhos de Dostoiévski. A obra é uma crítica à sociedade da época, que muitas vezes se baseava em preconceitos e estereótipos para julgar as pessoas. O livro é repleto de humor e ironia, e o narrador onisciente revela a dedicação do protagonista que, na verdade, fica obcecado com seus estudos na área de psiquiatria. Além disso, ele aborda os temas da identidade, da loucura e da alienação. O personagem principal, Iákov Petróvitch Goliádkin, é um homem solitário e inseguro que se sente deslocado na sociedade em que vive. Ele é um funcionário público sem grande expressão social, que começa a ser atormentado por um duplo, que é uma cópia exata dele mesmo. O duplo é uma representação da parte sombria e reprimida da personalidade de Goliádkin, e o livro explora a luta interna do personagem para lidar com essa dualidade. O livro é importante por ser uma das primeiras obras de Dostoiévski e por abordar temas que seriam recorrentes em sua obra posterior. Além disso, é uma obra-prima da literatura russa e é considerado um dos melhores trabalhos de Dostoiévski.

Joseph Frank, o maior biógrafo de Dostoiévski, afirmou que “O Duplo” é uma confissão do próprio autor. Como Golyadkin, Dostoiévski também sofria de “alucinações”, que podiam muito bem incluir delírios parecidos com Golyadkin; e era de uma timidez que beirava a anormalidade. Esses aspectos de autorretrato que estão contidos em “O Duplo” constituem apenas um elemento de sua composição; outros provêm de suas influências literárias externas. Era (nas palavras de Joseph Frank) um hoffmanista russo. Os primeiros capítulos de “O Duplo” contêm uma brilhante descrição da personalidade dividida de Goliátkin antes de sua completa dissociação em duas entidades independentes. De um lado, há o evidente desejo de aparentar uma posição elevada e uma imagem mais lisonjeira de si mesmo – daí a carruagem e o libré, as orgias consumistas, como a compra de móveis elegantes, como se fosse um noivo prestes a casar, até mesmo o detalhe de trocar seu dinheiro em notas menores para dar a impressão de ter um bolso mais recheado de dinheiro. Suas pretensões de amor por Clara Olsúfievna não é causa, mas a expressão de um afã de subir na escala social e de salvar o próprio ego.

O Duplo é uma obra-prima da literatura russa e é considerado um dos melhores trabalhos de Dostoiévski. O livro é uma crítica à sociedade da época, que muitas vezes se baseava em preconceitos e estereótipos para julgar as pessoas. Além disso, é uma obra que explora temas como a identidade, a loucura e a alienação de forma brilhante. A descrição da personalidade dividida de Goliátkin é um dos pontos altos do livro, e a obra é uma leitura obrigatória para quem quer conhecer a literatura russa e a obra de Dostoiévski. A influência literária externa de Dostoiévski é evidente em “O Duplo”, e o livro é um exemplo da habilidade do autor em criar personagens complexos e intrigantes. Em resumo, “O Duplo” é uma obra-prima da literatura russa e uma das melhores obras de Dostoiévski.

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