A Primeira Guerra Macedônica, travada entre 214 a.C. e 205 a.C., foi o primeiro conflito das guerras romano-macedônicas. Ela teve origem na aproximação entre Filipe V da Macedônia e Aníbal, o general cartaginês que enfrentava Roma na Segunda Guerra Púnica.
Filipe tomou a iniciativa, construindo uma frota para tentar controlar a Ilíria, com o objetivo de estabelecer uma base de operações para uma futura invasão da Itália. Para impedir que as forças macedônias e cartaginesas se unissem em solo italiano, a República Romana formou uma aliança com a Liga Etólia e o Reino de Pérgamo, mantendo Filipe ocupado em defender seu próprio território contra os vizinhos.
Após a vitória romana sobre Cartago e a perda do apoio da Liga Etólia, o Senado Romano decidiu negociar um tratado de paz na cidade de Fenice em 205 a.C. Conhecido como a "Paz de Fenice", o tratado encerrou o conflito entre romanos e macedônios, concedendo a Filipe a hegemonia sobre a Ilíria, exceto por algumas cidades costeiras, desde que ele desistisse de apoiar os cartagineses contra Roma. No entanto, essa paz foi temporária, e Macedônia e Roma entrariam em confronto novamente em diversas ocasiões no século seguinte.
Causas
No final do século III a.C., a decadência dos estados helenísticos levou os etólios a se unirem e formarem a Liga Etólia. Aproveitando a fragilidade dos estados vizinhos, essa confederação conseguiu expandir seu território em várias direções, chegando a controlar Delfos e se tornando a segunda maior potência grega, superada apenas pelo Reino da Macedônia. Em um período de grande instabilidade política, a Liga Etólia adotou uma política agressiva de expansão, incluindo a conquista da importante região de Ambrácia dos epirotas e confrontos com a Liga Aqueia. Essas ações desafiaram a hegemonia macedônica na Grécia, resultando em um conflito com a Macedônia que culminou na derrota dos etólios.
Leia também