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Resenha: Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie


Análise do maior clássico da autoajuda que já enganou gerações: Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, escrito pelo lendário puxa-saco profissional Dale Carnegie em 1936 e relançado em 2025 pela Companhia Editora Nacional porque, né, dinheiro não tem prazo de validade. Esse tijolo de papel é tipo um manual pra você virar o queridinho da firma sem precisar de talento de verdade – só um sorriso falso e um punhado de elogios baratos. Vamos destrinchar essa obra-prima do cinismo de puro deboche acadêmico, misturando teoria chique de narrativa com piadas que nem sua tia do WhatsApp aguentaria. No final, claro, vem a surra de comentários ácidos pra mostrar que esse livro é mais furado que pneu de bicicleta em estrada de espinhos. Preparados? Peguem o café (sem açúcar, porque a vida já é doce demais com esse livro, hahaha) e bora!

Foto: Livros & Marketing

Olha só, o Como Fazer Amigos é dividido em quatro partes que parecem saídas de um curso de telemarketing: "Técnicas pra lidar com gente sem surtar", "Como fazer todo mundo te amar sem te conhecer", "Como convencer os outros que você é o gênio da lâmpada" e "Como mudar alguém sem levar um tapa na cara". Cada pedaço tem capítulos curtinhos, tipo receita de miojo: um título brega, uma historinha meia-boca e um conselho que você já ouviu da sua avó. Isso é o que o nerd Genette (1980) chama de "narrativa parcelada" – ou, em bom português, um monte de pedacinhos pra você não dormir no meio do livro.

O cara escreve direto pra você, tipo "Ei, seu otário, sorria mais!", num estilo que Todorov (1977) batizou de "discurso pedagógico" – basicamente, um professor chato te dando sermão. E tem as historinhas de figurões como Abraham Lincoln e uns vendedores aleatórios que, segundo Genette (1997), são "paratexto" pra fingir que o livro é sério. Mas, sério mesmo, é tudo tão repetitivo que parece que o Carnegie pegou um capítulo, jogou no liquidificador e espalhou em 300 páginas. Organização? É só um looping infinito de "seja legal, ganhe amigos, lucre". ZzZzZz.

O livro gira em torno de três coisas: empatia (fingida), influência (manipulação) e como virar o mestre do social sem suar a camisa. Carnegie jura que se você ouvir o outro como se ele fosse interessante – mesmo sendo um mala – você vira rei do pedaço. Isso é tipo o que Rogers (1951) fala sobre "escuta ativa", só que sem a parte profunda, só o verniz pra você brilhar na reunião. A influência vem de truques baratos tipo "elogie até o cabelo ruim do chefe", coisa que Skinner (1971) chamaria de "condicionamento operante" – ou seja, treinar os outros como cachorrinhos com petiscos de palavras.

E tem a manipulação, que o tio Dale embrulha como "persuasão bonitinha". Goffman (1959) já sacou isso: é tudo teatro, você finge ser legal pra controlar a plateia. Em 2025, com Instagram, LinkedIn e o caramba, esse livro é o santo graal dos influencers e dos caras que vivem de networking – aqueles que te chamam de "parceiro" mas esquecem seu nome no dia seguinte. Relevante? Sim, pra quem acha que a vida é um grande BBB. Só que esse papo americanizado de "sorria e venha" não cola em todo canto – imagina tentar isso numa fila de ônibus no Brasil sem levar um "vai se ferrar" na cara.

O estilo do Carnegie é aquele básico de tiozão contando piada em churrasco: simples, direto e sem graça nenhuma. "Sorria e o mundo vai te amar" (Carnegie, 2025, p. 102) – sério, parece frase de caneca de R$ 10. Hemingway (1952) ia dizer que é "econômico", mas eu digo que é preguiça com selo de qualidade. Ele repete as mesmas dicas tipo mantra de coach – "elogie, escute, não reclame" – até você querer gritar "EU ENTENDI, VELHO!".

As técnicas? Joga uma historinha de Lincoln salvando o dia com um sorriso, ou de um vendedor que virou rico porque disse "você é incrível" pro cliente. Isso é o que Barthes (1977) chama de "ancoragem narrativa" – enfiar exemplos pra fingir que a ideia tem peso. Diálogo de verdade? Nada, só ele te dando aula como se fosse o dono da verdade. A tradução pro português em 2025 até que é decente, mas tira o sotaque de vendedor americano – pena, porque o original tem aquele charme de comercial de TV dos anos 30.

O Carnegie é o narrador, um tipo de "professor sabe-tudo" que Booth (1983) chamaria de "narrador pedagógico". Ele te pega pelo ombro e diz "Olha, eu já errei muito, mas agora sou o rei da simpatia" (Carnegie, 2025, p. 23). É "redondo" no papo de Forster (1927) porque parece gente, mas é só um personagem: o cara que quer te vender o curso dele. Não muda, não cresce, só fica ali te enchendo de conselhos como um tio chato no Natal.

Os outros no livro? Lincoln, Roosevelt, uns caras aleatórios – tudo marionete pra provar que o método funciona. Bakhtin (1981) ia chorar com essa falta de vozes diferentes; é só o Carnegie falando, falando, falando. Ninguém discorda, ninguém dá um soco na mesa. É um monólogo de um cara que acha que sabe viver melhor que você – e provavelmente acha que você é um loser se não seguir o plano dele.

O livro nasceu na Grande Depressão, quando o Carnegie, um vendedor falido que virou palestrante, percebeu que podia lucrar ensinando os outros a vender a alma com um sorriso. Lançado em 1936, virou febre porque todo mundo queria um emprego e amigos pra pagar as contas. Em 2025, a Companhia Editora Nacional jogou um prefácio novo pra fingir que é moderno – "use isso no LinkedIn!" – e o povão ainda compra como se fosse a Bíblia do networking.

A crítica ama odiar e o público odeia amar. A Folha diz que é "atemporal", o X tá cheio de "mudei minha vida com isso", mas tem quem saca o golpe: é raso, manipulador e velho pra caramba. Vende porque é fácil de engolir, tipo fast-food literário – você lê, acha que é gênio por cinco minutos e depois volta pro mesmo buraco. Um sucesso eterno, mas só porque o mundo tá cheio de trouxas querendo atalhos.

Olha, Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas é tipo um kit de sobrevivência pra quem quer ser o chato mais querido da festa. Funciona, sim – sorria, elogie o cabelo horrível do colega, finja que ouve o chefe falando do churrasco dele pela milésima vez, e pronto, você é o rei do pedaço. Os exemplos são legais pra impressionar em conversas de bar, e o livro é tão simples que até um macaco com ressaca entende. Dá pra ver por que sobreviveu quase 90 anos: é o manual do cara que quer vencer sem suar.

Mas, meu Deus do céu, que coisa mais podre e fajuta! Esse livro é o hino do puxa-saquismo, um guia pra você virar o capacho mais sorridente da história. Carnegie te ensina a lamber botas com tanta classe que você acha que é um lorde, mas no fundo é só um falso amigo com agenda. A repetição é de dar nos nervos – "sorria!", "elogie!", "não critique!" – parece um robô quebrado gritando no seu ouvido até você ceder e virar um robô também. As histórias? Um festival de lorota com Lincoln e uns caras que ninguém lembra, tudo pra te convencer que isso é ciência, quando é só papo de vendedor de enciclopédia.

O narrador é um mala sem alça, um guru de terno que acha que a vida se resume a tapinhas nas costas e "você é demais!". Os outros personagens são bonecos de palito, jogados ali pra encher linguiça e fazer o Carnegie parecer o Einstein das relações. Profundidade? Zero. É tudo tão raso que dá pra atravessar de meia sem molhar o pé. E o pior: é um golpe descarado! Ele te vende a ideia de que amigos são troféus e influência é só teatro – em 2025, isso é tipo um tutorial pra virar influencer sem talento, só com filtro e falsidade.

Sério, esse livro é o avô dos cursos online de R$ 19,90 que prometem te fazer milionário em uma semana. sobreviveu porque o mundo ama uma ilusão barata – mas, na real, é só um manual pra virar o colega chato que todo mundo tolera até o dia que ele pede um favor. Desculpa aí, Dale, mas teu método é mais velho que minha avó e mais furado que peneira de feira. Vai influenciar outro, que eu prefiro amigos de verdade a esse circo de elogios falsos!

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas é o rei dos livros de autoajuda pra quem quer viver de aparência. É prático, é direto, é um sucesso – mas também é raso, cínico e mais velho que o pó da minha estante. Serve pra quem quer brilhar na firma ou no Tinder, mas não espere nada além de truques de mágico de quinta. Carnegie acertou no bolso, mas errou na alma – é um manual pra fazer amigos falsos e influenciar trouxas. Leia, ria, jogue fora e vá tomar um café com alguém que não precise de um script pra te aguentar.

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