Aristóteles, um dos mais influentes filósofos gregos, nasceu em 384 a.C. na cidade de Estagira, na Macedônia. Aos 17 anos, ele se mudou para Atenas, onde ingressou na Academia de Platão, um dos centros de aprendizado mais prestigiados da época. Devido à sua origem, Aristóteles é frequentemente chamado de "o Estagirita".
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5 biografias sobre Mona Lisa
Considerada uma das obras de arte mais icônicas da história, a Mona Lisa é um dos quadros mais famosos do mundo. Mas, além da sua beleza misteriosa e enigmática, muitos são os artistas e escritores que se dedicaram a contar a história por trás desse retrato. Nesta matéria, exploraremos cinco biografias que revelam diferentes perspectivas sobre a mulher retratada na Mona Lisa e o mistério que envolve sua identidade. Afinal, quem foi a verdadeira Mona Lisa? Vamos mergulhar nessas histórias e descobrir mais sobre essa figura enigmática e fascinante.
1. Mona Lisa: A mulher por trás do quadro
A história de vida da Mona Lisa, o rosto mais famoso do mundo das artes
Em Mona Lisa: a mulher por trás do quadro, Diane Hales mergulha na sociedade florentina dos séculos XV e XVI em busca de respostas sobre Lisa Gherardini, a mulher retratada na pintura de Leonardo da Vinci e pouco conhecida. E seria impossível contar a história de Lisa sem falar sobre as tramas políticas que moldaram a vida das italianas durante o Renascimento, as famílias proeminentes de Florença e o papel da mulher naquela época.
Diane vasculhou arquivos em estado precário, caminhou pelas ruas degradadas e conheceu a vizinhança onde Lisa nasceu, conversou com seus descendentes, e se aventurou pelos mais antigos palácios de Florença. Com a ajuda de Hales, seguimos os passos dos Gherardini até o nascimento de Lisa, seu casamento com Francesco Del Giocondo, seu encontro com Leonardo, sua vida de esposa e mãe e, por fim, sua morte.
Como resultado temos uma biografia recheada de história e memória – um tour por Florença e uma jornada de descoberta que recria o dia a dia de Lisa em uma época que se equilibra entre o medieval e o moderno. Mona Lisa: a mulher por trás do quadro faz um panorama da Florença de Leonardo e Lisa e aproxima o leitor de suas trajetórias.
2. Eu, Monalisa
No ateliê de Leonardo da Vinci, que esbanja imaginação genial, comissões imponentes e patronos intrometidos, bem como musas, amigos e rivais descontentes, está a pintura de Mona Lisa. Por quinhentos anos tumultuosos, em meio a um turbilhão de poder, dinheiro e intrigas, o quadro é visado e roubado.
Durante séculos, poucos conseguiram ouvir sua voz. Mas agora Mona Lisa está pronta para contar a própria história, em suas próprias palavras – uma história de rivalidade, assassinato e corações partidos. Oscilando entre eras, ela nos leva desde o mundo deslumbrante dos ateliês florentinos às cortes francesas em Fontainebleau e Versalhes, e até mesmo ao século XX.
Eu, Mona Lisa é uma história deliciosamente vívida, compulsiva e esclarecedora a respeito de mulheres perdidas e esquecidas através da História.
3. Vida privada de Mona Lisa
Quem foi a mulher do retrato mais famoso do mundo? Que reviravoltas do destino a uniram ao pintor? De onde vem aquele sorriso incomum e misterioso em seu rosto?
Pierre La Mure tenta responder a essas questões em seu romance. Ele habilmente tece a história de Gioconda em uma descrição épica da era colorida da Renascença italiana, dos tempos de Leonardo da Vinci e Michelangelo, Rodrigo Borgia e Lodovico Sforza, grandes artistas e déspotas esclarecidos.
Florença durante a vida da Mona Lisa é a Cidade das Flores, florescendo na era de ouro dos Medici, mas oprimida pelo fanático monge Savonarola. Aqui Mona Lisa, filha e esposa burguesa, vivencia seu primeiro amor infeliz, aqui ela vive em paz e prosperidade ao lado de seu marido mais velho que a adora. Também aqui, por acidente, ela conheceu Mestre Leonard, graças a quem ganhou a imortalidade.
4. Mona Lisa: O enigma
A Mona Lisa é a pintura mais famosa da história da arte. Está entre os mais misteriosos. Quem está por trás do famoso sorriso? Por que este véu de luto? Porquê esta paisagem atormentada? O nome dado a ele é legítimo? Numa altura em que o estado de conservação desta obra-prima suscita sérias preocupações, este estudo detalhado da Mona Lisa permite-nos compreender melhor o enigma que esta obra-prima ímpar constitui. Close-ups, radiografias, cópias e analogias participam desta investigação. - Capa dura com sobrecapa - 78 páginas.
5. Mona Lisa: Uma vida descoberta
Todo mundo conhece seu sorriso, mas ninguém conhece sua história: Conheça a mulher de carne e osso que se tornou um dos temas artísticos mais famosos de todos os tempos – Mona Lisa.
Um gênio a imortalizou. Um rei francês pagou uma fortuna por ela. Um imperador a cobiçou. Todos os anos, mais de 9 milhões de visitantes viajam para ver o seu retrato no Louvre. No entanto, embora todos reconheçam o seu sorriso, quase ninguém conhece a sua história. Mona Lisa: uma vida descoberta , uma mistura de biografia, história e memórias, é verdadeiramente um livro de descobertas — sobre o rosto mais reconhecido do mundo, o artista mais reverenciado e a pintura mais elogiada e parodiada. Quem era ela, essa mulher comum que alcançou fama tão extraordinária? Por que o pintor mais renomado de sua época a escolheu como modelo? O que aconteceu com ela? E por que o sorriso dela ainda nos encanta?
[RESENHA #573] Meu nome é Selma, de Selma Van de Perre
APRESENTAÇÃO
A autobiografia de uma judia, disfarçada de ariana que sobreviveu às atrocidades da Segunda Guerra e combateu um dos regimes mais autoritários da nossa história. Mas, não espere uma biografia qualquer, a autora Selma van de Perre revela com firmeza - e também delicadeza - como saiu viva de Ravensbruck, na Holanda. As palavras de Selma são repletas de esperança e coragem. Ela tinha 17 anos quando foi deflagrada a Segunda Guerra Mundial. Até aquele momento, ser judia na Holanda não era algo digno de nota. Já em 1941, era questão de vida ou morte. Ela se juntou ao movimento de Resistência e assumiu uma identidade falsa para se passar por ariana. Usando o nome “Marga”, Selma fez “o que foi preciso” para combater o regime nazista. Mas, em 1944, sua sorte acabou, e ela foi levada como prisioneira política para o campo de concentração de Ravensbrück. Hoje, prestes a completar cem anos, ela continua sendo uma força da natureza.
RESENHA
A extraordinária biografia de uma combatente da resistência judaica holandesa e sobrevivente do campo de concentração de Revensbruck.
Quando o exército do terceiro reich invadiu a Holanda em 1940, Selma, uma estudante de apenas dezoito anos, viu sua vida mudar da noite para o dia com a perseguição sistemática do povo judeu. Afastados e despojados de seus bens, trabalho, educação e vida cívica, o povo judeu holandês se viu perseguido pela Gestapo, pela policia colaborativa, pelos delatores e pelos milhares de aliados. Enviados para o campo de extermínio de Ravensbruck. Começava ali, um início do cenário de horror inimaginada.
Ravensbrück é uma cidade no nordeste da Alemanha, isolada, mas facilmente acessível a partir de Berlim. Os primeiros prisioneiros chegaram em 18 de maio de 1939. Havia cerca de 132.000 mulheres e crianças trancadas no campo de concentração, 92.000 das quais morreram de fome, doenças e execuções. [p.100]
Selma conseguiu fugir da perseguição por um tempo, adotando um nome diferente (Marga), agindo clandestinamente entre Holanda, Bélgica e França, falsificando documentos, abrigando centenas de judeus expatriados, até que foi presa em 1944 e enviada para o campo de extermínio Ravensbruck, ela conseguiu manter-se viva até o dia de sua libertação sob o uso de um pseudônimo, o que não ocorreu da mesma forma que seus pais e irmãos que acabaram sendo mortos no campo.
Nada em nossos rostos denuncia o que estava por vir nos próximos três anos: as mortes de meu pai, minha mãe e Clara, minha avó, tia Sara, seu marido Arie e seus dois filhos, e muitos outros membros da família, não por causas naturais ou um acidente, mas das atrocidades que se espalhavam na Europa na época da foto e logo chegariam também à Holanda. [p.11]
O livro foi escrito por Selma no auge de seus 98 anos de idade, suas descrições acerca dos ocorridos, da infância e de todo processo de expatriação são incrivelmente profundos e tocantes. Assim como toda grande catarse, a obra desenvolve primeiramente na narrativa acerca da infância e vida com a família, uma grande e amorosa família e seus desdobramentos até o dia de sua remoção social até o campo de extermínio.
[...] . É uma imagem banal de uma família normal; estamos passando uma tarde agradável, curtindo o jardim e a companhia um do outro. Uma imagem de como deve ser o tempo gasto com os membros da família: amoroso, seguro, agradável, previsível. (grifos meus) [p.11]
Selma narra que o processo de expatriação ocorreu de forma gradativa, os oficiais retiravam aos poucos os seus poderes sociais e sua participação política, bem como limitavam seus ganhos, participação pública e empresas.
No ano seguinte, em maio de 1942, além de documentos valiosos, também tivemos que entregar todos os nossos bens, e um dos escritórios do banco tornou-se depósito de nossas mercadorias. Era preciso depositar obras de arte, joias e móveis, além de objetos mais cotidianos como louças e bicicletas: enfim, tudo que pudesse render renda aos nazistas. Nada era muito insignificante; até as colheres de chá foram confiscadas. [p.37]
Em 1942, o governo iniciou a divisão dos povos que futuramente seriam levados aos campos de concentração, marcando-os obrigatoriamente com marcas que pudesse tornar fácil a identificação de um grupo específico, para os judeus, todos os documentos de identidade foram carimbados com um J, enquanto eram obrigados à costurar em suas vestes a estrela de Davi no alto do peito, nascia ali, o começo do fim de uma população.
Em 23 de janeiro de 1942, os judeus foram carimbados com um grande "J" em seus documentos de identidade, que serviam para distingui-los do resto da população. Em 3 de maio, todos os judeus com seis anos ou mais receberam a ordem de usar uma estrela de Davi amarela com a palavra Jood, "judeu". A estrela tinha que ser costurada em nossas roupas na altura do peito, para que fôssemos facilmente reconhecíveis. Foi um momento terrível: percebemos o quanto éramos estigmatizados. [pag.37]
A autora descreve que a situação tornou-se cada vez mais sombria. Em 1942, exatos setecentos judeus foram detidos em Amsterdã e, no dia seguinte, transportes para o campo de trânsito de Westerbork, com destino final em Auschwitz, na Polônia ocupados por alemães.
A partir deste ponto, Selma narra todo seu medo, anseio e luta durante os anos de cárcere no campo de concentração. Seus relatos são repletos de sofrimento e de uma resiliência inimaginada para alguém de 98 anos descrevendo tais acontecimentos.
A escrita de Selma é honesta e envolvente, transmitindo as emoções vividas durante esse período sombrio da história. Ela nos faz refletir sobre a importância da coragem e da solidariedade em tempos de opressão. Um livro memorável e obrigatório a todo leitor que busca uma compreensão mais assertiva dos eventos da ocupação nazista durante o terceiro reich na Holanda por meio da visão de uma resistente.
[RESENHA #509] Vale tudo - O som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta
Nelson Motta, em 2007, editou a biografia "VALE TUDO - O Som e a Fúria de Tim Maia", pela Objetiva, dirigida a todos os amantes da boa música e da história musical brasileira. Nelson Cândido Motta Filho, natural de São Paulo, nasceu em 29 de outubro de 1944. Aos seis anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro. É um renomado jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical e letrista. Ele biografou Tim Maia e Glauber Rocha, além de publicar várias outras obras, como "Noites Tropicais", os romances "Ao Som do Mar e à Luz do Céu Profundo", "O Canto da Sereia" e "Bandidos e Mocinhas", o livro de histórias "Força Estranha" e "Nova York é Aqui", todos pela editora Objetiva. Motta Filho também foi autor de "Memória Musical", pela editora Sulina.