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[RESENHA #526] Jimi Hendrix - uma sala cheia de espelhos, de Charles R. Cross

Cross, Charlie R. Jimi hendrix - uma sala cheia de espelhos: A verdadeira história por trás do mito do maior guitarrista de todos os tempos / Charles R. Cross; Tradução: Martha Argel.- 1. Ed. - São Paulo: Editora Seoman, 2022. Esta biografia, escrita pelo autor best-seller e reconhecido jornalista musical Charles R. Cross, traz relatos inéditos sobre a vida e obra do maior guitarrista de todos os tempos. Muito já foi escrito sobre ele, contudo, Hendrix é muito mais conhecido pelo seu mito do que por sua verdadeira biografia, por sua infância e pelos bastidores da sua curta e incendiária carreira como músico, o que é corrigido neste livro de forma impecável. Baseado em mais de 300 entrevistas, documentos nunca antes revelados e diversas pesquisas, este livro apresenta um profundo e fascinante retrato do gênio da música que conseguiu sair da pobreza para o sucesso, colocar fogo no mundo do rock e inadvertidamente pôr fim em seu próprio talento. A obra inclui também muitas informações so...

[RESENHA #525] Samba de enredo, de Alberto Mussa e Luiz Antonio Simas

MUSSA, ALBERTO. Samba de enredo: história e arte / Alberto Mussa, Luiz Antonio Simas - 2ºed. rev, ampl. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2023. Apresentação/sinopse  Samba de enredo: história e arte  surgiu em 2009, da parceria entre Alberto Mussa e Luiz Antonio Simas, ambos escritores apaixonados pela cultura do samba. O livro apresenta análises minuciosas de sambas de enredo e suas relações com a história social do país. Em meio a ritmos, letras e personagens, leitores e leitoras conhecem o modo como esse gênero tipicamente brasileiro vem sendo construído e se desenvolvendo, de 1870 até a atualidade. Para analisar a letra e o contexto desses sambas-enredos, Alberto Mussa e Luiz Antonio Simas ouviram cerca de 1.600 canções gravadas, além de outras, que estão registradas na memória acumulada ao longo de vários carnavais. Nesta nova edição, revista e ampliada, os autores atualizaram o livro com um posfácio, que trata das mudanças nos sambas de enredo, de 2010 a 2022. O...

[RESENHA #524] A teoria do Estado de Dante Alighieri, por Hans Kelsen

São Paulo: KELSEN, Hans. A teoria do Estado de Dante Alighieri . Editora Contracorrente: Tradução: Luiz Felipe Brandão Osório 2021, 186p Sinopse/apresentação:  A Editora Contracorrente tem a satisfação de anunciar a publicação da primeira edição em português do livro A Teoria do Estado de Dante Alighieri, do celebrado jurista e filósofo Hans Kelsen. Trata-se da obra inaugural de Hans Kelsen, publicada em 1905, na qual o jurista de Viena examina o trabalho “político” de Dante Alighieri. Nela se prefigura o interesse de Kelsen pela democracia, pela legitimação do poder e pelos sistemas internacionais de manutenção da paz, como também são reconhecidas algumas perspectivas metodológicas que encontrarão máxima expressão na produção madura de Kelsen. - Para que possamos analisar a escrita de Kelsen, faz necessário revisitar o significado de Estado de Direito, de acordo com a enciclopédia jurídica da PUC-SP, Estado de Direito nada mais é: O Estado de Direito em seu sentido amplo “signifi...

[RESENHA #523] Amigos, Amores e aquela coisa terrível, de Matthew Perry

PERRY, Matthew. Rio de Janeiro: Amigos, amores e aquela coisa terrível , ed BestSeller, 2023, 289p A migos, amores e aquela coisa terrível é um livro autobiográfico do astro de friends, Matthew Perry. O livro é uma narrativa sincera da vida de Perry enquanto homem e astro, trazendo relatos surpreendentes do autor durante uma fase difícil em sua vida: o abuso de álcool e drogas, o que justifica o e aquela coisa terrível [vício, dependência] presente no titulo. A narrativa é objetiva, sincera e crua, fornecendo ao leitor uma viagem no tempo na vida de Perry, percorrendo por sua ascensão em friends à seus medos e angustias, os momentos nos set de filmagens e toda sua luta contra o alcoolismo.  O prefácio da obra foi assinado pro Lisa Kudrow, a Phoebe, também do seriado friends. Lisa nos conta sobre como era frequentemente rechaçada com perguntas sobre o astro: Como anda Matthew Perry? A atriz revela que as questões acerca do astro eram demasiadamente delicada...

[RESENHA #522] Autoajude-me, de Marianne Power

POWER, Marianne. Rio de Janeiro: Autoajude-me, Ed. BestSeller, 2023, 347p Os livros de autoajuda podem até mudar a sua vida, mas não necessariamente para melhor... Em Autoajude-me!, Marianne Power narra sua hilária e comovente trajetória em busca do autoaperfeiçoamento e do autoconhecimento a partir da leitura dos clássicos desse gênero literário. Marianne Power era viciada em literatura de autoajuda. Suas prateleiras eram repletas de livros dos clássicos aos mais recentes lançamentos sobre como encontrar a melhor versão de si mesma. No entanto, aos 36 anos, se sentia perdida, como se sua vida estivesse empacada. Ela percebeu que, apesar de ter lido tantos guias de auto-aperfeiçoamento, nunca havia seguido à risca nenhum deles. Então, um dia, decidiu mudar tudo. A autora escolheu finalmente ir atrás da vida perfeita que os livros prometiam aquela na qual não havia dívidas, ansiedade, ressacas ou horas intermináveis na frente da TV; aquela em que ela andava pela cidade com autoconfiança...

[RESENHA #521] Preconceito linguístico, de Marcos Bagno

Marcos Bagno, mineiro de Cataguases, é autor de livros infantis, juvenis e, além disso, já escreveu um livro de contos, A invenção das horas, ganhador do IV Prêmio Bienal Nestlé de Literatura em 1988. Em o Preconceito Linguístico – O que é, como se faz - publicado em 1999 pela editora Loyola, Bagno traz uma discussão sobre as implicações sociais da língua. Ele já havia discutido em seu livro A língua de Eulália, Novela Sociolinguística forma preconceituosa com que a língua é tratada na escola e na sociedade e, no Preconceito Linguístico, retoma essa discussão. Na edição mais atual de seu livro (15ª), encontrei algumas modificações significativas em comparação com a primeira edição. Segundo o autor, essas mudanças devem-se à vontade de manter o livro sempre atualizado, sintonizado com a evolução e a maneira de ver as coisas; com as críticas, sugestões e comentários que o trabalho recebe. Dentre as mudanças, destaco o acréscimo de um capítulo final - O Preconceito contra a linguística e ...

[RESENHA #520] O homem e o mundo natural, de Keith Thomas

  THOMAS, Keith. “O predomínio humano” . In:  h omem e o mundo natural: Companhia das Letras, 1988. p. 21- 60. Keith Thomas é um historiador, nascido em 2 de janeiro de 1933 na cidade inglesa da América do Norte, mais conhecido por seus livros "Religion and the Decline of Magic" e "Man and the Natural World". Ele é professor da Universidade de Oxford e membro da Academia Britânica. No livro "O Homem e o Mundo Natural", o autor fala sobre a relação do homem com o mundo natural e sua visão natural da natureza. trabalho "destina-se a expressar ideias, algumas das quais foram habilmente expressas, em favor das ideias, pensamentos e sentimentos britânicos do início da era moderna em relação aos animais." , os pássaros, a vegetação e a natureza que eles deram a eles. muitas vezes em lugares que não podemos imaginar hoje” (p.19). O capítulo “O Domínio do Homem” está dividido em cinco diferentes seções que visam examinar de diferentes formas as correntes...

[RESENHA #519] História da vida privada no Brasil, de Fernando A. Novais

NOVAIS, Fernando As condições da privacidade na colônia . In: MELLO E SOUZA, Laura, org. c otidiano e vida privada na América portuguesa . São Paulo: companhia das letras, 1997, p13-39. (col. História da vida privada no Brasil, v.1) Novais sobre a reflexão da vida privada nas estruturas da colónia portuguesa no Novo Mundo, procurando explorar o diálogo entre as estruturas gerais do universo colonial e as manifestações da privacidade no seu quotidiano. As crônicas de Coeval consideraram o primeiro traço revelador do terreno comum da colônia com o mundo urbano; em segundo lugar, talvez algo estivesse errado, já que o quadro de referência de nosso irmão, que evocava sua estranheza, era um país europeu. Uma das marcas da Idade Moderna, do Renascimento ao Iluminismo, editado por Roger Chartier. Entre a Idade Média, quando o Ocidente cristão se estabeleceu como uma "comunidade divina" e os mundos racionais e capitalistas contemporâneos foram expostos à mudança do Império, a região ...

[RESENHA #518] Os bestializados, de José Murilo /cap 4

O livro é apresentado pelo autor com uma clareza de escrita tornando-o de fácil entendimento. A proposta do autor é contextualizar o leitor com os acontecimentos que anteriores a Revolta da Vacina, embora ele mencione, em vários trechos, que as fontes pesquisadas exigem cuidados especiais, sendo eles os jornais e revistas da época, depoimentos de testemunha ocular e breve relatórios policiais e dos poucos processos criminais. José Murilo de Carvalho também descreve comparativos da Revoltas populares no Brasil e as Revoltas ocorridas na França, como forma de esclarecer ao leitor as diferenças com relação principalmente à violência. É perceptível que o objetivo principal do mesmo é mostrar a participação popular e as formas como se deu no período e para isso achou fundamental mostrar o cotidiano na riqueza de detalhes, que realmente te remete ao cenário. Descreve o clima na cidade do Rio de Janeiro antes da Revolta da Vacina que era de insatisfação, principalmente no setor econômico. Rod...

[RESENHA #517] As barbas do imperador, de Lilia Moritz Schwarcz

As barbas do imperador nos apresenta uma mistura de ensaio expositivo e biografia de d. Pedro II, este livro apresenta o mito da monarquia ao descrever, por exemplo, a construção de palácios, a mistura de festas francesas e tradições brasileiras, como uma boa sociedade executa belamente a arte do auto aperfeiçoamento, criando medalhas, emblemas, compostos frases. e brasão, o envolvimento do rei e a utilização da sua imagem nas cerimónias populares. Com suas penas de rouxinol, Pedro II legitimou a aceitação da cultura tropical; então, ao trocar as vestes reais pelas roupas de um cidadão, ele de alguma forma anunciará o declínio do Império. Promovendo um rico diálogo entre sua argumentação e o rico imaginário apresentado, o autor mostra que a monarquia brasileira não é apenas um mito poderoso, mas muito unificado. 1999 Prêmio Jabuti de Melhor Redação e Biografia Schwarcz apresenta seu texto considerando o "mito do Aukê", que, segundo ele, ajuda "a entender a monarquia bras...