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[RESENHA #1001] é que essa pequenez do (nosso) universo sempre me assustou um pouco, de Rafaella Pastore Miotto

SINOPSE "É Que Essa Pequenez do (Nosso) Universo Sempre Me Assustou Um Pouco" é uma jornada poética e introspectiva que mergulha nos mais profundos sentimentos e reflexões sobre o universo, o lugar que ocupamos nele e a sua imensidão (ou a falta dela). Desde o primeiro texto, somos apresentados a uma escritora que se vê refletida nas palavras que ela própria compõe. Ao abordar a solidão e a dor que carrega consigo, a autora revela a sua própria luta interna, compartilhando as dificuldades enfrentadas para superar as mágoas e tristezas. Ela explora a ideia de que cada pessoa é responsável por salvar-se, por encontrar sua própria luz em meio à escuridão, assim como também oferecer uma mão amiga a si mesma. Ao longo do livro, a prosa poética continua a explorar essas questões existenciais, levando os leitores a uma jornada tocante e profunda. Com uma linguagem poética rica em emoções e simbolismos, o livro convida o leitor a refletir sobre a vastidão do universo e nossa conexão ...

[RESENHA #1000] Escamas de Mil peixes, de Maitê Lamesa

  Escamas de Mil Peixes é cardume de poesias escritas entre 2009 e 2023, entroncamento de rios que correram apartados no tempo e no espaço, até serem transpassadas por uma lâmina que afia nos dentes a vontade de falar e que afina a voz de um peixe solitário. É dessa forma que Maitê dosa as diversas forças necessárias para o arremesso dos poemas, escamas que se propõem a refletir as incontáveis nuances da poesia: a coragem da escrita, subjetividades que se cruzam com a coletividade, amores, dissabores, o correr do tempo, a voz feminina e maternal, o mar e a morte. São poemas que se revelam nas margens inacessíveis, na superfície embriagante do oceano e, sobretudo, nas profundezas de um rio turvo, na pele de peixe. Não são paisagens paradisíacas que estão em jogo, mas as paisagens para além do alcance da vista: os vales escondidos, as fossas abissais, as cavernas de morcegos, locais onde se opera um sutil descolamento a partir do encontro entre essa paisagem (realidade) e o pensament...

[RESENHA #999] Nosso livro, de Josy Souza

Foto: Arte gráfica / Divulgação SINOPSE : Você sempre imaginou que sua história daria um livro? Então você vai se identificar com esse pequeno conto. A protagonista desse conto seria também a protagonista de seu primeiro livro, mas teve um problema com o coautor (por quem ela estava secretamente apaixonada) que, por um mau entendido, desapareceu. Mesmo assim, ela acredita que aquela história não pode terminar assim. Que precisa de um final feliz. E o destino concorda com ela. RESENHA A história é narrada por uma personagem que não se identifica, ela e sua amiga Samy participam assiduamente de um clube do livro, onde conhecem Gustavo, motivo pelo qual Samy participa verdadeiramente do clube do livro, e Bryan, primo do Gustavo. A história se desenvolve após as duas amigas iniciarem conversas com os rapazes, que, em síntese, eram bem mais velhos que as garotas. A diferença de idade entre Gustavo e Samy é gritante, ele tem 25 anos e ela 16, o que é desaprovado em todos os sentidos pela ami...

Conheça a obra: É que essa pequenez do (nosso) universo sempre me assustou um pouco, de Rafaella Pastore Miotto

Foto: Divulgação Capaz de se conectar com o leitor de maneira rápida através de sua prosa fluida e livre de amarras, Rafaella Pastore Miotto derrama nas páginas de seu primeiro livro toda a sua jornada de autoconhecimento enquanto filha, irmã, tia, sobrinha, amiga, cidadã, namorada, ser humano... e em tantos outros papeis nos quais a vida nos encaixa (ou pelo menos tenta). Com uma narrativa poética e carregada de sensibilidade, a autora nos leva a refletir sobre o nosso tamanho perante tantas maravilhas e tristezas que contemplam a nossa permanência por aqui. Por meio de suas dores, amores e batalhas que travou interna e externamente, Rafaella explora cada versão que encontra em si mesma, permitindo que os leitores também experimentem se colocar em perspectiva através de suas palavras. “É que essa pequenez do (nosso) universo sempre me assustou um pouco” aborda ainda ansiedade, solidão e desigualdade, mas também nos lembra sempre que somos a nossa própria fonte de luz em meio à escurid...

Lançamento do livro LGBT + NA LUTA: Avanços e retrocessos, de Laura A. Belmonte

O lançamento do livro "LGBT+ na luta: avanços e retrocessos" promete ser um marco na literatura sobre a história da população LGBT+ e sua jornada de luta por direitos e igualdade. Escrito pela renomada historiadora Laura A. Belmonte, o livro aborda de forma detalhada os desafios enfrentados pela comunidade LGBT+ ao longo dos séculos, assim como os avanços conquistados com muita determinação e resistência. A autora, que tem uma vasta experiência acadêmica e ativista, traça um panorama abrangente das estratégias de luta adotadas pela comunidade LGBT+, destacando as vitórias emocionantes e as derrotas esmagadoras que marcaram a trajetória dessa luta. Com uma abordagem interseccional, Belmonte ressalta a importância de considerar o sexo, a cultura, a classe social, a raça, a região e o contexto na análise dos avanços e retrocessos da causa LGBT+. Além disso, o livro apresenta um olhar comparativo sobre os avanços institucionais e práticos em diferentes países, destacando aqueles ...

A história fascinante por trás da Mona Lisa

A Mona Lisa é uma das obras mais icônicas e enigmáticas da história da arte. Pintada por Leonardo da Vinci, entre 1503 e 1506, durante o Renascimento, a obra retrata uma mulher com um leve sorriso, olhando diretamente para o espectador. A mulher retratada na pintura é Lisa Gherardini, uma jovem florentina de família nobre. Ela se casou com um rico comerciante, Francesco del Giocondo, e teve cinco filhos. A obra foi encomendada por Francesco como um retrato de sua esposa, uma prática comum entre a elite da época. A relação entre Leonardo da Vinci e Lisa Gherardini é desconhecida, mas muitos acreditam que o pintor estabeleceu uma conexão especial com a modelo, capturando não apenas sua beleza física, mas também sua personalidade misteriosa e enigmática. O resultado foi uma das pinturas mais famosas e estudadas da história. A Mona Lisa é considerada uma obra-prima da pintura renascentista, destacando-se pela técnica inovadora de sfumato, que cria uma transição suave entre as cores e tons,...

[RESENHA #998] Os miseráveis, de Victor Hugo

Um clássico da literatura mundial, esta obra é uma poderosa denúncia a todos os tipos de injustiça humana. Narra a emocionante história de Jean Valjean ― o homem que, por ter roubado um pão, é condenado a dezenove anos de prisão. Os miseráveis é um livro inquietantemente religioso e político, com uma das narrativas mais envolventes já criadas. RESENHA A história se passa na França, durante a primeira metade do século XIX. Neste período, o país está imerso em um clima de profundo descontentamento social devido à restauração da monarquia na França após a queda do Império Napoleônico na Batalha de Waterloo. A Revolução Francesa de 1789 havia consolidado na sociedade a ideia de um país mais equitativo, baseado nos princípios de "igualdade, fraternidade e liberdade". A reintrodução de um sistema antiquado como a monarquia é acrescida de uma situação de extrema pobreza e desigualdade social. Neste contexto, algumas células revolucionárias começam a surgir gradualmente buscando acab...

[RESENHA #998] Fascismo eterno, de Umberto Eco

Publicado pela primeira vez em 1997, no livro Cinco escritos morais, esta nova edição chega aos leitores em um momento de ascensão mundial do flerte com o fascismo ― que, como denuncia Eco, longe de ser apenas um momento histórico vivo na Itália, na Europa (e no Brasil) do século XX, é uma ameaça constante à nossa sociedade. Esta reflexão, importante e necessária, ensina a pensar sobre o sentido da história e a importância da memória. "O Ur-fascismo, ou fascismo eterno, ainda está ao nosso redor, às vezes em trajes civis. Seria muito confortável para nós se alguém surgisse na boca de cena do mundo para dizer: 'Quero reabrir Auschwitz, quero que os camisas-negras desfilem outra vez pelas praças italianas!'. Infelizmente, a vida não é tão fácil assim! O Ur-fascismo pode voltar sob vestes mais inocentes. Nosso dever é desmascará-lo e apontar o dedo para cada uma de suas novas formas - a cada dia, em cada lugar do mundo." - Umberto EcoFascismo Eterno é um livro escrito po...

[RESENHA #992] A arte de ser feliz: lições de filosofia, psicologia e espiritualidade para uma vida plena, de Vitor Zindacta

A arte de ser feliz: lições de filosofia, psicologia e espiritualidade para uma vida plena, de Vitor Zindacta, é um livro que propõe um caminho para alcançar a felicidade, baseado em conceitos de diversas áreas do conhecimento humano. O autor afirma que a felicidade não depende apenas das circunstâncias externas, mas principalmente da atitude interior de cada pessoa. Ele sugere que é possível cultivar uma visão positiva da vida, superar os obstáculos e desafios, encontrar um propósito e um sentido para a existência, desenvolver relacionamentos saudáveis e harmoniosos, e se conectar com uma dimensão espiritual que transcende o materialismo e o egoísmo. O livro é dividido em quatro partes, cada uma abordando um aspecto da felicidade: a felicidade como um estado de espírito, a felicidade como uma escolha, a felicidade como um projeto e a felicidade como uma experiência. Em cada parte, o autor apresenta lições práticas, exemplos, exercícios, reflexões e citações de pensadores, filósofos, p...

[RESENHA #991] Esboço de uma teoria da cultura, de Zygmunt Bauman

O livro Ensaios sobre o conceito de cultura, originalmente intitulado Culture as práxis (Cultura como práxis), foi escrito por um Bauman anterior à sua fama por abordar a liquidez da era moderna. Nesta obra, composta por três capítulos, Bauman revisita a evolução do conceito de cultura desde a filosofia grega antiga até o pós-estruturalismo. O primeiro capítulo explora a cultura como conceito, enfatizando sua natureza ambígua e sua incorporação em três universos discursivos distintos: hierárquico, diferencial e genérico. Bauman introduz o conceito hierárquico de cultura, destacando sua origem e a importância da educação e refinamento na sociedade. Ele discute a ideia de que a cultura é uma propriedade humana que pode ser adquirida, transformada e moldada. Para Bauman, a cultura hierárquica é carregada de valores e serve como um ideal a ser alcançado. Bauman analisa que, para os antigos gregos, o ideal cultura-natureza não se dividia como estamos acostumados hoje em dia. O que era moral...