Resenha: Emburrecimento programado o currículo oculto da escolarização obrigatória, de John Taylor Gatto

Foto: Arte da capa / Ed. Kirion

O livro "Emburrecimento Programado: o currículo oculto da escolarização obrigatória", escrito por John Taylor Gatto, convida a uma reflexão profunda sobre o sistema educacional e suas consequências na sociedade. Gatto, um educador renomado e crítico da escola obrigatória, dedicou sua vida a expor as falhas e a verdadeira intenção por trás da educação formal. Em suas páginas, ele compartilha suas observações e vivências, questionando a eficácia do sistema de ensino e defendendo a educação fora dos moldes tradicionais. Com uma abordagem crítica e instigante, Gatto provoca os leitores a repensarem suas práticas educativas, incentivando uma educação mais consciente e libertadora.

O autor critica o sistema educacional e a manipulação das instituições para moldar uma mão-de-obra dócil e conformada. O autor questiona a eficácia das escolas, apontando que elas são bem-sucedidas em seu objetivo de produzir trabalhadores obedientes, e critica a abordagem publicitária para aumentar a demanda por recursos educacionais. Por fim, sugere que a saída desse sistema é a autoconfiança e a independência das regras impostas. O autor ainda aborda a ideia de que as reformas educacionais nunca são concluídas e que a sociedade está presa em um ciclo de dependência intelectual e emocional. Destaca-se a importância de uma educação baseada na auto-iniciativa e na autogestão democrática, mencionando a visão de Dan Greenberg sobre a educação do século XXI. Por fim, enfatiza-se a resistência contra o sistema educacional atual, que busca emburrecer as crianças para atender aos interesses da sociedade. A obra de Gatto é vista como uma possibilidade de resistência e uma forma de proteger a liberdade e criatividade das crianças.

Para reafirmar sua ideia da falibilidade do sistema educacional o autor usa da descrição de sete 'bases' educacionais do ensino tradicional, sendo elas:

1. A confusão

Kathy de Dubois, em Indiana, acredita que as crianças pequenas precisam entender que o que estão aprendendo está ligado a um sistema, com coerência. No entanto, o autor discorda, afirmando que ensina a desconexão e a não-relação de tudo, em um ambiente escolar que carece de coerência e sentido. Ele enfatiza a importância de aprender em profundidade e extrair sentido dos dados brutos, criticando a falta de conexão nas sequências escolares. O autor ensina os alunos a aceitarem a confusão como parte de seu destino, questionando a lógica da educação tradicional.

2. Posição de classe

A segunda lição ensinada pelo autor é sobre a posição de classe na escola. Ele afirma que as crianças devem permanecer nas classes a que pertencem, que são determinadas por números. O autor incentiva os alunos a aceitarem sua posição na hierarquia escolar e a valorizarem as classes mais altas, enquanto desprezam as classes consideradas inferiores. Ele também oferece a possibilidade de transferência para uma classe mais alta como recompensa por um bom desempenho acadêmico, embora admita que isso não tenha impacto real no futuro profissional dos alunos. O autor destaca a importância de aceitar e se conformar com a posição atribuída pela escola, ressaltando que é improvável que alguém consiga escapar da sua classe designada.

3. Indiferença

O autor descreve como o sistema escolar ensina a indiferença aos alunos, incentivando-os a não se importarem com nada, sempre interrompendo suas atividades e nunca permitindo que terminem algo importante. Isso os condiciona a um mundo onde nada é digno de ser concluído e onde a importância é minimizada. Os sinais são a lógica secreta do tempo escolar, destruindo passado e futuro e tornando cada intervalo de tempo igual ao anterior, promovendo a indiferença em todas as atividades.

4. Dependência emocional

O autor ensina sobre a dependência emocional nas crianças, através de recompensas e punições para moldar seu comportamento e fazer com que cedam sua vontade à autoridade escolar. Ele interfere em decisões pessoais e julga a individualidade como uma ameaça ao controle. As crianças buscam momentos de privacidade e liberdade, que o autor permite para condicioná-las a depender de sua benevolência. Ele reconhece apenas privilégios que podem ser retirados com base no comportamento.

5. Dependência Intelectual

O autor destaca a importância da dependência intelectual, afirmando que bons alunos devem esperar que os professores os guiem e determinem o que devem aprender. Ele ressalta que a conformidade é mais importante do que a curiosidade, e que aqueles que resistem às instruções dos professores são considerados "crianças ruins". O autor também discute como a sociedade depende da dependência das pessoas para manter serviços e indústrias funcionando, e alerta que uma reforma educacional radical poderia ameaçar o estilo de vida atual.

6. Autoestima provisória

A autoestima provisória ensina que o respeito próprio de uma criança deve depender da opinião de um especialista, sendo constantemente avaliada e julgada. Relatórios mensais são enviados para os pais para indicar o nível de insatisfação com a criança, perpetuando assim a falta de confiança e dependência das avaliações de autoridades. A auto-avaliação e a confiança em si mesmo não são consideradas, em detrimento da valorização da opinião de terceiros.

7. Não é possível esconder-se

A sétima lição do professor é que não é possível se esconder, pois todos estão sendo constantemente observados. Ele incentiva os alunos a delatarem uns aos outros e até mesmo seus próprios pais, criando um ambiente de vigilância constante e ausência de privacidade. Ele critica a escolarização em massa e compulsória monopolizada pelo governo, que impede o desenvolvimento autêntico das crianças. O professor defende a necessidade de uma reformulação do sistema educacional, com um mercado livre de educação pública, para permitir mais variedade e individualidade no ensino. Ele acredita que as lições da escola impedem as crianças de desenvolverem habilidades essenciais como automotivação, autoestima e amor ao próximo. Ele argumenta que a escolarização atual é destrutiva para as crianças e defende uma mudança radical no sistema educacional.

Foto: Arte digital / Reprodução da capa

Após a introdução das sete lições, o autor autor fala sobre a crise na educação e na sociedade, destacando a desconexão das crianças do mundo adulto e a falta de curiosidade, noção do futuro e compreensão histórica. Ele critica o sistema educacional, destacando a escola como uma instituição que não ensina nada além de obedecer a ordens. Propõe reformas, como o serviço comunitário obrigatório e a valorização do autoconhecimento e da autonomia das crianças. Defende a importância da família no processo educativo e a necessidade de repensar a ideia de "escola" para incluir a família como principal força motriz da educação.

O ainda autor narra suas experiências pessoais que o levaram a se tornar professor, desde sua infância no Rio Monongahela até sua vida como professor substituto em escolas de Nova York. Ele relata como um incidente com uma aluna, Milagros, o fez repensar sua carreira na publicidade e buscar um propósito mais significativo como educador. Ele destaca a importância de encontrar sentido no trabalho e de buscar justiça para os alunos, mesmo diante das adversidades enfrentadas no sistema educacional.

O autor argumenta que o aumento da escolarização compulsória não é a solução para os problemas enfrentados pela sociedade americana. O autor defende que a escolarização em massa é incapaz de promover a verdadeira educação, que valoriza a individualidade, a autoconhecimento e a participação em comunidades reais. Ele critica a mentalidade das redes operacionais, que enfatizam a eficiência em objetivos limitados em detrimento do desenvolvimento humano completo. O autor destaca a importância da privacidade, variedade e individualidade na formação das crianças e argumenta que a escola atualmente prejudica as crianças, as famílias e as comunidades ao invés de promover seu desenvolvimento. Ele propõe desmembrar o sistema educacional atual e promover uma educação mais autêntica, baseada na liberdade individual e na participação na vida em comunidade.

O autor segue abordando a questão da educação nos Estados Unidos, criticando a instituição da escola científica e defendendo uma abordagem baseada no princípio congregacional. Ele cita exemplos históricos da Nova Inglaterra colonial para ilustrar como a descentralização e a liberdade de escolha nas comunidades locais levaram a uma educação mais eficaz. Ele critica a abordagem atual da educação, baseada em padronização e centralização, e sugere que a confiança nas famílias e indivíduos, juntamente com a experimentação e a autonomia local, pode ser a chave para melhorar o sistema educacional. Ele defende a descertificação dos professores, a devolução do dinheiro dos impostos para que as famílias escolham a educação de seus filhos e o estímulo à competição em um mercado livre de manipulações. Ele destaca a importância de considerar o propósito da educação e não permitir que especialistas respondam a essa pergunta no lugar das famílias e comunidades locais.

O trabalho de John Taylor Gatto, "Emburrecimento programado o currículo oculto da escolarização obrigatória", é uma leitura instigante e esclarecedora que desafia os leitores a refletir sobre a natureza do sistema educacional e suas implicações para a sociedade. Com sua vasta experiência como educador, o autor apresenta uma análise perceptiva das deficiências dos métodos tradicionais de ensino, questionando a eficácia das instituições educacionais na promoção do desenvolvimento autêntico e completo dos alunos. Suas críticas são bem fundamentadas, com legitimidade e profundidade embutidas em seus argumentos. A abordagem crítica e instigante de Gatto desafia os leitores a reconsiderar suas próprias práticas educacionais e considerar alternativas mais conscientes e libertadoras. Ele não apenas identifica os problemas do sistema, mas também sugere possíveis soluções para uma educação transformadora. Sua defesa da autonomia, individualidade e participação ativa das famílias no processo educacional ressoa como uma proposta inovadora essencial para um desenvolvimento holístico de crianças e jovens.

Em tempos de crescente homogeneização e padronização na educação, o trabalho de Gatto se destaca como um alerta necessário para a importância da diversidade, experimentação e liberdade no campo da educação. Sua visão crítica, porém amorosa, convida os leitores a questionar as estruturas atuais e lutar por uma abordagem mais humanística, inclusiva e autêntica para o aprendizado. Sem dúvida, uma peça importante que merece leitura e debate por educadores, pais e qualquer pessoa comprometida em promover mudanças positivas em nosso sistema educacional.

20 livros que viralizaram no TikTok: da leitura à fama


Nos últimos anos, o TikTok se tornou uma verdadeira plataforma de lançamento para diversos produtos, incluindo livros. Com vídeos curtos e conteúdo cativante, a plataforma tem ajudado a impulsionar a popularidade de diversas obras literárias, levando-as do anonimato à fama em questão de dias. Neste post, vamos explorar 20 livros que viralizaram no TikTok e conquistaram milhares de leitores ao redor do mundo. Prepare-se para conhecer histórias incríveis e se inspirar para sua próxima leitura!

1. Verity, de Collen Hoover

Verity, finalista do prêmio Goodreads como melhor romance de 2019, é o primeiro thriller de Colleen Hoover que mantém os leitores envolvidos do início ao fim. Com um casal apaixonado, uma intrusa e três mentes doentias, a trama segue a escritora à beira da falência, Lowen Ashleigh, convidada a completar a série de sucesso de Verity Crawford após um terrível acidente interromper sua carreira.

Enquanto mergulha no caótico escritório de Verity, Lowen encontra uma autobiografia perturbadora que revela segredos chocantes sobre a vida da autora. Conforme descobre mais sobre a história de Verity e se envolve emocionalmente com o marido dela, Jeremy, Lowen se vê em uma teia de mentiras e segredos que ameaçam sua própria segurança.

Com uma narrativa perturbadora e chocante, Verity explora o lado mais sombrio das relações humanas e deixa os leitores sem palavras com um final surpreendente. Colleen Hoover, autora mais vendida no Brasil, prova mais uma vez seu talento ao se aventurar no suspense psicológico e conquista os leitores com uma história envolvente e intensa..


2. A hipótese do amor, de Ali Hazelwood

Olive Smith, estudante de doutorado em Biologia na Universidade Stanford, confia na ciência e não acredita em algo tão imprevisível como o amor.

Após perceber que sua melhor amiga gosta de Jeremy, com quem ela saiu algumas vezes, Olive decide unir o casal e para provar seu contentamento, precisa ser convincente - afinal, os cientistas exigem evidências.

Com poucas opções, ela decide criar um relacionamento falso e, em um momento de desespero, beija o primeiro homem que vê, que acaba sendo Adam Carlsen, um respeitado jovem professor que tem fama de ser implacável.

Surpreendentemente, Adam concorda em continuar com a farsa e fingir ser o namorado de Olive, fazendo com que seu pequeno experimento pareça estar à beira de uma explosão. A possibilidade científica inicial, apenas uma hipótese sobre o amor, se transforma em algo completamente imprevisível.


3. Mentirosos, de E. Lockhart

A família Sinclair, uma linhagem abastada e renomada, insiste em não admitir sua decadência e se apega com fervor às tradições. Todo verão, o patriarca, suas três filhas e seus respectivos filhos se reúnem na ilha particular da família. Cadence, a primogênita e herdeira principal, seus primos Johnny e Mirren, e o amigo Gat formam juntos um grupo conhecido como os Mentirosos, e são inseparáveis desde a infância.

No verão em que Cadence completa quinze anos, suas férias perfeitas são marcadas por um misterioso acidente. Nos anos seguintes, ela enfrenta um período conturbado, com amnésia, depressão, dores de cabeça intensas e uma rotina de analgésicos. Sua família a trata com cautela extrema e se nega a revelar detalhes do ocorrido... até que Cadence retorna à ilha determinada a desvendar a verdade por trás de suas lembranças perdidas.

4. Uma tempestade de verão, de K. L. Walther

A viagem anual de veraneio para Martha's Vineyard parece o momento perfeito para refazer essas relações. Sua família inteira, com direito a tios, primos e agregados, vai se reunir para um grande casamento na praia, e Meredith está animada para participar do tradicional jogo de Assassino que os Fox organizam todo verão. Claire sempre amou essa brincadeira, e Meredith está disposta a tudo para honrar o legado da irmã.

Mas quando decide formar uma aliança com Wit, um padrinho da parte do noivo, as coisas começam a sair dos eixos. Ela sabe que aparências enganam, mas vê uma luz nele. Apesar de determinada a se concentrar no jogo e vencer em nome de Claire, Meredith não consegue evitar os sentimentos que surgem. De repente, ao longo de uma tempestuosa semana, percebe que certas coisas precisam ser deixadas para trás... e que há felicidade pela frente.


5. Uma farsa de amor, de Elena Armas

Uma viagem à Espanha, o homem mais irritante do mundo e três dias para convencer todo mundo de que vocês estão realmente apaixonados. Em outras palavras, um plano que nunca vai dar certo...

Catalina Martín é uma jovem espanhola trabalhando como engenheira em Nova York. Com o casamento da irmã se aproximando, ela precisa urgentemente de um acompanhante para enfrentar a família, incluindo seu ex-namorado, agora cunhado.

Desesperada, Catalina mente sobre ter um namorado americano e agora todos em sua cidade querem conhecê-lo. Com apenas um mês para encontrar alguém para fingir ser seu namorado, ela relutantemente aceita a proposta de Aaron Blackford, seu colega de trabalho.

Mesmo irritada com a personalidade de Aaron, Catalina decide seguir com o plano. À medida que o casamento se aproxima, ela começa a perceber que talvez Aaron não seja tão insuportável quanto parecia.

Enquanto tentam convencer a todos de seu amor, Catalina e Aaron descobrem que a farsa pode se transformar em algo real. Será que o plano impossível terá sucesso?


6. A balada do felizes para nunca, de Stephanie Garber


Após ser traída por Jacks, o Príncipe de Copas, Evangeline Raposa jura nunca mais confiar nele. Depois de ter descoberto a própria magia, ela acredita que poderá usá-la para restaurar sua chance de um "felizes para sempre". Mas, quando outra maldição terrível é revelada, Evangeline se vê obrigada a estar novamente ao lado do Príncipe de Copas. Só que, desta vez, novas regras serão impostas. Jacks não é a única pessoa com quem Evangeline precisa ter cuidado. Na verdade, apesar de sua vontade de desprezá-lo, talvez ele seja aquele em quem a jovem possa confiar de fato. Agora, em vez de um feitiço de amor causando estragos na vida de Evangeline, um feitiço assassino foi lançado. E para quebrá-lo, ela e Jacks terão que lutar contra novos inimigos e uma mágica que brinca com mentes e corações. Evangeline sempre seguiu seu coração, mas será que ela pode confiar nele desta vez?


7. A biblioteca da meia-noite, de Matt Haig

Aos 35 anos, Nora Seed é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Arrependida das escolhas que fez no passado, ela vive se perguntando o que poderia ter acontecido caso tivesse vivido de maneira diferente. Após ser demitida e seu gato ser atropelado, Nora vê pouco sentido em sua existência e decide colocar um ponto final em tudo. Porém, quando se vê na Biblioteca da Meia-Noite, Nora ganha uma oportunidade única de viver todas as vidas que poderia ter vivido.

Neste lugar entre a vida e a morte, e graças à ajuda de uma velha amiga, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos – ou começar outros –, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica... enfim, as opções são infinitas. Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem?

Em A Biblioteca da Meia-Noite , Nora Seed se vê exatamente na situação pela qual todos gostaríamos de poder passar: voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos. Diante dessa possibilidade, Nora faz um mergulho interior viajando pelos livros da Biblioteca da Meia-Noite até entender o que é verdadeiramente importante na vida e o que faz, de fato, com que ela valha a pena ser vivida.


8. O lado feio do amor, de Collen Hoover

Quando Tate Collins se muda para o apartamento do irmão, em São Francisco, pronta a se dedicar ao mestrado em enfermagem, não imagina estar prestes a conhecer o lado feio do amor. Um relacionamento em que companheirismo e cumplicidade não são prioridades. E o sexo parece ser o único objetivo.

Mas Miles Archer, piloto de avião, vizinho e melhor amigo de Corbin Collins, sabe ser persuasivo. E muito. Apesar de reservado, e da armadura emocional que carrega para não deixar estranhos se aproximarem e descobrirem nada a seu respeito, ele instantaneamente seduz Tate com seu jeito misterioso e físico perfeito. Mas sua beleza esconde um passado repleto de dor.

O que os dois sentem não é amor à primeira vista, mas uma atração incontrolável. Em pouco tempo não conseguem mais resistir e se entregam ao desejo. Miles, no entanto, se recusa a abaixar as barreiras que construiu em volta de si mesmo e impõe duas regras: sem perguntas sobre o passado e sem esperanças para o futuro. Será apenas uma relação casual e nada mais; nenhum dos dois quer se envolver.

Eles têm a sintonia perfeita. Quando estão juntos, Tate se entrega sem pensar nas consequências, no que seu irmão faria se descobrisse aquele romance proibido acontecendo embaixo de seu nariz. Mas a verdade é que ela não pode resistir a Miles. E quando se dá conta, já ultrapassou todos os limites... Tate prometeu não se apaixonar. Mas vai descobrir que nenhuma regra é capaz de controlar o amor e o desejo.


9. Clube do livro dos homens, de Lyssa Kay Adams

A primeira regra do clube do livro é: não fale sobre o clube do livro

Gavin Scott é um astro do beisebol, devotado ao esporte. No auge de sua carreira, ele descobre um segredo humilhante: a esposa, Thea, sempre fingiu ter prazer na cama. Magoado, Gavin para de falar com ela e acaba piorando o relacionamento, que já vinha se deteriorando. Quando Thea pede o divórcio, ele percebe que o orgulho e o medo podem fazê-lo perder tudo.

Desesperado, Gavin encontra ajuda onde menos espera: um clube secreto de romances, composto por alguns dos seus colegas de time. Para salvar seu casamento, eles recorrem à leitura de uma sensual trama de época, Cortejando a condessa. Só que vai ser preciso muito mais do que palavras floreadas e gestos grandiosos para que Gavin recupere a confiança da esposa.


10. Tudo o que sei sobre o amor, Dolly Alderton

Dolly Alderton sabe bem do que está falando. Ela sobreviveu aos seus vinte anos com dignidade (mais ou menos), e todo mundo que já passou (ou está passando) por essa década decisiva da vida sabe que chegar inteiro aos trinta é um feito e tanto. São muitas descobertas, experimentações, romances intensos, roubadas, porres homéricos, empregos estranhos, autossabotagem, foras destruidores, mágoas, humilhações e, o mais importante, amigos imprescindíveis que estão sempre ali para te ajudar a passar por todas essas coisas sem grandes traumas (ou quase isso).

Estreia da autora na literatura, Tudo o que eu sei sobre o amor acompanha a trajetória de Dolly da juventude à vida adulta. Uma espécie de O Diário de Bridget Jones da vida real, o livro traz um misto de sessão de terapia e muita fofoca. Dolly sabe navegar como poucos entre o trágico e o incrivelmente cômico de suas memórias sem dar chance para a nossa indiferença, com histórias impossíveis de não se identificar ― por vezes tão insanas que poderiam ser ficção ― e que traduzem de forma brilhante o verdadeiro caos que é amadurecer.


11. Tudo é rio, de Carla Madeira

Com uma narrativa madura, precisa e ao mesmo tempo delicada e poética, o romance narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso.

Na orelha do livro, Martha Medeiros escreve: “Tudo é rio é uma obra-prima, e não há exagero no que afirmo. É daqueles livros que, ao ser terminado, dá vontade de começar de novo, no mesmo instante, desta vez para se demorar em cada linha, saborear cada frase, deixar-se abraçar pela poesia da prosa. Na primeira leitura, essa entrega mais lenta é quase impossível, pois a correnteza dos acontecimentos nos leva até a última página sem nos dar chance para respirar. É preciso manter-se à tona ou a gente se afoga.”

A metáfora do rio se revela por meio da narrativa que flui – ora intensa, ora mais branda – de forma ininterrupta, mas também por meio do suor, da saliva, do sangue, das lágrimas, do sêmen, e Carla faz isso sem ser apelativa, sem sentimentalismo barato, com a habilidade que só os melhores escritores possuem.


12. A vida invisível de Addie LaRue, de V.E. Schwab

França: 1714. Addie LaRue não queria pertercer a ninguém ou a lugar nenhum. 
Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai. Uma virada de costas, e sua existência se dissipa na memória de todos. Após tanto tempo vivendo uma existência deslumbrante, aproveitando a vida de todas as formas, fazendo uso de tantos artifícios quanto fosse possível e viajando pelo tempo e espaço, através dos séculos e continentes, da história e da arte, Addie entende seus limites e descobre ― apesar de fadada ao esquecimento ― até onde é capaz de ir para deixar sua marca no mundo. Trezentos anos depois, em uma livraria, um acontecimento inesperado: Addie LaRue esbarra com um rapaz. Ele enuncia cinco palavras. Cinco palavras capazes de colocar a vida que conhecia abaixo: Eu me lembro de você. Uma jornada inspirada no mito faustiano sobre busca e perda, eternidade e finitude e, acima de tudo, uma questão: até onde se vai para alcançar a liberdade? Best-seller do The New York Times e recomendado pelo Entertainment Weekly , A vida invisível de Addie LaRue é um livro inesquecível e que colocou V.E. Schwab entre as principais autoras de fantasia da atualidade.


13. Jantar secreto, de Raphael Montes

Um grupo de jovens deixa uma pequena cidade no Paraná para viver no Rio de Janeiro. Eles alugam um apartamento em Copacabana e fazem o possível para pagar a faculdade e manter vivos seus sonhos de sucesso na capital fluminense. Mas o dinheiro está curto e o aluguel está vencido. Para sair do buraco e manter o apartamento, os amigos adotam uma estratégia heterodoxa: arrecadar fundos por meio de jantares secretos, divulgados pela internet para uma clientela exclusiva da elite carioca.
A partir daí, eles se envolvem em uma espiral de crimes, descobrem uma rede de contrabando de corpos, matadouros clandestinos e grã-finos excêntricos, e levam ao limite uma índole perversa que jamais imaginaram existir em cada um deles


14. Uma segunda chance, de Collen Hoover

Depois de passar cinco anos na prisão após um trágico acidente, Kenna Rowan retorna à cidade onde tudo deu errado, esperando poder viver ao lado da filha pequena. Mas agora os abismos criados por Kenna parecem instransponíveis. Todos ao redor da sua filha estão determinados a rejeitar Kenna, não importa o quanto ela tente provar que mudou.

A única pessoa que não a ignora é Ledger Ward, dono de um bar e um dos poucos elos que ainda lhe resta com a criança. Porém, se os moradores da cidade desconfiarem de que Ledger vem se tornando importante na vida de Kenna, ambos correrão o risco de perder tudo o que mais importa para eles.

Com pontos de vista alternados entre os dois personagens, Uma segunda chance explora o quanto julgamentos apressados baseados em informações que podem não ser verdadeiras tem o potencial de acabar com a vida das pessoas.


15. O pior padrinho da noiva, de Mia Sosa

Eleito um dos melhores romances de 2020 pela EW, Cosmo, OprahMag, Buzzfeed, Insider e NPR. "Sosa mais uma vez oferece a seus leitores sortudos um romance irresistivelmente divertido, com um senso de humor afiado e cenas mais quentes que as pimentas-malaguetas brasileiras presentes nesta história de amor, família e amizade." — Booklist (resenha estrelada) Você está cordialmente convidado para testemunhar o pior padrinho de casamento recebendo o que merece! Uma organizadora de casamentos abandonada no altar? Sim, Carolina Santos também consegue ver a ironia da situação. Mas isso é coisa do passado, ainda mais quando Lina se vê diante da oportunidade de elevar sua carreira a um novo patamar. Só tem um detalhezinho… Para conseguir o emprego dos sonhos, ela vai ter que trabalhar lado a lado com o padrinho de suas quase-núpcias, também conhecido como o homem que convenceu seu quase-marido a desistir de se casar. O agente de marketing Max Hartley está determinado a impressionar Rebecca, a dona de uma renomada rede de hotéis que deseja expandir seu negócio para incluir serviços de casamento. Até que ele descobre que precisa trabalhar com a afiada, fria e vingativa ex-noiva do seu irmão, que, se o visse se engasgando com um bem-casado, provavelmente o deixaria sufocar. Agora, para que ambos saiam ganhando, eles precisam montar um plano de negócios inigualável sem se matarem, e sem que Rebecca descubra o passado conturbado que compartilham. Mas, quando o rancor dá lugar a sentimentos ainda mais fortes e ainda mais difíceis de controlar, Max e Lina vão ter que enfrentar um outro tipo de problema.


16. Em outra vida, talvez?, de Taylor Jenkins Reid

E se tudo o que é possível acontecesse? Hannah está perdida. Aos 29 anos, ainda não decidiu que rumo dar à sua vida. Depois de uma decepção amorosa, ela volta para Los Angeles, sua cidade natal, pois acha que, com o apoio de Gabby, sua melhor amiga, finalmente vai conseguir colocar a vida nos trilhos. Para comemorar a mudança, nada melhor do que reunir velhos amigos num bar. E lá Hannah reencontra Ethan, seu ex-namorado da adolescência. No fim da noite, tanto ele quanto Gabby lhe oferecem carona. Será que é melhor ir embora com a amiga? Ou ficar até mais tarde com Ethan e aproveitar o restante da noite? Em realidades alternativas, Hannah vive as duas decisões. E, no desenrolar desses universos paralelos, sua vida segue rumos completamente diferentes. Será que tudo o que vivemos está predestinado a acontecer? O quanto disso é apenas sorte? E, o mais importante: será que almas gêmeas realmente existem? Hannah acredita que sim. E, nos dois mundos, ela acha que encontrou a sua.


17. Pessoas Normais, de Sally Rooney

Na escola, no interior da Irlanda, Connell e Marianne fingem não se conhecer. Ele é a estrela do time de futebol, ela é solitária e preza por sua privacidade. Mas a mãe de Connell trabalha como empregada na casa dos pais de Marianne, e quando o garoto vai buscar a mãe depois do expediente, uma conexão estranha e indelével cresce entre os dois adolescentes ― contudo, um deles está determinado a esconder a relação.
Um ano depois, ambos estão na universidade, em Dublin. Marianne encontrou seu lugar em um novo mundo enquanto Connell fica à margem, tímido e inseguro. Ao longo dos anos da graduação, os dois permanecem próximos, como linhas que se encontram e separam conforme as oportunidades da vida. Porém, enquanto Marianne se embrenha em um espiral de autodestruição e Connell começa a duvidar do sentido de suas escolhas, eles precisam entender até que ponto estão dispostos a ir para salvar um ao outro. Uma história de amor entre duas pessoas que tentam ficar separadas, mas descobrem que isso pode ser mais difícil do que tinham imaginado.


18. Melhor do que nos filmes, de Lynn Painter

Elizabeth Buxbaum sempre soube que seu vizinho não seria um bom namorado. Apesar de todos acharem Wesley Bennett simpático e muito bonito, Liz tinha certeza de que, na verdade, ele era um chato de galochas.

Mas Michael Young era diferente. O amor de infância de Liz estava à altura dos protagonistas das comédias românticas que ela tanto gostava, só que havia se mudado para longe quando os dois ainda eram crianças. Dez anos depois, ele estava de volta, mais lindo e charmoso do que nunca.

Esbarrar com o garoto na escola foi como um sinal do universo. O último ano do ensino médio clamava por acontecimentos grandiosos, um baile inesquecível e momentos apaixonantes. Por isso, como uma boa romântica incurável, Liz estava determinada a fazer qualquer coisa para conquistar o verdadeiro amor. Até mesmo pedir ajuda ao vizinho irritante.


19. A pequena loja de venenos, de Sarah Penner

No século XVIII, a Londres vitoriana escondia uma pequena botica que atendia a uma clientela peculiar. Nella, uma curandeira respeitada no passado, vendia venenos a mulheres que precisavam se livrar dos homens ameaçadores de suas vidas. Porém, quando uma garotinha de doze anos entrou no caminho da boticária, o futuro de seu trabalho foi posto em risco.

As consequências desse encontro ecoam através do tempo e chegam até aos dias atuais, reverberando em Caroline Parcewell, uma aspirante a historiadora cuja vida está de ponta cabeça. Com um casamento em ruínas e uma vida infeliz, Caroline encontra refúgio no mistério que envolve uma série de assassinatos por envenenamento séculos antes, um achado que a levará até Nella e sua loja. Após descobrir um frasco de boticário em uma caça relíquias no Tâmisa, a vida dela se entrelaçará com a da boticária em uma maravilhosa reviravolta do destino.

Da autora estreante Sarah Penner, A pequena loja de venenos é um best-seller internacional que conquistou o público com suas protagonistas fortes e inteligentes, e com reviravoltas surpreendentes capazes de prender o leitor até a última linha.


20. Os 7 maridos de Evelyn Hugo, de Taylor Jenkins Reid

Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes ― seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido… pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história ― ou sua “verdadeira história” ―, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso ― e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.

Raya e o último dragão: Uma análise comportamental

Foto: Disney Plus / Reprodução

Raya e o último dragão é uma animação lançada em 2021 pelo serviço de streaming Disney Plus. A história segue a protagonista Raya em busca do último dragão para salvar sua terra, Kumandra, da desgraça absoluta. Em Kumandra, todos os fenômenos naturais são efeitos dos poderes dos poderosos dragões que habitam o local. No entanto, com a chegada dos Drunn, quase todos os dragões e a população foram transformados em pedra, até a chegada de Sisudato, o último dragão, que reuniu todos os seus poderes em uma joia que acabou com o reinado dos Drunn, trazendo todos de volta, exceto os dragões. Tudo o que restou do grande dragão foi sua essência em sua pedra, que agora estava sob o poder e proteção dos aldeões. A grande pedra mantinha todos os fenômenos naturais em funcionamento, o que provocou em todos os habitantes de vilas próximas uma inveja latente, por acreditarem que a joia abençoava a grande terra, transformando-a em uma fortaleza, e dividiu todas as aldeias em fronteiras. Agora, todos partem em busca da grande pedra para si, e começa a partir daí o início do fim de todos os tempos.

O pai de Raya, acreditando na união dos povos, decidiu reuni-los em uma confraternização, porém algo dá errado e a pedra cai em mãos erradas. Após a invasão à aldeia, a grande pedra cai e se parte em quatro pedaços. A grande missão de Raya agora é juntar todos os pedaços e tentar invocar novamente o grande dragão Sisu, para acabar com toda maldição estabelecida, transformando toda a vida dos aldeões em pedra.

Foto: Disney Plus / Reprodução

O enredo trabalha todo sentimento de cobiça dos personagens em busca de uma falsa ideia de poder através do pertencimento da pedra. Todos os reinos queriam para si a pedra, acreditando que isso provocaria, de certa forma, no reinado absoluto sobre todos os povos, uma vez que a pedra era responsável por regular a 'benção' que a aldeia de Raya e seu pai vivenciavam, sem se dar conta de que todos eram agraciados pelas águas, chuvas, sol e pela regulação de todos os efeitos naturais que eram resultado da grande pedra.

Raya cresceu sem conhecer Sisu, apenas pelas lendas que contavam a respeito da existência dos dragões e da existência das estátuas pelo condado. Agora, ela deve partir em uma busca pelas quatro pedras para estabelecer novamente a paz, trazer Sisu de volta e transformar todos que estavam em estado petrificado de volta à vida, inclusive seu próprio pai.

Se realizarmos uma alusão da obra, poderemos entender que os dragões funcionam como a natureza e o tempo, enquanto os povos buscam obter os poderes para controlar toda uma nação e reinar de forma absoluta. Raya, então, adolescente, enxerga a necessidade de trazer a paz de volta aos povos em busca do bem comum, mesmo tendo sido fortemente afetada pela traição que resultou no roubo da grande pedra de Sissudato.

Sisu foi escolhida pelos seus irmãos para salvar o mundo. Ela, então, após reunir todos os seus poderes em uma pedra, adormece sob as águas de um grande rio. Entretanto, ela é desperta por Raya e busca, em conjunto, restaurar a paz e a vida na terra, longe dos perigos provocados pelos Drunn.

A jornada de Raya em busca dos quatro pedaços da grande pedra é uma metáfora para os desafios e obstáculos que enfrentamos na vida real. Assim como a personagem precisa unir forças e superar suas diferenças com outros povos para alcançar seu objetivo, nós também precisamos aprender a trabalhar juntos e deixar de lado nossas ambições individuais em prol do bem coletivo. A cobiça e a busca desenfreada por poder que vemos nos personagens de Raya e o último dragão são reflexos das ambições humanas que muitas vezes nos levam a cometer atos de traição e egoísmo. A narrativa nos mostra a importância de mantermos a esperança e a fé em algo maior do que nós mesmos, como a natureza e a harmonia entre os povos.

Ao final da jornada de Raya, vemos que a verdadeira força está na união e na solidariedade entre os diferentes povos, e que somente juntos podemos superar os desafios que a vida nos apresenta. Assim como a grande pedra de Sisu regula os fenômenos naturais e traz paz e prosperidade para todos, a cooperação entre indivíduos de diferentes origens e crenças pode trazer equilíbrio e harmonia para o mundo real.

O filme é uma forma de ilustrar o poder humano em destruir a si próprio e a vida que o cerca em prol do bem individual, focalizando totalmente em seu egoísmo. Raya é a figura central responsável por trazer o conhecimento de que as ações dos povos em busca do poder são uma das principais razões pelas quais os reinados estão comprometidos e destruídos. Uma narrativa poderosa acerca da união e da esperança.

Um filme que certamente merece uma série ou continuação.

Uma análise psicológica sobre o filme Divertida Mente

Imagem: CNN / Reprodução

Divertidamente é um dos filmes mais inteligentes lançados no mundo da animação. O enredo do primeiro filme se inicia com o surgimento da Alegria com o nascimento da protagonista, Riley. A personagem se desenvolve juntamente com suas emoções de acordo com o amadurecimento da garota, e consequentemente, de seu emocional. Com o tempo, podemos observar o surgimento de outras emoções no decorrer do crescimento de Riley: Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho. Em outras palavras, o nosso emocional se desenvolve conosco conforme vamos amadurecendo, dando novos espaços para novas experiências, vivências e emoções.

Com o tempo, Riley cresce e desenvolve memórias afetivas de sua infância, família, amigos, bobeiras da infância e a confiança desenvolvida em seu relacionamento com os pais e o hockey, esporte que aprendeu a gostar com seu pai. Essas emoções moldaram o caráter de Riley. Enquanto tudo isso acontece, em sua sala de comando - a cabeça, espaço mental - é comandado por Alegria, que tenta a todo custo tomar conta de toda situação, evitando assim que Riley sofra com algum problema ou emoção perigosa, sobretudo a participação quase constante da Tristeza.

Riley então se muda com sua família para uma nova cidade, tendo assim que deixar para trás todas as lembranças que despertavam a felicidade plena dentro dela. Isso a coloca em um sentimento de confusão mental para compreender toda a rotina que agora se inicia. Observamos que, em sua sala de controle, suas emoções estão à flor da pele e preocupadas com a nova mudança de rotina, o que faz com que todos, em primeira instância, estranhem a nova moradia. Em dado momento, Alegria e Tristeza nutrem um pequeno confronto em relação às memórias base de Riley, o que faz com que ambas sejam sugadas por um túnel, levando-as diretamente para o espaço das memórias de longo prazo. Agora, sem o comando da Alegria e a participação da Tristeza, Riley enfrentará sua vida tendo apenas o comando das emoções: Nojinho, Medo e Raiva, sentimentos que são incapazes de despertar o sentimento de alegria na garota, o que a leva a uma série de confrontos familiares e um declínio moral em seu relacionamento com seus pais, sua dificuldade em se relacionar com novos amigos, jogar hockey e brincar com as 'bobeiras' da infância com seu pai, desenvolvendo nela um confronto interno em relação às suas memórias afetivas e seu novo lar em uma nova escola.

Foto: Disney Plus / Reprodução

Alegria agora é a única emoção tomada por uma luz ao seu redor de cor incandescente na cor azul e precisa ao lado de Tristeza (caracterizada pela cor azul) de uma forma de retornar à sala de comando antes que ela seja tomada por completo pelas emoções - Medo, Raiva e Nojinho. Uma vez que, agora, sem o auxílio da Alegria e da Tristeza, ela estaria condicionada a viver seus dias sem uma felicidade plena ou sem a consciência da tristeza dos momentos de confusão mental que enfrenta naquele instante, se tornando apática e não sendo capaz de experimentar as emoções que lhe faltam naquele momento.

Na sala das emoções de longo prazo, elas conhecem o amigo imaginário de Riley, Big Bong, um ser com tromba de elefante, corpo de algodão doce e rabo de gato. Ele está lá porque, em algum lugar da memória de Riley, ele ainda está vivo, com sua participação na infância, sendo parte de suas lembranças. Em um momento crucial, ele e Alegria caem no abismo do esquecimento, local para onde vão todas as memórias já esquecidas por Riley. Isso faz com que Riley comece a se esquecer de como é se sentir alegre, com o desaparecimento da alegria para uma zona isolada de seu pensamento.

Enquanto isso, em sua sala de comando, Medo, Nojinho e Raiva tentam a todo custo mantê-la alegre, mas como nenhum deles possui alegria em si, Riley começa a experienciar momentos de confusão mental ainda mais latentes, fazendo com que tome iniciativas que prejudicam suas bases - a família, a honestidade, a bobeira e o Hockey.

Durante a estadia no abismo, Alegria percebe, em uma memória afetiva levada por ela, uma lembrança em que Riley perde um jogo de Hockey, o que a deixa triste. No entanto, recebendo a atenção dos amigos e familiares, isso ocasiona um episódio de pura alegria. Neste momento, ela entende que a Tristeza é uma emoção necessária para que Riley comece a entender o momento pelo qual está passando.

O filme termina com Alegria e Tristeza retornando à sala de comando. Tristeza então, com a ajuda de Alegria, recolhe as memórias bases de Riley e ao tocá-las, transforma todas as suas lembranças em um sentimento de saudade e nostalgia, uma vez que todas as suas memórias afetivas eram retratos do que foi a sua vida em sua antiga morada. Isso acaba fazendo-a compreender seu momento de isolamento e tristeza, levando-a à compreensão mais assertiva de suas emoções e exteriorizando-as, levando-a a um momento de felicidade com seus pais.

O filme também nos ensina sobre a importância de sentir todas as emoções realmente, incluindo a tristeza. 

Vivemos em uma sociedade de busca incessante pela felicidade e os meios de comunicação e mídias sociais nos passam a percepção de que todos à nossa volta têm a vida perfeita e que para encontrarmos essa felicidade temos de nos privar de sentir tristeza.

A mensagem do filme é totalmente o oposto, devemos sim sentir todos os sentimentos e emoções, e que nossa vida não vai ser feliz o tempo todo, não é normal, que devemos sim buscar a felicidade, mas ela só será completa se formos capazes de sentir e entender todos os nossos sentimentos.

Foto: Reprodução / Pixar

Mas, e Divertida mente 2?

Divertida Mente 2 surge com uma proposta inovadora acerca da psicologia e do desenvolvimento adolescente. Enquanto o primeiro filme foca nas emoções primárias do ser humano, ou seja, as primeiras emoções com as quais temos contato na infância, o segundo filme trabalha a puberdade sob a perspectiva do aceleramento, às vezes 'forçado', das crianças em meio às pressões sociais. Nos dias de hoje é comum que a grande maioria das pessoas busque se empenhar em desenvolver relacionamentos de longo prazo a todo custo, o que pode, por vezes, ocasionar um abandono de nós mesmos em busca de uma aprovação terceirizada. Em outras palavras, tendemos a valorizar mais a ideia e as opiniões de outras pessoas sobre nós mesmos e sobre o nosso desempenho social do que a opinião que nutrimos acerca de quem somos.

O enredo se baseia, assim como no primeiro filme, em uma nova experiência de vida de Riley. Enquanto o primeiro filme desenvolveu os sentimentos e emoções de Riley durante uma mudança de cidade, o segundo filme trabalha a nova vida se desenvolvendo em uma escola, onde a protagonista, Riley precisa lidar com a possibilidade de mudança de suas amigas de escola. A partir deste ponto, Riley começa a questionar seu circulo social, temendo ficar sozinha. Observamos a partir deste ponto que ela começa a instaurar em seu dia-a-dia uma atitude latente em desenvolver relações forçadas com outros estudantes, afim de uma aprovação. Isso faz com que ela comece a afastar-se de suas amigas que em tese, se mudariam de escola. Essa manobra faz com que Riley comece a desdenhar de seus gostos em prol de uma aceitação para se enquadrar e receber atenção esperada, tanto no seu desempenho escolar, quanto no desenvolvimento de sua participação no time de  Hockey da escola.

Riley está completando treze anos, e com isso, liga-se na sala de controle o botão da puberdade, o que faz com que sua sala de comando receba uma atualização para receber as novas emoções que irão tomar conta de sua vida naquele instante. Com toda pressão social, Riley começa a desenvolver novas emoções, sendo: Ansiedade, Inveja, Vergonha, Tédio e Nostalgia. Seguindo sua nova rotina, podemos perceber que as ilhas que moldam o seu caráter recebem uma atualização, tornando a ilha da família, responsável pelo seu vínculo com os pais, menor que a ilha da amizade, na qual ela está focada em desenvolver e evitar o deslocamento na nova escola. 


Foto: Reprodução / Disney  / Pixar

Ansiedade é a primeira emoção a chegar, ela chega com um monte de bagagem, que, em tese, constituem um significado bastante crucial para o seu desenvolvimento: a tendência que temos de sentir ansiedade em diferentes circunstâncias por motivos diversos, antecipando assim, uma preocupação em relação ao futuro ou ao desenvolvimento de uma ideia e possibilidade do futuro, como a própria Ansiedade comenta: Estou protegendo a Riley das coisas que ela não pode ver. Essa fala evoca o sentimento de ansiedade constante em nos preocuparmos com o que está por vir, pensando e evocando situações, comentários e sentimentos de repulsa e desaprovação interior em relação à nossa capacidade de desenvolver tarefas antes consideradas banais. As outras emoções chegam em seguida tornando o ambiente apertado, e de certa forma, difícil de controlar. Após desaprovação de Alegria, a ansiedade toma conta da sala de controle e bane todas as emoções primárias (raiva, alegria, nojinho e tristeza) para o cofre do esquecimento, onde ela encontra uma criatura que esconde um segredo que Riley nunca contou à ninguém, isso torna todas as emoções reprimidas.

Na sala de controle, Ansiedade começa a substituir as memórias bases de Riley em memórias repletas de gatilhos e emoções cercadas de ansiedade, o que faz com que ela desenvolva com frequência o sentimento de impotência em relação à tudo o que costumava gerir com facilidade no dia-a-dia. A missão agora é tentar a todo custo retornar á sala de comando e devolver o comando para Alegria, a fim de reestabelecer a antiga Riley.

A ansiedade em se dar bem no primeiro jogo de Hockey faz Riley perder uma noite de sono em busca de treinamento para o grande dia. O desenvolvimento de memórias e possibilidades acerca do jogo, da amizade e sua estadia escolar começam a se desenvolver sob o comando de Ansiedade em sua cabeça, o que a deixa cada vez menos incapacitada e buscando a todo custo driblar os sentimentos de confiança que nutria por si e sua capacidade, chegando a invadir a sala da treinadora em busca de suas anotações para saber o veredito ou informação acerca de si mesma.

Uma das frases mais marcantes do filme é o de Alegria triste com suas tentativas de vencer a Ansiedade: Eu desisto, talvez não dê. Talvez seja isso mesmo nessa nova etapa, sentir menos alegria (...).

Tristeza consegue com o auxílio de Vergonha, estabelecer-se escondida na sala de controle, fazendo com que todos consigam retornar. Porém, Ansiedade está travada, travando Riley e a impedindo de sentir novos sentimentos. Todos então se unem para retirar das memórias bases de Riley toda carga negativa depositada por Ansiedade, até que Riley consegue se estabelecer novamente como noutros momentos, recuperando seu relacionamento com as amigas e livrando-se do sentimento de impotência.

O ápice do filme é a incapacidade das emoções em controlar a ansiedade, então, todas as emoções -incluindo a própria ansiedade - abraçam-se e abraçam a memória base de Riley, o que pode ser entendido como uma ferramenta de opção para driblar um episódio de ansiedade em alguém: o acolhimento.

A proposta do filme Divertida Mente 2 de abordar a puberdade e as pressões sociais enfrentadas pelos adolescentes de forma inovadora e sensível é extremamente bem-sucedida. A maneira como o enredo explora as novas emoções que surgem na sala de controle de Riley, como Ansiedade, Inveja, Vergonha, Tédio e Nostalgia, é muito relevante e representa de forma realista os desafios emocionais enfrentados por muitos jovens hoje em dia. Além disso, a forma como o filme trabalha a importância do autoconhecimento e da aceitação de si mesmo é uma mensagem poderosa e necessária, principalmente em um mundo onde a busca por validação externa pode ser tão prevalente. A maneira como o filme aborda o tema da ansiedade e a importância do acolhimento e do apoio emocional para superá-la é uma lição valiosa e bem representada. Em resumo, Divertida Mente 2 é uma obra que não só entretém, mas também educa e sensibiliza o público sobre questões importantes relacionadas ao desenvolvimento emocional e relacional dos jovens.

Qual a mensagem de Divertida Mente?

Qual a mensagem de Divertida Mente 2 ?

O que significa as malas da ansiedade em divertida mente 2?

O que significa as bagagens da ansiedade em divertida mente 2?

José Olympio relança "Lampião", obra de estreia de Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz, já uma romancista consagrada, decidiu aventurar-se na dramaturgia. Enfrentando o desafio de frente, ela abordou a história de vida de Virgulino Ferreira da Silva - o bandido que liderava a mais famosa gangue de cangaceiros do Nordeste brasileiro - com o peso dramático e a urgência social que sempre foram sua paixão como escritora. Lampião rapidamente se tornou uma figura única no imaginário popular; seus trajes de cowboy típicos dos jagunços (homens armados) dos anos 1920, juntamente com suas poses imponentes projetadas através de fotografias e até mesmo seus óculos de aros finos, considerados raros para pessoas comuns naquela época, faziam parte dessa persona mítica que ele encarnava apesar de ser cego em um olho.


Ao revisitar suas referências mais próximas, Rachel de Queiroz desconstruiu seu retrato corajoso e ocasionalmente frágil do icônico Lampião. Seu personagem principal desafia o governador da região sertaneja a ceder poder, mas também se sente atento diante dos perigos iminentes, buscando proteção espiritual em seu Padrinho Padre Cícero - uma figura religiosa muito prestigiada no Nordeste brasileiro. A peça de Queiroz apresenta Corisco como um bandido talentoso que permanece leal à causa de Lampião e Maria Bonita (introduzida inicialmente como Maria Déia), que abandona marido e filhos para ser esposa do Rei do Cangaço acompanhando-o inclusive na guerra armamentista.

Em 1954, Lampião estreou nos palcos. Houve duas produções notáveis: uma em São Paulo, no Teatro Leopoldo Fróes, dirigida por Sérgio Cardoso (que também interpretou Lampião), com Araçary de Oliveira como Maria Bonita; e outra no Rio de Janeiro, no Theatro Municipal, dirigida por Bibi Ferreira e com Elísio de Albuquerque no papel principal.

Este volume especial traz o projeto gráfico da primeira edição de Lampião, lançada em 1953 pela Livraria José Olympio Editora. Na capa, Lampião e Maria Bonita são ilustrados por Tomás Santa Rosa, icônico artista gráfico responsável por projetos editados por José Olympio na década de 1950. O antigo estilo de impressão é replicado usando fontes móveis no mês que vem. Portanto, esta nova edição de Lampião celebra o texto meticulosamente elaborado por Rachel de Queiroz que retornou a um público mais amplo na hora certa.

Os recordes das animações bilionárias: veja quais foram os mais impressionantes!

Os recordes de bilheteria estão cada vez mais presentes nas animações infantis, o que faz com que os serviços de streamming se dediquem cada vez mais a produções com gastos astronômicos e exorbitantes. Confira uma lista das animações que conquistaram uma legião de fãs e arrecadaram um número considerável de sucesso nas bilheterias:

1. Frozen 2: U$1.453 bilhões



2. Super Mário Bross: U$1.361 bilhões


3. Frozen: 1.285 bilhões

4. Os incríveis 2: 1.243 bilhões


5. Minions: U$1,159 bilhões


6. Toy Story 4: U$1.074 billhões

7. Toy Story 3: U$1.067 bilhões


8. Meu malvado favorito 3: 1.034 bilhões


9. Procurando Dory: 1.029 bilhões

10. Zootopia: 1.025 bilhões


11. Divertida mente 2: U$1.014 bilhões

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