A alfabetização é um processo no qual o indivíduo assimila o aprendizado do alfabeto e sua utilização como código de comunicação. Todavia, esse processo não se deve resumir apenas à aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar e produzir conhecimento. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de maneira geral. (Pimenta, 2012, p. 28)
Atualmente, a alfabetização não é vista como algo desconexo do mundo, ela envolve um processo de construção de conhecimentos, e carrega a pretensão de reconhecer os educandos como sujeitos autônomos, críticos na sociedade para serem sujeitos ativos, que possuam a competência de transformar a sociedade, para que seja mais justa igualitária e cidadã. (Lorenzet; Girotto p. 393)
Segundo Ferreiro (1996, p.24) O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.
De acordo com suas experiências com crianças, Ferreiro (1999, p.44-7), esquematiza algumas propostas fundamentais sobre o processo de alfabetização inicial: restituir a língua escrita seu caráter de objeto social; desde o inicio (inclusive na pré-escola) se aceita que todos na escola podem produzir e interpretar escritas, cada qual em seu nível; permite-se e estimula-se que a criança tenha interação com a língua escrita, nos mais variados contextos; permite-se o acesso o quanto antes possível à escrita do nome próprio; não se supervaloriza a criança, supondo que de imediato compreendera a relação entre a escrita e a linguagem.
Para Lorenzet e Girotto a alfabetização é um processo complexo ligado à construção do conhecimento. Atualmente, este conceito está sendo desdobrado aliado a outras áreas do conhecimento, por exemplo: alfabetização musical, alfabetização matemática, alfabetização em informática, além da sua origem que era para designar a aquisição da leitura e da escrita formal.
A educação infantil ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas ás quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. (CRUVINEL; ALVES, 2013, apud MELLO; MILLER, 2008).
Segundo Vygotski (2001), a escrita é uma representação de segunda ordem. Ela se constitui por um sistema de signos, palavras escritas que representam os sons e palavras da linguagem oral, que tem relação com o mundo real. (CRUVINEL; ALVES, 2013).
Para Vygotski (2001), desde o início, a escrita precisa ser apresentada á criança como um instrumento que tem uma função social: a função de expressar ou comunicar, ideias e sentimentos, ou seja, é um equivoco pensa que o ensino dos aspectos técnicos da escrita para a criança permite-lhe aprender a escrever e ler conforme requer o uso da escrita nas diversas situações sociais em que é utilizada. (Idem).
Na educação infantil utilizamos a linguagem visual quando as crianças ilustram seu crachá para reconhecê-lo mais tarde e antes que aprendam a ler o próprio nome. É por meio da ilustração que as crianças reconhecem a regra que procuram seguir na vida diária da escola. (CRUVINEL; ALVES, 2013).
Regina Zilberman (1985) afirma que, antes de aprender a ler, a criança conhece livros e outros materiais veiculados através da palavra escrita, o que pode estimular a aprendizagem da leitura. Ressalta a existência de livros dirigidos à fase em que a criança está alfabetizando.
O primeiro contato da criança com um texto é feito oralmente através da voz da mãe, do pai ou dos avós, contando contos de fadas, trechos da Bíblia, histórias inventadas, livros curtinhos, poemas sonoros e outros mais, são importantes para a formação de qualquer criança ouvir muitas histórias e escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo. (ABRAMOVICH, 1995, p121).
Por meio da literatura a criança conhece a sua cultura, e outras culturas que estão em sua volta. A leitura é de extrema importância por isso se deve estar sempre lendo para as crianças da educação infantil. (CRUVINEL; ALVES, 2013).
As relações entre leitura e literatura nem sempre são analisadas, reavaliadas e praticadas como deveriam no contexto escolar. A leitura - como atividade atrelada á consciência crítica do mundo, do contexto histórico - social em que o aluno está inserido - precisa ser mais praticado em sala de aula. O papel da escola é o de formar leitores críticos e autônomos capazes de desenvolver uma leitura crítica de mundo. Contudo, esta noção parece perder-se diante de outras concepções que ainda orientam as práticas escolares. (FLECK, apud SILVA, 2005, p.16).
A literatura infantil desemboca o exercício de compreensão, sendo um ponto de partida para outros textos, pois com o passar do tempo, as crianças sentem necessidade de variar os temas de leitura uma vez que, a leitura é a forma mais sistematizada de elaboração da fantasia, passando a ter um nível mais elevado de cultura, estimulando a escolha e a crítica de certos textos. (PERUZZO, 2011).
A função social da literatura é facilitar ao homem compreender – e, assim, emancipar-se - dos dogmas que a sociedade lhe impõe. Isso é possível pela reflexão crítica e pelo questionamento proporcionado pela leitura. Se a sociedade buscar a formação de um novo homem, terá de se concentrar na infância para atingir esse objetivo. (CALDIN, 2003).
Nesse sentido, pode-se dizer que o movimento da literatura infantil contemporânea, ao oferecer uma nova concepção de texto escrito aberto a múltiplas leituras, transforma a literatura para crianças em suporte para experimentação do mundo. Dessa maneira, as histórias contemporâneas, ao apresentarem as dúvidas da criança em relação ao mundo em que vive, abrem espaço para o questionamento e a reflexão, provenientes da leitura. (Idem)
Por outro lado, os contos clássicos não impedem o raciocínio lógico, porque não embotam a inteligência da criança. Envolvem, isto sim, o aguçar de sua sensibilidade artística e o equilibrar o sonho com o real. É um jogo estimulante – a criança sabe que o que está lendo não é verdade, mas finge acreditar – é a magia do imaginário, tão necessária ao desenvolvimento infantil. (Idem).
Como despertar o gosto pela leitura por meio da literatura infantil, sendo que a proposta pedagógica está centrada no conteúdo curricular?
Tendo em vista a dificuldade que os docentes têm para inserir no planejamento atividades lúdicas como a literatura infantil, buscaremos por meio deste trabalho respostas a cerca da importância da literatura infantil no processo de ensino - aprendizagem.
Segundo Abramovich (1995, p 121) "contos de fadas, trechos da Bíblia, histórias inventadas, livros curtinhos, poemas sonoros e outros mais, são importantes para a formação de qualquer criança ouvir muitas histórias e escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo".
Por meio da literatura a criança conhece a sua cultura, e outras culturas que estão em sua volta. A leitura é de extrema importância por isso se deve estar sempre lendo para as crianças da educação infantil. (CRUVINEL; ALVES, 2013).
Na educação infantil utilizamos a linguagem visual quando as crianças ilustram seu crachá para reconhecê-lo mais tarde e antes que aprendam a ler o próprio nome. É por meio da ilustração que as crianças reconhecem a regra que procuram seguir na vida diária da escola. (CRUVINEL; ALVES, 2013).
A função social da literatura é facilitar ao homem compreender – e, assim, emancipar-se - dos dogmas que a sociedade lhe impõe. Isso é possível pela reflexão crítica e pelo questionamento proporcionado pela leitura. Se a sociedade buscar a formação de um novo homem, terá de se concentrar na infância para atingir esse objetivo. (CALDIN, 2003).
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