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Análise: Memórias de um sargento de milicias, Manuel Antônio de Almeida


Memórias de um sargento de milícias apresenta uma galeria de personagens dos mais diferentes tipos: o menino malandro, a alcoviteira, o barbeiro, o compadre, a comadre, o mestre de cerimônias, a cigana... O protagonista da história é o malandro Leonardo, filho de Leonardo-Pataca e Maria-da-Hortaliça, que vive livremente praticando travessuras. As malandragens de Leonardo são o centro da narrativa e isso só tem fim quando ele é escolhido pelo chefe de polícia para ocupar o cargo de sargento de milícias.

Contexto histórico e social

Memórias de um Sargento de Milícias foi publicado em 1853, durante o período do romantismo no Brasil. Essa fase literária foi marcada por um nacionalismo exacerbado, uma valorização da natureza e da cultura popular, e um interesse pela história e pelas lendas do país.

O contexto histórico da obra é o Rio de Janeiro do início do século XIX. A cidade era uma mistura de culturas, com uma população composta por portugueses, brasileiros, africanos e indígenas. A sociedade era marcada por desigualdades sociais, com uma elite rica e poderosa e uma maioria pobre e marginalizada.

Gênero e estilo

Memórias de um Sargento de Milícias é um romance de formação, pois narra a trajetória de um personagem, Leonardo Pataca, desde a infância até a vida adulta. O livro também é uma obra de humor, com uma linguagem leve e descontraída.

O estilo de Almeida é marcado pelo uso de uma linguagem coloquial e popular. O autor também utiliza elementos do folclore brasileiro, como lendas e superstições, para compor a narrativa.

Personagens

Os personagens principais da obra são:

  • Leonardo Pataca: O protagonista da história, um menino pobre e travesso que sonha em se tornar um sargento de milícias.
  • Maria das Hortaliças: A mãe de Leonardo, uma mulher forte e batalhadora.
  • Tião Coruja: O melhor amigo de Leonardo, um menino esperto e aventureiro.
  • D. Joana: A amada de Leonardo, uma jovem rica e bonita.

Estrutura e enredo

A obra é dividida em três partes. A primeira parte narra a infância e a adolescência de Leonardo. A segunda parte narra sua vida adulta, incluindo seu casamento com D. Joana e sua ascensão social. A terceira parte narra sua morte.

O enredo da obra é marcado por uma série de aventuras e peripécias. Leonardo é um personagem azarado, mas sempre consegue sair das enrascadas.

Narrador e ponto de vista

A obra é narrada em primeira pessoa por Leonardo Pataca. Esse ponto de vista permite ao leitor conhecer a história do personagem de forma íntima e subjetiva.

Estilo de escrita

O estilo de Almeida é marcado pelo uso de uma linguagem coloquial e popular. O autor também utiliza elementos do folclore brasileiro, como lendas e superstições, para compor a narrativa.

Período histórico

Memórias de um Sargento de Milícias é um marco na literatura brasileira. O livro é considerado o primeiro romance genuinamente brasileiro, pois retrata a vida cotidiana da sociedade brasileira do início do século XIX.

Importância e relevância social

Memórias de um Sargento de Milícias é uma obra importante por diversos motivos, entre eles:

  • É uma obra de humor e crítica social. O livro satiriza os valores da sociedade brasileira da época, como a desigualdade social e a corrupção.
  • É uma reflexão sobre a natureza humana. A obra explora temas como o amor, a amizade, a família e o destino.
  • É um clássico da literatura brasileira. O livro continua a ser lido e apreciado por leitores de todas as gerações.

Biografia do autor

Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 1831. Foi um escritor, jornalista e político brasileiro.

Almeida começou sua carreira literária aos 22 anos, publicando poemas e contos em jornais e revistas. Em 1853, publicou seu primeiro romance, Memórias de um Sargento de Milícias, que se tornou um sucesso imediato.

Almeida morreu em 1861, aos 30 anos. Seu legado é marcado por sua obra inovadora, que ajudou a moldar a literatura brasileira.

Resenha crítica

Memórias de um Sargento de Milícias é uma obra-prima da literatura brasileira. O livro é uma crônica da vida cotidiana da sociedade brasileira do início do século XIX, mas também é uma obra de humor e crítica social.

O livro é narrado em primeira pessoa por Leonardo Pataca, um menino pobre e travesso que sonha em se tornar um sargento de milícias. A narrativa é leve e descontraída, mas também é marcada por uma crítica mordaz aos valores da sociedade brasileira da época.

O livro é importante por diversos motivos. Em primeiro lugar, é o primeiro romance genuinamente brasileiro, pois retrata a vida cotidiana da sociedade brasileira. Em segundo lugar, é uma obra de humor e crítica social, que satiriza os valores da sociedade brasileira da época. Em terceiro lugar, é uma reflexão sobre a natureza humana, que explora temas como o amor, a amizade, a

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