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[RESENHA #954] Minha vida [mein kampf], de Adolf Hitler

Mein Kampf é um livro escrito por Adolf Hitler, líder do Partido Nazista na Alemanha. O livro é uma mistura de autobiografia e manifesto político, no qual Hitler expõe sua ideologia antissemita e racista, e seus planos para o futuro da Alemanha. O livro foi publicado em dois volumes, em 1925 e 1926, e teve milhões de cópias vendidas e traduzidas para várias línguas12

O primeiro volume, intitulado Die Abrechnung (“A Acerto de Contas” ou “A Vingança”), foi escrito em 1924, quando Hitler estava preso após uma tentativa fracassada de golpe de Estado em Munique. Nesse volume, Hitler conta sobre sua juventude, a Primeira Guerra Mundial, e o “traidor” da Alemanha em 1918. Ele também expressa sua visão racista, identificando o ariano como a “raça genial” e o judeu como o “parasita”, e declara a necessidade dos alemães buscarem espaço vital (Lebensraum) no Leste, à custa dos eslavos e dos odiados marxistas da Rússia. Ele também pede vingança contra a França12

O segundo volume, intitulado Die Nationalsozialistische Bewegung (“O Movimento Nacional-Socialista”), foi escrito após a libertação de Hitler em dezembro de 1924. Nesse volume, Hitler descreve o programa político, incluindo os métodos terroristas, que o nacional-socialismo deve seguir tanto para conquistar o poder quanto para exercê-lo depois na nova Alemanha12

RESENHA

A resenha a seguir é apenas informativa. Não apoiamos, concordamos ou endossamos seu conteúdo. O post literal se isenta de quaisquer responsabilidades acerca do conteúdo aqui mencionado. A leitura requer atenção. O livro foi escrito e publicado em um contexto histórico específico, marcado pela humilhação da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, pela crise econômica e social, e pelo surgimento de movimentos nacionalistas e autoritários. Ele reflete a visão de mundo distorcida e fanática de Hitler, que se baseava em teorias pseudocientíficas e racistas, e que buscava justificar a violência e a opressão contra aqueles que ele considerava inferiores ou inimigos. A leitura desta resenha não tem como objetivo promover ou endossar o conteúdo do mesmo, mas sim oferecer uma oportunidade de compreender melhor a mente e a personalidade de um dos maiores vilões da história, e de aprender com os erros e os horrores do passado. O livro deve ser lido com espírito crítico e com consciência dos valores democráticos e humanitários que devem nortear a nossa sociedade.

Mein Kampf é o livro que revela a mente e as intenções de Adolf Hitler, o líder do partido nazista e o responsável pelo maior genocídio e pela maior guerra da história. O livro foi escrito em dois volumes, publicados em 1925 e 1926, respectivamente. O primeiro volume foi escrito na prisão, após o fracasso de uma tentativa de golpe de Estado em 1923, e o segundo volume foi escrito após a soltura de Hitler, em 1924.


No dia 1.° de abril de 1924, por força de sentença do Tribunal de Munique, tinha eu entrado no presídio militar de Landsberg sobre o Lech. Assim se me oferecia, pela primeira vez, depois de anos de ininterrupto trabalho, a possibilidade de dedicar-me a uma obra, por muitos solicitada e por mim mesmo julgada conveniente ao movimento nacional socialista. Decidi-me, pois, a esclarecer, em dois volumes, a finalidade do nosso movimento e, ao mesmo tempo, esboçar um quadro do seu desenvolvimento. Nesse trabalho aprender-se-á mais do que em uma dissertação puramente doutrinária. Apresentava-se-me também a oportunidade de dar uma descrição de minha vida, no que fosse necessário à compreensão do primeiro e do segundo volumes e no que pudesse servir para destruir o retrato lendário da minha pessoa feito pela imprensa semítica. Com esse livro eu não me dirijo aos estranhos mas aos adeptos do movimento que ao mesmo aderiram de coração e que aspiram esclarecimentos mais substanciais. Sei muito bem que se conquistam adeptos menos pela palavra escrita do que pela palavra falada e que, neste mundo, as grandes causas devem seu desenvolvimento não aos grandes escritores mas aos grandes oradores. Isso não obstante, os princípios de uma doutrinação devem ser estabelecidos para sempre por necessidade de sua defesa regular e contínua. Que estes dois volumes valham como blocos com que contribuo à construção da obra coletiva. [p.4]

O livro tem como pano de fundo o contexto histórico da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, quando o país estava em crise econômica, social e política, e sofria as imposições do Tratado de Versalhes. Hitler aproveita esse cenário para desenvolver sua ideologia nazista, baseada no racismo, no antissemitismo, no nacionalismo, e no autoritarismo. Hitler atribui a culpa pela derrota da Alemanha aos judeus e aos comunistas, que ele considera inimigos da raça ariana, e defende a necessidade de conquistar espaço vital (Lebensraum) no Leste, eliminando ou escravizando os povos que lá vivem, especialmente os eslavos e os russos. Hitler também expressa seu ressentimento e sua hostilidade contra a França, que ele queria vingar-se.

Na primavera de 1912 fui definitivamente para Munique. Aquela cidade parecia-me tão familiar como se eu tivesse morado há longo tempo dentro de seus muros. Isso provinha do fato de que os meus estudos a cada passo se reportavam a essa metrópole da arte alemã. Quem não conhece Munique não viu a Alemanha, quem não viu Munique não conhece a arte alemã [...] Por isso, a única esperança de realizar a Alemanha uma política territorial sadia está na aquisição de novas terras na própria Europa. As colônias são inúteis para esse fim, por parecerem impróprias para o estabelecimento de europeus em grande número. Entretanto, no século dezenove, já não era mais possível adquirir, por métodos pacíficos, tais territórios para efeitos de colonização. Uma política de colonização dessa espécie só poderia ser realizada por meio de uma luta áspera, que seria mais razoável se aplicada na obtenção de território no continente, próximo da pátria, de preferência a quaisquer regiões fora da Europa. (p.92]

O livro também explica o programa político do nazismo, que Hitler criou como uma alternativa ao comunismo e à democracia. Hitler descreve os princípios, os objetivos, e os métodos do movimento nacional-socialista, que ele comandava desde 1921. Hitler defende o uso da propaganda, da violência, e da manipulação das massas para alcançar o poder e para exercê-lo de forma ditatorial e totalitária. Hitler também ataca os partidos políticos, as instituições, e as personalidades que ele considera corruptas, fracas, ou traidoras da Alemanha, e que ele planeja eliminar ou submeter. Hitler também manifesta sua ambição de tornar a Alemanha uma potência mundial, capaz de dominar a Europa e de desafiar os Estados Unidos.

O estilo de Mein Kampf é confuso, repetitivo, errante, ilógico, e cheio de erros gramaticais, refletindo a falta de educação formal e de revisão do autor. O livro é considerado um dos mais infames e perigosos da história, por conter as ideias e os planos que Hitler tentou realizar quando chegou ao poder, causando a morte de milhões de pessoas e a destruição de grande parte da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O livro é proibido em alguns países, e sua leitura deve ser feita com espírito crítico e com consciência dos valores democráticos e humanitários que devem nortear a nossa sociedade.

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