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César Aira: O mestre da literatura vanguardista chega à Editora Fósforo com uma seleção imperdível de obras!

Foto: Fósforo editora ✸ Divulgação



É com grande entusiasmo que anunciamos a chegada de César Aira à família de autores da Editora Fósforo! Com uma impressionante seleção de dezesseis livros, sendo os quatro primeiros reunidos em um box especial.

Nascido em Coronel Pringles e radicado em Buenos Aires, César Aira é reconhecido como um dos maiores escritores vivos de seu país e uma referência mundial na literatura de vanguarda. Com quase 120 livros publicados, Aira é conhecido pela sua liberdade criativa e pelo procedimento inovador de "fuga para a frente", que o leva a explorar novos caminhos na narrativa sem voltar atrás em decisões já tomadas. Em suas novelitas, Aira mescla hiper-realismo e surrealismo, criando enredos alucinados que desafiam as convenções literárias e provocam risos em seus leitores. Com influências que vão do surrealismo ao pensamento de Marcel Duchamp, o autor argentino cativa os leitores com sua escrita transgressora e seu humor tresloucado, capaz de resgatar o prazer pela leitura em quem se aventura por suas páginas.

Prepare-se para uma experiência literária intensa e radicalmente divertida com César Aira. Conheça suas obras e embarque em uma jornada cheia de aventuras surpreendentes, que desafiam as normas e reinventam a arte da narrativa. O futuro da literatura é bem-humorado e está nas mãos do genial escritor argentino. 


LANÇAMENTO DE ABRIL

TÍTULOS | A PROVA, O CONGRESSO DE LITERATURA, O VESTIDO ROSA, ATOS DE CARIDADE


TÍTULOS ORIGINAIS | LA PRUEBA, EL CONGRESO DE LITERATURAEL VESTIDO ROSA E ACTOS DE CARIDAD


AUTOR | CÉSAR AIRA


TRADUÇÃO | JOCA WOLFF E PALOMA VIDAL 


POSFÁCIOS | MARÍA BELÉN RIVEIRO, IEDA MAGRI, GONZALO AGUILAR E RICARDO STRAFACCE


CAPA | CELSO LONGO E DANIEL TRENCH


FORMATO | 10,5 X 15 CM


PAPEL | BIBLOPRINT 60 G


PÁGINAS | 152, 144, 168, 88 (552 TOTAL)


ISBN (CAIXA) | 9786560000049


PREÇO (CAIXA) | R$ 129,90


LANÇAMENTO NAS LIVRARIAS | abril de 2024

Coleção César Aira - Volume I

Composta de dezesseis títulos que serão publicados ao longo de quatro anos, a coleção vem somar esforços com edições brasileiras anteriores do escritor argentino e procura trazer ao público uma amostra tão variada quanto possível do multifacetado e divertido mundo de César Aira.

Desde uma quase comédia de erros nos pampas argentinos até um pop urbano de alta voltagem sexual, passando por uma parábola religiosa profundamente irônica e um congresso de literatura com ares de ficção científica, há um Aira para cada gosto. Como o quadrante de uma bússola que aponta em direções opostas e complementares, as primeiras quatro novelitas desta coleção oferecem um lampejo da magnitude da obra de Aira. Os volumes serão lançados numa caixa e poderão ser encontrados nas livrarias separadamente.

Com tradução a quatro mãos de Joca Wolff e Paloma Vidal, posfácios de especialistas brasileiros e argentinos e textos de capa de grandes escritores brasileiros, trata-se de um convite irrecusável para adentrar o universo airiano.
 

A prova

Marcia tem dezesseis anos e é infeliz. Um dia, voltando da escola imersa nos torpores vespertinos do bairro de Flores, em Buenos Aires, ela é afrontada por uma pergunta-convite brusca: “Quer foder?”. Pega de surpresa, Marcia até tenta resistir, mas se vê rapidamente enredada por duas garotas punks, Lenin e Mao, que a seduzem com seu jeito transgressor e seu discurso sobre o amor. As duas, porém, não têm muito tempo para discussões filosóficas: elas precisam de provas.

Com um final apoteótico e de alta voltagem sexual, esta novelita pode ser lida como uma metáfora do primeiro encontro com a literatura de César Aira. Em uma lufada de poucas páginas, ela arranca todas as certezas de quem a lê. Mas para aqueles que, como Marcia, têm coragem de se entregar, ela oferece em troca o êxtase do arrebatamento e o imenso prazer da liberdade. Com um posfácio inédito da pesquisadora argentina María Belén Riveiro, especialista na obra de Aira, esta edição de “A prova” é uma ótima maneira de se iniciar nos mistérios airianos.


O Congresso de Literatura

César é um tradutor que vive no aperto devido à crise econômica global. Ele também é escritor e um cientista maluco empenhado em dominar o mundo. Ao passear pela praia, este protagonista resolve intuitivamente o antigo enigma do Fio de Macuto, encontrando um tesouro pirata e se tornando um homem muito rico. Mesmo assim, sua tentativa de dominar o mundo vem em primeiro lugar e, por isso, ele segue para um congresso de literatura em Mérida, na Venezuela. Lá, ele pretende se aproximar do homem que, ao ser clonado milhares de vezes, formará o seu exército da vitória: o escritor mexicano de renome mundial, Carlos Fuentes. Uma fantasia cômica de ficção científica de primeira ordem, esta novelita é o veículo perfeito para César Aira assumir o controle da literatura no século 21. A edição conta ainda com um posfácio inédito da escritora e pesquisadora Ieda Magri.



O vestido rosa

Nos anos 1990, César Aira explicou a origem de O vestido rosa, considerado por muitos um de seus melhores livros: “eu queria escrever um conto, coisa que nunca pude fazer. [...] O que fiz então foi tomar um conto de que gosto muito: ‘O recado do morro’, de Guimarães Rosa. O que há ali é uma mensagem que se vai transmitindo, eu a materializei no vestidinho, mas é apenas um exercício”.
 
O resultado dessa mera experiência é uma magnífica narrativa de erros e travessias em que o bobo do povoado é o sábio e vice-versa. Com ela, o escritor argentino cria uma ponte entre os pampas de seu país e os gerais roseanos, abrindo caminho para o cruzamento de duas tradições fundantes da literatura latino-americana. Quatro décadas depois de sua primeira publicação, o recado dos pampas chega até nós com a primeira tradução de O vestido rosa, declaração de amor de Aira pela literatura brasileira. A edição conta ainda com um posfácio do argentino Gonzalo Aguilar, especialista em literatura brasileira, em que ele analisa a relação do livro com o conto de Guimarães Rosa.


Atos de caridade

Nesta parábola religiosa ironicamente desprovida de moral, um sacerdote designado para uma região muito pobre percebe que seu primeiro dever é fornecer ajuda material aos moradores mergulhados na miséria, destinando todo o dinheiro que administra para tais socorros.

Mas, como a caridade é pão para hoje e fome para amanhã, é preciso renová-la todos os dias. E a melhor forma de fazer isso, pensa o sacerdote, é preparando o terreno para aquele que vier depois dele. Para assegurar o futuro de uma longa linhagem de párocos caridosos, ele se lança na construção de uma suntuosa mansão que consome todo o seu tempo e seus recursos. Mas engana-se quem vê nisso qualquer contradição. Privar-se da santidade própria em nome daquela de seu sucessor: eis o verdadeiro ato de caridade da endiabrada teologia airiana. A edição conta ainda com um posfácio inédito do escritor argentino e especialista em Aira, Ricardo Strafacce.

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