Dom Pedro I foi para a região de São Paulo com o objetivo de garantir a fidelidade dos habitantes em relação ao movimento pela independência do Brasil. Ele chegou à capital no dia 25 de agosto e chegou lá até o dia 5 de setembro.
Durante uma viagem, Leopoldina, sua esposa, casou-se com o regente. Ao se deparar com os critérios de Portugal para que ambos retornassem a Lisboa, convocou uma sessão extraordinária do Conselho de Estado para 2 de setembro de 1822 e junto com os ministros decidiu pela separação definitiva do Brasil de Portugal. Ela então assinou a declaração de independência antes de enviar o mensageiro Paulo Bregaro para informar Pedro sobre o ocorrido.
No dia 7 de setembro, ao retornar à província do Rio de Janeiro, Pedro recebeu uma carta de José Bonifácio e Leopoldina. O príncipe foi informado de que todas as ações do gabinete de Bonifácio foram invalidadas pelas Cortes e o pouco poder que ainda detinha foi retirado. Dirigindo-se aos seus associados - incluindo a sua Guarda de Honra - Pedro declarou a famosa declaração: "Amigos, as autoridades portuguesas procuram escravizar-nos e perseguir o nosso povo. A partir de hoje, já não estamos unidos." Ele então arrancou o símbolo azul e branco que representava Portugal enquanto implorava aos seus soldados: "Retirem suas insígnias! Viva a independência! A liberdade no Brasil está em jogo!" desembainhando sua espada agora brandida para dar ênfase, declarando: "Pela minha linhagem; Minha honra diante de Deus acima de todas as coisas - juro que [meu dever] será garantir a liberdade no Brasil". Finalmente acrescentando enfaticamente: “Independência ou morte!”. Esse evento mais tarde ficaria conhecido como Grito do Ipiranga.
Segundo as literaturas históricas de Cintra (1922, p. 38) e Pimenta (1972, p. 81), a proclamação da independência do Brasil através do Grito do Ipiranga ocorreu desta maneira:
“ | Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. De hoje em diante, nossas relações estão quebradas. Nenhum laço nos une mais! Tirem suas braçadeiras, soldados! Viva independência, à liberdade e à separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade. Brasileiros, a nossa divisa, de hoje em diante, será: Independência ou morte! |
Ao chegar em São Paulo na noite de 7 de setembro do ano de 1822, Pedro e seus acompanhantes comunicaram a notícia da independência do Brasil ao domínio português. O príncipe foi recebido com uma grande celebração popular, sendo aclamado tanto como o "Rei" quanto como o "Imperador" do país. Em seguida ele passou até o Rio de Janeiro onde nos dias seguintes foram divulgados panfletos (escritos de Joaquim Gonçalves Ledo), confirmando que Pedro foi declarado Imperador Constitucional. No dia 17 de Setembro José Clemente Pereira, Presidente Municipal Do Rio De Janeiro invejo para as outras municipalidades brasileiras a notificação oficial Aclamação seria realizada no aniversário ("Dia das Crianças"), em 12 outubro. Logo após esse acontecimento foram estabelecidas novas bandeiras bem diferentes e brasões também diferenciados dos antigos aos quais representariam assim um novo nascimento livre imparcial desde então.
A separação oficial de Portugal só ocorreu em 22 de setembro de 1822 através de uma carta escrita por Pedro a João VI. Na correspondência, Pedro ainda se refere a si mesmo como “Príncipe Regente”, enquanto seu pai é tratado como Rei do Brasil Independente. No dia 12 de outubro, no Campo de Santana (mais tarde conhecido como Campo da Aclamação), o Príncipe Pedro foi aclamado Dom Pedro I - Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, marcando simultaneamente o início de seu reinado e do Império Brasileiro. Porém, ficou claro que se Dom João VI voltasse ao Brasil, então apesar de aceitar este título; ele abdicaria em favor dele, por decreto imperial.
O título imperial foi escolhido com a intenção de simbolizar a continuidade da tradição dinâmica portuguesa, enquanto o título de rei poderia ser visto como uma manifestação do temido absolutismo. Além disso, o próprio processo de aclamação popular na antiga Roma serviu como inspiração para essa decisão. Em 1º dezembro de 1822 - data que marca a aclamação inaugural de D.João IV -, Pedro I finalmente recebeu sua coroação e consagração ao cargo imperial.
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