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Resenha: Gerenciamento de tempo, de Brian Tracy

O livro gerenciamento de tempo, de Brian Tracy aborda a importância da gestão do tempo como um fator crucial para o sucesso na carreira de um executivo. O tempo é descrito como o recurso mais valioso e insubstituível, que, se mal gerido, pode levar a estresse, ansiedade e depressão. A organização do tempo é essencial não apenas para a eficácia pessoal, mas também para a saúde mental e a paz interior. O autor introduz os "quatro Ds da eficácia", que são fundamentais para um gerenciamento eficaz do tempo: Desejo, decisão, determinação e disciplina.

O autor ainda enfatiza que o sucesso está ligado à habilidade de gerenciar o tempo, diferenciando indivíduos de alto desempenho daqueles de baixo desempenho. A criação de bons hábitos é vista como essencial para alcançar a eficácia. O capítulo conclui que a gestão do tempo é, na verdade, a gestão da vida, e que essa competência pode ser aprendida e aperfeiçoada com prática e dedicação. A mensagem central é valorizar cada minuto da vida, utilizando-o da melhor forma possível para maximizar realizações. A forma como um indivíduo se percebe e se relaciona consigo mesmo é fundamental para a sua qualidade de vida, sendo a autoestima um componente central nesse processo. A autoestima, definida como o quanto alguém gosta de si, é influenciada pela eficácia no uso do tempo e no desenvolvimento do potencial pessoal. A autoeficácia, que se refere à percepção de competência e capacidade de resolver problemas, também está intimamente ligada à autoestima; quanto maior a autoeficácia, maior a autoestima, e vice-versa.

A psicologia do gerenciamento do tempo se baseia na lei do controle, que afirma que a sensação de bem-estar está relacionada ao sentimento de controle sobre a própria vida. A diferença entre um lócus de controle interno e externo é destacada; o primeiro refere-se à crença de que se é o mestre do próprio destino, enquanto o segundo implica ser controlado por fatores externos, levando a reações em vez de ações deliberadas. O autoconceito, que engloba as crenças e percepções sobre si mesmo, desempenha um papel crucial na maneira como um indivíduo gerencia o tempo. Pessoas com um autoconceito positivo em relação à organização e produtividade tendem a se considerar responsáveis e eficientes. Por outro lado, crenças negativas sobre a própria capacidade de gerenciar o tempo podem levar a hábitos indesejados, como a desorganização e a procrastinação. Assim, a mudança nas crenças sobre eficácia e eficiência é essencial para melhorar a gestão do tempo.

A obra enfatiza a importância de tomar decisões claras para melhorar a gestão do tempo e aumentar a produtividade pessoal. Através dos "quatro Ds" – desejo, decisão, determinação e disciplina – o indivíduo pode desenvolver hábitos de gerenciamento eficazes, como chegar pontualmente a reuniões. A mudança de hábitos começa com a decisão de se tornar um excelente gestor do tempo, seguida pela reprogramação do diálogo interno, onde se deve afirmar constantemente a própria organização e produtividade.

A visualização de si mesmo como um gestor eficiente é outra técnica recomendada. Imaginar comportamentos organizados e produtivos ajuda a moldar a realidade externa. Além disso, agir "como se" já fosse um bom gestor de tempo pode gerar uma sensação de eficiência.

A elaboração de uma lista diária de tarefas é apresentada como uma ferramenta fundamental para a gestão do tempo. Essa lista, que deve ser feita na noite anterior, permite ao indivíduo acordar preparado e revigorado. O método ABCDE é sugerido para priorizar as atividades, onde as tarefas são classificadas de acordo com suas consequências. As atividades são divididas em categorias: A (essenciais), B (importantes), C (interessantes) e D/E (de baixo valor).

O autor alerta que o desperdício de tempo, muitas vezes causado por interrupções e atividades de baixo valor, pode sabotar carreiras. Portanto, desenvolver bons hábitos e evitar distrações são essenciais para a eficácia no trabalho.

O autor apresenta diretrizes para otimizar o uso do tempo no ambiente de trabalho, enfatizando a importância de iniciar as atividades imediatamente ao chegar ao escritório, evitando distrações como conversas desnecessárias e navegação na internet. A minimização de interrupções é crucial; para isso, recomenda-se ser direto em ligações telefônicas e conversas, estabelecendo uma pauta clara antes de interações.

O autor sugere que, ao encontrar colegas, é eficaz levantar-se e conduzi-los para fora do escritório ou para uma sala de reuniões, estabelecendo limites de tempo para as discussões. Além disso, propõe que se questione os outros sobre como seu comportamento pode estar desperdiçando o tempo deles, o que pode resultar em insights valiosos para aumentar a eficiência. O conceito de equilíbrio é destacado como fundamental para a qualidade de vida. O autor argumenta que o gerenciamento do tempo deve focar não apenas na produtividade, mas também na melhoria da qualidade de vida, que depende de três fatores: a qualidade da vida interior, a saúde física e o cultivo de relacionamentos significativos. A reflexão pessoal, o autocuidado e a priorização das relações pessoais são essenciais para alcançar uma vida equilibrada e satisfatória. O texto conclui com a observação de que, em momentos críticos, as pessoas não desejam ter passado mais tempo no trabalho, mas sim valorizam os relacionamentos e experiências vividas.

No livro "Gerenciamento de Tempo", Brian Tracy não apenas apresenta uma abordagem sobre a gestão temporal; ele desafia os leitores a reavaliar suas vidas e suas prioridades. O tempo, segundo Tracy, é o recurso mais valioso que temos, e sua má administração pode resultar em uma espiral de estresse e insatisfação. Ele propõe que a verdadeira eficácia não reside apenas em fazer mais, mas em fazer o que realmente importa.

Tracy introduz os "quatro Ds da eficácia" — desejo, decisão, determinação e disciplina — como pilares fundamentais para qualquer executivo que aspire ao sucesso. Aqui, a decisão clara de transformar hábitos é o primeiro passo inegociável. O autor coloca em questão a complacência, instigando os leitores a se tornarem proativos na gestão de suas vidas em vez de meramente reagir às circunstâncias.

A obra também examina a interconexão entre autoestima e autoeficácia. Ao afirmar repetidamente a própria competência e organização, o indivíduo não apenas muda seu diálogo interno, mas molda sua realidade externa. A visualização e a autoafirmação se tornam ferramentas poderosas na jornada para se tornar um gestor do tempo eficaz.

A prática de elaborar uma lista diária de tarefas é apresentada como uma estratégia não apenas eficiente, mas essencial. Tracy não se limita a sugerir que se escreva uma lista; ele argumenta que essa prática pode ser transformadora, permitindo que o indivíduo comece o dia preparado e focado. O método ABCDE para priorização das atividades é uma ferramenta que desafia a superficialidade do cotidiano, forçando uma reflexão sobre o que realmente merece atenção.

No cerne da mensagem de Tracy, está a ideia de que o gerenciamento do tempo é, na verdade, a gestão da vida. A busca por produtividade não deve ser uma corrida desenfreada, mas uma maneira de aumentar a qualidade da vida. Ele adverte sobre os perigos das interrupções e da desorganização, apontando que o desperdício de tempo não é apenas um aborrecimento, mas um verdadeiro sabotador de carreiras.

Tracy conclui sua obra com um chamado à ação: a vida é curta demais para não ser vivida com equilíbrio e propósito. O verdadeiro sucesso, segundo ele, não é medido apenas pela produtividade, mas pela qualidade das relações e pela satisfação pessoal. A reflexão sobre o uso do tempo deve ser contínua e intencional, pois, no final das contas, é a conexão com os outros e as experiências vividas que trazem significado à vida. Em última análise, "Gerenciamento de Tempo" é um convite provocativo para que cada leitor se torne o arquiteto de seu próprio tempo e, consequentemente, de sua própria vida.

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