Bem-vindo à primeira seção do curso gratuito de escrita e escrita criativa oferecido por Vitor Zindacta, idealizador e CEO do Post Literal. Escrever um livro é uma jornada que começa com um único passo: encontrar uma ideia que valha a pena transformar em palavras. Esta seção é dedicada a ajudá-lo a descobrir essa ideia, alinhá-la com seus objetivos pessoais e estabelecer um plano claro para transformar seu sonho em realidade. .
Por Que Escrever um Livro?
Antes de mergulhar no processo criativo, é essencial entender por que você quer escrever um livro. Sua motivação será o combustível que o manterá firme durante os desafios da escrita. Para alguns, o desejo vem de uma paixão por contar histórias — talvez você tenha uma ideia para um romance de fantasia que não sai da sua cabeça. Para outros, é uma forma de compartilhar conhecimento, como um guia de autoajuda baseado em experiências pessoais. Há também quem veja a escrita como um marco pessoal, uma conquista para provar a si mesmo que é capaz.
Vitor Zindacta, com sua experiência no Post Literal, enfatiza que não existe uma motivação “certa” ou “errada”. “O importante é que sua razão seja pessoal e significativa”, ele diz. “Quando você sabe o ‘porquê’, o ‘como’ se torna mais fácil.” Para começar, reserve alguns minutos para responder às seguintes perguntas:
O que me inspira a escrever este livro?
Que impacto quero causar nos leitores ou em mim mesmo?
Como me sentirei ao segurar meu livro pronto nas mãos?
Anote suas respostas em um caderno ou documento digital. Essas reflexões serão sua bússola ao longo do processo. Por exemplo, se seu objetivo é inspirar jovens com uma história de superação, isso influenciará o tom, o gênero e até o público-alvo do seu livro.
Brainstorming de Ideias Criativas
Agora que você entende sua motivação, é hora de encontrar a ideia central do seu livro. Muitos aspirantes a escritores temem que suas ideias não sejam “boas o suficiente”, mas a verdade é que toda grande obra começou como um conceito simples. O segredo está em explorar suas paixões, experiências e curiosidades para descobrir algo único.
Técnicas de Brainstorming
Escrita Livre: Pegue uma caneta e papel (ou abra um documento) e escreva por 10 minutos sem parar. Não se preocupe com gramática ou coerência — apenas deixe as ideias fluírem. Por exemplo, se você gosta de história, pode começar escrevendo sobre uma era que o fascina, como o Renascimento, e imaginar uma trama envolvendo um artista rebelde.
Mapas Mentais: Escreva uma palavra ou tema central (como “viagem no tempo”) no centro de uma folha. A partir daí, ramifique ideias relacionadas, como personagens, cenários ou conflitos. Isso ajuda a visualizar conexões inesperadas.
Inspiração em Experiências Pessoais: Pense em momentos marcantes da sua vida — uma perda, uma conquista, uma viagem. Como você poderia transformá-los em uma história de ficção ou um ensaio de não ficção? Por exemplo, uma experiência de superação de ansiedade pode inspirar um livro de autoajuda.
Exploração de “E se?”: Faça perguntas hipotéticas. E se o mundo perdesse toda a tecnologia amanhã? E se você descobrisse um segredo de família que mudasse tudo? Essas perguntas podem gerar premissas intrigantes.
Análise de Tendências: Pesquise o que está popular no mercado literário. Plataformas como a Amazon ou Goodreads mostram quais gêneros e temas estão em alta. Por exemplo, distopias jovens continuam populares, mas você pode adicionar um toque único, como uma distopia baseada em mudanças climáticas.
Exercício Prático
Escolha uma das técnicas acima e dedique 15 minutos a ela. Gere pelo menos três ideias de livros. Para cada uma, escreva uma frase que resuma a premissa. Exemplo: “Um jovem descobre que seus sonhos preveem o futuro, mas cada previsão muda o destino de alguém que ele ama.” Não se preocupe em escolher a ideia perfeita agora — o objetivo é explorar possibilidades.
Escolhendo o Gênero Literário
Com algumas ideias em mãos, é hora de decidir o gênero do seu livro. O gênero define o tom, a estrutura e as expectativas dos leitores. Aqui está uma visão geral dos principais tipos:
Ficção:
Romance: Focado em relacionamentos e emoções, como Orgulho e Preconceito de Jane Austen.
Fantasia: Mundos imaginários com magia ou mitologia, como O Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien.
Suspense/Thriller: Histórias de tensão e mistério, como O Silêncio dos Inocentes de Thomas Harris.
Ficção Científica: Explora tecnologia e futuro, como Duna de Frank Herbert.
Não Ficção:
Memórias/Biografias: Relatos pessoais, como Educated de Tara Westover.
Autoajuda: Guias práticos para melhorar a vida, como O Poder do Hábito de Charles Duhigg.
Ensaios Acadêmicos: Textos informativos, como Sapiens de Yuval Noah Harari.
Escolher o gênero certo depende de dois fatores: seus interesses e suas habilidades. Se você adora criar mundos detalhados, a fantasia pode ser ideal. Se tem experiência em coaching, um livro de autoajuda pode ser mais natural. Considere também o mercado: alguns gêneros, como romances contemporâneos, têm grande apelo, mas nichos como ficção histórica podem atrair públicos específicos.
Dica de Vitor Zindacta
“Não se prenda a modismos”, aconselha Vitor. “Escreva o que você ama, mas entenda as convenções do gênero. Um bom livro combina autenticidade com o que os leitores esperam.” Pesquise livros semelhantes ao seu para entender o que funciona. Por exemplo, se quer escrever um thriller, leia autores como Gillian Flynn para analisar como eles constroem suspense.
Identificando o Público-Alvo
Saber quem lerá seu livro é crucial para moldar sua narrativa. O público-alvo influencia o vocabulário, o tom e até o tamanho do livro. Pergunte-se:
Idade: Meu livro é para adolescentes, adultos ou idosos?
Interesses: Meus leitores gostam de aventura, romance, espiritualidade?
Contexto: Eles lerão por entretenimento, aprendizado ou inspiração?
Por exemplo, um romance jovem adulto (YA) como Jogos Vorazes usa linguagem acessível e temas de rebelião que ressoam com adolescentes. Já um livro de autoajuda para profissionais pode adotar um tom direto e exemplos corporativos.
Exercício Prático
Escreva um parágrafo descrevendo seu leitor ideal. Exemplo: “Meu leitor é uma mulher de 25 a 35 anos, interessada em espiritualidade e autoconhecimento, que busca um livro de memórias sobre superar desafios pessoais.” Esse perfil guiará suas escolhas criativas.
Planejamento Inicial: Definindo Metas Realistas
Um livro pode parecer uma tarefa monumental, mas dividi-lo em metas menores torna o processo gerenciável. Aqui está como criar um plano inicial:
Defina o tamanho do livro: Romances geralmente têm 60.000 a 100.000 palavras; não ficção, 40.000 a 80.000. Escolha um alvo inicial, como 70.000 palavras.
Estabeleça um cronograma: Se escrever 500 palavras por dia, um livro de 70.000 palavras levará cerca de 140 dias (menos de 5 meses). Ajuste conforme sua rotina.
Crie marcos: Por exemplo, completar o esboço em 2 semanas, o primeiro rascunho em 4 meses, e a revisão em 2 meses.
Escolha ferramentas: Use aplicativos como Scrivener para organizar capítulos ou um caderno para anotações.
Exemplo de Cronograma
Mês 1: Brainstorming, pesquisa e esboço (500 palavras/dia, 3 dias por semana).
Meses 2-5: Primeiro rascunho (500 palavras/dia, 5 dias por semana).
Meses 6-7: Revisão e edição.
Mês 8: Diagramação e capa.
Lidando com Inseguranças
É normal sentir medo de falhar ou duvidar do seu talento. A síndrome do impostor afeta até autores consagrados. Para superar essas inseguranças:
Aceite a imperfeição: Seu primeiro rascunho não precisa ser perfeito — ele só precisa existir.
Conecte-se com outros escritores: Participe de comunidades como o Post Literal ou grupos no X para compartilhar experiências.
Pratique afirmações: Repita frases como “Minha história merece ser contada” para reforçar sua confiança.
Comece pequeno: Escreva uma cena ou um parágrafo para ganhar impulso.
Vitor Zindacta sugere: “O medo é um sinal de que você se importa. Use isso como motivação, não como barreira.” Lembre-se de que cada autor começou do zero, e o que os diferencia é a persistência.
Exercício Final
Crie um “Contrato de Escrita” com você mesmo. Escreva um parágrafo prometendo dedicar tempo ao seu livro, especificando sua motivação, gênero, público-alvo e uma meta inicial (ex.: “Escrever 10.000 palavras em 1 mês”). Assine e guarde esse contrato como um lembrete do seu compromisso.
Esta seção lançou as bases para sua jornada como escritor. Você explorou sua motivação, gerou ideias, escolheu um gênero, identificou seu público e criou um plano inicial. Mais importante, você começou a enfrentar as inseguranças que poderiam impedi-lo. Com essas ferramentas, você está pronto para avançar para a próxima etapa: planejar sua história ou estrutura. Continue com o mesmo entusiasmo, e lembre-se das palavras de Vitor Zindacta: “Escrever é transformar o invisível em algo real. Você já deu o primeiro passo.”
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