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Conclave, dirigido por Edward Berger e baseado no romance homônimo de Robert Harris, é uma obra cinematográfica que mergulha nos bastidores de um dos rituais mais secretos e fascinantes da Igreja Católica: a eleição de um novo papa. Lançado em 2024 e estreando no Brasil em 23 de janeiro de 2025, o filme combina suspense político, drama psicológico e questionamentos filosóficos, criando uma narrativa que transcende o cenário religioso para explorar temas universais como poder, fé, moralidade e identidade. Com um elenco estelar liderado por Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow, Sergio Castellitto e Isabella Rossellini, Conclave se destaca não apenas pela qualidade técnica, mas também pela habilidade de provocar reflexões profundas sobre a natureza humana e as instituições que moldam o mundo. Esta resenha oferece uma análise detalhada do filme, examinando sua narrativa, personagens, aspectos técnicos, temas centrais e impacto cultural, enquanto evita redundâncias e mantém uma abordagem objetiva.
Sinopse
Conclave se inicia com a morte inesperada do papa, um evento que desencadeia a convocação de um conclave no Vaticano. O Cardeal Thomas Lawrence (Ralph Fiennes), decano do Colégio de Cardeais, é encarregado de liderar o processo de eleição do novo pontífice, uma tarefa que exige diplomacia, discrição e firmeza. Enquanto os cardeais de diferentes partes do mundo se reúnem na Capela Sistina, segredos, rivalidades e ambições emergem, transformando o ritual sagrado em um campo de batalha política. Quatro candidatos principais se destacam: Aldo Bellini (Stanley Tucci), um liberal americano; Joshua Adeyemi (Lucian Msamati), um conservador nigeriano; Joseph Tremblay (John Lithgow), um moderado canadense; e Goffredo Tedesco (Sergio Castellitto), um tradicionalista italiano. A chegada inesperada de Vincent Benitez (Carlos Diehz), um cardeal mexicano nomeado in pectore (em segredo) pelo papa falecido, adiciona uma camada de mistério à trama.
O filme, adaptado por Peter Straughan, utiliza o conclave como um microcosmo para explorar as tensões entre tradição e modernidade, fé e dúvida, poder espiritual e ambição terrena. A narrativa é estruturada em torno das rodadas de votação, cada uma revelando novos segredos e reviravoltas que desafiam as expectativas dos personagens e do público. O desfecho, marcado por uma revelação surpreendente sobre a identidade de Benitez, eleva Conclave a um nível de discussão filosófica e social, tornando-o uma obra relevante para o público contemporâneo.
Análise
A força de Conclave reside em sua capacidade de transformar um processo aparentemente monótono — a votação para eleger um papa — em um thriller envolvente. Edward Berger, conhecido por Nada de Novo no Front (2022), demonstra um domínio excepcional do ritmo narrativo, mantendo a tensão constante sem recorrer a artifícios desnecessários. A estrutura do filme é dividida em três atos distintos: a preparação do conclave, as rodadas de votação e o desfecho. Cada ato é cuidadosamente construído para aumentar a complexidade emocional e política da história.
No primeiro ato, Berger estabelece o cenário e os personagens, utilizando a morte do papa como um catalisador para explorar as dinâmicas de poder no Vaticano. A introdução de Lawrence como um homem de fé abalada, mas comprometido com seu dever, cria uma âncora emocional para o público. O segundo ato, centrado nas votações, é o coração do filme, onde as intrigas se intensificam. Aqui, o roteiro de Straughan brilha ao equilibrar diálogos afiados com momentos de silêncio que amplificam a claustrofobia do ambiente. O terceiro ato, com a eleição de Benitez e a revelação de sua identidade intersexo, é tanto um clímax narrativo quanto um convite à reflexão sobre diversidade e aceitação.
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A narrativa é enriquecida por subtramas que exploram os conflitos pessoais dos cardeais. Por exemplo, a descoberta de um caso extraconjugal de Adeyemi e a corrupção de Tremblay adicionam camadas de humanidade aos personagens, mostrando que, apesar de sua posição elevada, eles são falíveis. A personagem de Irmã Agnes (Isabella Rossellini), embora secundária, desempenha um papel crucial ao observar silenciosamente as intrigas, representando uma perspectiva externa sobre a hipocrisia dos cardeais.
O elenco de Conclave é um dos seus maiores trunfos, com atuações que elevam o material a um nível de excelência. Ralph Fiennes entrega uma performance magistral como Cardeal Lawrence, capturando a dualidade de um homem dividido entre suas dúvidas espirituais e sua responsabilidade institucional. Fiennes imbui o personagem com uma vulnerabilidade silenciosa, especialmente em cenas onde reflete sobre a perda de sua fé, como no monólogo em que diz: “Nossa fé é uma coisa viva precisamente porque anda de mãos dadas com a dúvida.” Sua atuação é o fio condutor do filme, mantendo o público investido em sua jornada.
Stanley Tucci, como Bellini, oferece um contraponto carismático e pragmático. Sua interpretação de um liberal que deseja reformar a Igreja, mas teme as consequências do poder, é sutil e impactante. John Lithgow, como Tremblay, traz uma ambiguidade fascinante, oscilando entre simpatia e oportunismo. Sergio Castellitto, por sua vez, exagera intencionalmente como Tedesco, transformando o cardeal tradicionalista em uma figura quase caricatural, mas eficaz para destacar os perigos do extremismo. Lucian Msamati, como Adeyemi, equilibra carisma e rigidez, tornando seu colapso moral ainda mais trágico.
Isabella Rossellini, embora com tempo de tela limitado, rouba cenas como Irmã Agnes. Sua presença silenciosa e olhares penetrantes transmitem uma sabedoria que contrasta com a ambição dos cardeais. Finalmente, Carlos Diehz, como Benitez, entrega uma atuação contida, mas poderosa, especialmente no momento em que sua identidade é revelada, transmitindo dignidade e resiliência.
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Aspectos Técnicos
A direção de Berger é complementada por uma execução técnica impecável. A cinematografia de Stéphane Fontaine captura a grandiosidade e a opressão do Vaticano, utilizando tons escuros e iluminação dramática para reforçar o clima de suspense. Cenas na Capela Sistina, com enquadramentos que destacam o Juízo Final de Michelangelo, criam um contraste visual entre a espiritualidade elevada e as falhas humanas dos cardeais.
A trilha sonora de Volker Bertelmann é outro destaque, utilizando o Cristal Baschet para criar um som etéreo que evita clichês eclesiásticos. A música pontua momentos de tensão sem sobrecarregar a narrativa, como na cena em que uma explosão externa interrompe o conclave, amplificando o caos. O design de produção, incluindo os figurinos detalhados e a recriação dos aposentos do Vaticano, adiciona autenticidade ao filme, enquanto a edição mantém um ritmo fluido, mesmo em cenas de diálogo intenso.
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Temas e Reflexões
Conclave transcende o gênero de thriller ao abordar temas profundos e universais. O principal é a tensão entre fé e dúvida, personificada em Lawrence, que questiona a relevância da Igreja em um mundo moderno. O filme sugere que a dúvida, longe de ser uma fraqueza, é essencial para uma fé viva, uma ideia reforçada pelo desfecho, que desafia normas conservadoras.
Outro tema central é o poder e suas corrupções. O conclave é retratado como um microcosmo político, onde alianças, traições e ambições pessoais moldam o futuro de uma instituição com 1,3 bilhão de seguidores. A revelação de Benitez como intersexo adiciona uma camada de discussão sobre identidade e aceitação, questionando se as instituições tradicionais podem abraçar a diversidade sem comprometer seus valores.
O filme também critica a superficialidade do discurso progressista, mostrando que mesmo cardeais liberais, como Bellini, hesitam diante de mudanças radicais. A explosão externa, que ocorre no clímax, simboliza as pressões do mundo moderno sobre a Igreja, forçando-a a se reconectar com as necessidades do povo.
Conclave gerou debates acalorados, especialmente entre líderes católicos, que criticaram sua representação da Igreja como um antro de corrupção. O bispo Robert Barron, por exemplo, pediu que os fiéis evitassem o filme, argumentando que ele exagera as intrigas do conclave. No entanto, o roteirista Peter Straughan defendeu a obra, afirmando que ela é guiada por uma mensagem de fé, centrada na busca pelo equilíbrio entre poder e espiritualidade.
A recepção crítica foi amplamente positiva, com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes e elogios às atuações, direção e roteiro. O filme arrecadou US$ 116,4 milhões globalmente, superando seu orçamento de US$ 20 milhões, e foi nomeado um dos dez melhores de 2024 pelo National Board of Review e pelo American Film Institute. Suas oito indicações ao Oscar 2025, incluindo Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado (que venceu), confirmam seu impacto na temporada de premiações.
Conclave é uma obra-prima do suspense psicológico que transforma um ritual antigo em uma narrativa moderna e relevante. Com atuações brilhantes, direção precisa e temas provocativos, o filme desafia o público a refletir sobre fé, poder e identidade em um mundo em constante mudança. A segunda parte desta resenha explorará em maior profundidade o impacto do desfecho, as controvérsias geradas e o legado de Conclave no cinema contemporâneo.
O clímax de Conclave, com a eleição de Vincent Benitez (Carlos Diehz) como papa e a revelação de que ele é intersexo, é o ponto de inflexão que eleva o filme de um suspense político a uma obra de ressonância filosófica. A descoberta ocorre quando o Cardeal Thomas Lawrence (Ralph Fiennes) confronta Benitez sobre uma viagem médica cancelada à Suíça, levando à confissão de sua condição, mantida em segredo até mesmo do papa falecido. A cena é tratada com uma delicadeza notável, evitando o sensacionalismo e enfatizando a dignidade de Benitez. A atuação de Diehz, marcada por uma mistura de vulnerabilidade e força, torna o momento memorável, especialmente quando ele aceita o papado com a frase: “Se Deus me escolheu, quem sou eu para recusar?”
Esse desfecho cumpre várias funções narrativas. Primeiro, subverte as expectativas do público, que poderia esperar a vitória de um candidato mais convencional, como o liberal Bellini (Stanley Tucci) ou o moderado Tremblay (John Lithgow). Ao escolher Benitez, um outsider cuja identidade desafia normas binárias, o filme questiona os preconceitos dos cardeais e dos espectadores. Segundo, o desfecho posiciona Conclave como um comentário sobre inclusão, sugerindo que a liderança espiritual deve transcender categorias rígidas de gênero ou cultura. A cena final, em que Benitez aparece na varanda papal enquanto as cédulas de votação flutuam ao vento, é carregada de simbolismo, representando uma abertura da Igreja ao mundo exterior.
No entanto, o desfecho não é unânime em sua recepção. Algumas críticas, como as publicadas no IMDb e no The Guardian, apontaram que a reviravolta carece de desenvolvimento prévio, parecendo mais uma provocação do que uma conclusão orgânica. Essa percepção, porém, pode ser contestada ao observar as pistas sutis espalhadas pelo filme, como a chegada misteriosa de Benitez, sua relutância em se destacar nas votações iniciais e os olhares enigmáticos de Irmã Agnes (Isabella Rossellini), que parecem sugerir um conhecimento prévio. Em entrevista ao Variety, Berger defendeu o final, argumentando que ele não é o foco central, mas sim um catalisador para destacar as tensões entre tradição e modernidade. Essa escolha reforça a ideia de que Conclave é mais sobre o processo de questionamento do que sobre respostas definitivas.
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Controvérsias
Conclave gerou intensos debates, especialmente entre líderes católicos que enxergaram o filme como uma crítica desrespeitosa à Igreja. O bispo Robert Barron, uma figura influente no catolicismo americano, foi um dos mais críticos, pedindo um boicote ao filme em seu canal no YouTube. Barron argumentou que Conclave retrata o conclave como um “jogo político sujo”, ignorando a dimensão espiritual do processo, que, segundo ele, é guiado pela oração e pela vontade divina. Outros líderes, como os do portal brasileiro A12, ecoaram essas preocupações, criticando o filme por reforçar estereótipos de corrupção e hipocrisia no Vaticano.
Por outro lado, o roteirista Peter Straughan e o diretor Edward Berger defenderam a obra, enfatizando que ela não é anticatólica, mas sim uma exploração da complexidade humana dentro de uma instituição espiritual. Em uma coletiva após a vitória de Melhor Roteiro no Globo de Ouro 2025, Straughan revelou sua formação católica e explicou que o filme busca celebrar a fé ao mostrar como ela coexiste com a dúvida e a falibilidade. Essa perspectiva é evidente na jornada de Lawrence, cuja crise espiritual não o impede de cumprir seu dever, e no desfecho, que sugere uma Igreja capaz de evoluir.
A controvérsia reflete um desafio recorrente no cinema: retratar instituições religiosas sem alienar os fiéis. Conclave navega essa linha com habilidade, equilibrando crítica e respeito. Enquanto alguns católicos conservadores rejeitaram o filme, outros, como o teólogo jesuíta James Martin, elogiaram sua capacidade de provocar reflexões sobre inclusão e diversidade, especialmente em relação ao desfecho. Essa polarização demonstra o poder de Conclave em estimular o diálogo, mesmo que desconfortável, sobre o papel da Igreja no século XXI.
Embora seja uma obra de ficção, Conclave se beneficia de uma pesquisa rigorosa para retratar o ritual do conclave com autenticidade. O romance de Robert Harris, base do filme, foi inspirado por consultas ao cardeal Cormac Murphy O’Connor, que participou dos conclaves de 2005 e 2013. Peter Straughan complementou essa pesquisa com visitas ao Vaticano e entrevistas com especialistas eclesiásticos, garantindo precisão em detalhes como o isolamento dos cardeais, o uso do extra omnes para expulsar não participantes e a queima das cédulas para produzir fumaça preta ou branca.
Apesar dessa atenção aos detalhes, o filme toma liberdades criativas para amplificar o drama. A presença de um cardeal in pectore como Benitez, por exemplo, é improvável, já que tais nomeações são raras e geralmente reveladas antes da morte do papa. Da mesma forma, os escândalos envolvendo subornos, casos extraconjugais e ameaças físicas são exageros narrativos que não refletem a realidade dos conclaves modernos, mas servem para manter a tensão. Essas licenças não comprometem a essência do filme, que usa o conclave como um microcosmo para explorar temas universais, em vez de documentar um evento histórico.
O filme também faz alusões a momentos históricos reais. O arco de Bellini, um liberal que deseja reformar a Igreja, ecoa a figura do cardeal Carlo Maria Martini, que foi um candidato progressista no conclave de 2005, mas perdeu para Joseph Ratzinger (Bento XVI). A explosão que interrompe o conclave no clímax pode ser interpretada como uma metáfora para os desafios enfrentados pela Igreja contemporânea, como escândalos de abuso, secularização e demandas por maior inclusão. Esses paralelos enriquecem a narrativa, conectando-a a questões atuais sem perder sua universalidade.
Legado
Conclave se insere em uma linhagem de filmes que exploram o Vaticano, como O Código Da Vinci (2006), Anjos e Demônios (2009) e Dois Papas (2019), mas se distingue por seu tom introspectivo e sua recusa em oferecer soluções simplistas. Diferentemente de thrillers sensacionalistas que priorizam conspirações exageradas, Conclave se alinha mais com dramas psicológicos como Dúvida (2008) ou O Espião que Sabia Demais (2011), este último também roteirizado por Straughan. Sua capacidade de combinar suspense com questionamentos filosóficos o torna uma referência no gênero de dramas religiosos.
O sucesso comercial do filme, com US$ 116,4 milhões em bilheteria contra um orçamento de US$ 20 milhões, e sua aclamação crítica, com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes e oito indicações ao Oscar 2025 (incluindo a vitória em Melhor Roteiro Adaptado), consolidam seu impacto. A escolha do filme como um dos dez melhores de 2024 pelo National Board of Review e pelo American Film Institute reforça sua relevância na temporada de premiações. Além disso, Conclave demonstra o apelo duradouro de narrativas que desafiam instituições sem desrespeitá-las, atendendo a um público que busca entretenimento aliado à reflexão.
A direção de Edward Berger, que já havia impressionado com Nada de Novo no Front (2022), confirma seu talento para transformar eventos históricos em thrillers envolventes. Sua colaboração com o cinematógrafo Stéphane Fontaine e o compositor Volker Bertelmann cria uma experiência sensorial que amplia o impacto emocional da narrativa. O elenco, liderado por Ralph Fiennes, Stanley Tucci e John Lithgow, eleva o material a um nível de excelência, garantindo que os personagens permaneçam na memória do público.
Em um mundo marcado por polarização e debates sobre inclusão, Conclave é uma obra oportuna. Sua exploração da tensão entre tradição e modernidade ressoa em contextos além da Igreja, como a política, a educação e até mesmo as dinâmicas corporativas. A revelação de Benitez como intersexo, embora fictícia, levanta questões reais sobre como as instituições lidam com a diversidade. Em um momento em que a aceitação de identidades não binárias ganha espaço em algumas sociedades, mas enfrenta resistência em outras, o filme oferece um convite à empatia e ao diálogo.
Além disso, Conclave reflete sobre o papel da dúvida na fé, uma ideia que transcende o catolicismo. A jornada de Lawrence, que questiona sua vocação, mas encontra propósito em sua responsabilidade, é universalmente relacionável, especialmente em uma era de incertezas globais. O filme sugere que a dúvida não é inimiga da fé, mas sua companheira necessária, uma mensagem que ressoa tanto com crentes quanto com céticos.
A explosão que interrompe o conclave, embora um dispositivo narrativo, simboliza as pressões externas que desafiam instituições tradicionais. Seja a secularização, os movimentos sociais ou as crises globais, essas forças exigem que as instituições se reinventem. Conclave não propõe respostas definitivas, mas incentiva o público a considerar como o equilíbrio entre continuidade e mudança pode ser alcançado.
Conclusão
Conclave é uma obra-prima do cinema contemporâneo, um thriller psicológico que transforma um ritual antigo em uma narrativa vibrante e relevante. Com uma direção magistral de Edward Berger, atuações excepcionais e um roteiro que equilibra suspense e reflexão, o filme desafia o público a confrontar questões de fé, poder, identidade e inclusão. Seu desfecho ousado, embora controverso, reforça sua mensagem de esperança na capacidade das instituições de evoluir. As controvérsias geradas apenas amplificam seu impacto, provando que o cinema pode ser um catalisador para o diálogo em tempos de divisão.
O legado de Conclave está em sua habilidade de entreter enquanto provoca, de criticar sem ridicularizar e de inspirar sem moralizar. Como uma das obras mais memoráveis de 2024, ele não apenas redefine o gênero de suspense religioso, mas também estabelece um padrão para filmes que ousam explorar o coração da condição humana. Seja na Capela Sistina ou nas salas de cinema, Conclave nos lembra que as escolhas que fazemos — e as dúvidas que enfrentamos — moldam o futuro.
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