O Mulato obra de Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (São Luís do Maranhão, 1857 – Buenos Aires,1913) publicado em 1881 foi o romance que marcou o começo do naturalismo na literatura brasileira, livro ressalta a discriminação contra os negros na cidade do Maranhão. O livro foi sua segunda obra de Romance. O capítulo 3 do romance naturalista de Aluísio de Azevedo, publicado em 1881, aborda, entre tantas polêmicas, a discriminação contra os negros na cidade de São Luís do Maranhão. Neste capítulo, Aluízio de Azevedo aborda a crueldade contra o humano negro, um dos elementos formadores da nossa civilização. A presença de um jovem rapaz chamado Raimundo e vitima do racismo da época, rapaz estudado, culto, inteligente e de boa aparência formado em Direito, vive a maior parte da sua vida estudando nos melhores colégios de Portugal. Sempre pensando no seu passado e quem seriam seus pais, da onde era aquela fortuna que o manteve em conforto por todos estes anos. Essas informações parecem advir do próprio cenário do autor, onde ele mesmo se esmera para destacar socialmente, e por ser mestiço num país colonizados por brancos quase não tem reconhecimento pelo esforço e cultura adquirida. Inclusive Aluísio vive na pele a inveja, a intriga e a perseguição por ser um mestiço intelectual. Para dizer ainda que Raimundo é alter ego de Aluísio, basta lembrar que quando o personagem depois de formado resolve voltar ao Brasil para rever seu tio Manuel Pescada e em busca por suas origens, pela sua nacionalidade, sua cidadania. O autor retrata bem a crueldade do racismo da época onde negro não tinham o direito de viver, a história se passa na cidade de São Luiz do Maranhão onde vivera Raimundo até os cinco anos de idade sempre sofrendo com o preconceito. O escritor brasileiro tem uma característica marcante em sua obra o naturalismo e a critica social evidente da época, onde negros eram trazidos da África para se tornarem escravos. Mostra-nos também a o poder dos portugueses e a crueldade deles para com os negros. O autor nos mostra claramente sua indignação com racismo da época que parecia pensar bem à frente do seu tempo pois e o racismo de hoje e tão cruel quanto na época, no entanto, o jovem Raimundo e considerado negro, mas a mistura de raças fez com que ele tivesse pele branca e olhos azuis, com traços fortes não podendo ser comparado ao escravos negros da época. O autor tenta provar que as raças se misturam e continuarão misturando, os negros deixarão de ser negros – e que não deve existir preconceito tanto por parte dos negros que tentam “embranquecer” e nem por parte dos brancos em relação a eles, com tratamento diferenciado.
Resenha: O mulato, de Aluísio Azevedo
Resenha: O Cortiço, de Aluísio Azevedo
O Cortiço, de Aluísio Azevedo, é um romance naturalista publicado em 1890. A obra retrata a vida de moradores de um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX, e é considerada um dos clássicos da literatura brasileira.
Aspectos históricos
O romance foi escrito durante o Segundo Reinado, um período de transição na história do Brasil. O país estava se modernizando, mas ainda era marcado por desigualdades sociais e econômicas. O cortiço era um símbolo dessas desigualdades, abrigando pessoas de diferentes classes sociais, raças e origens.
Personagens
O romance apresenta uma galeria de personagens complexas e verossímeis. Entre os principais personagens estão:
- João Romão: um português ambicioso que enriquece explorando os moradores do cortiço.
- Bertoleza: uma escrava alforriada que é amante de João Romão.
- Jerônimo: um operário português que se apaixona por Rita Baiana.
- Rita Baiana: uma mulata sensual e sedutora.
- Pombinha: uma jovem ingênua que é seduzida por João Romão.
Enredo
O enredo do romance gira em torno da rivalidade entre João Romão e Miranda, outro proprietário de cortiço. A rivalidade entre os dois homens é um reflexo da luta de classes na sociedade brasileira.
O romance também aborda temas como a pobreza, a exploração, o racismo e o amor.
Ensinamentos
O romance de Aluísio Azevedo oferece uma crítica contundente à sociedade brasileira do século XIX. A obra mostra as desigualdades sociais, a exploração dos trabalhadores e a violência contra as mulheres.
O romance também ensina a importância do amor, da amizade e da solidariedade.
Ano de lançamento
O romance foi publicado pela primeira vez em 1890, pela Livraria Garnier.
Crítica
O romance foi recebido com críticas positivas pela crítica. O escritor Machado de Assis, por exemplo, elogiou a obra por seu realismo e seu retrato da sociedade brasileira.
Recepção
O romance é considerado um clássico da literatura brasileira. Ele foi traduzido para diversos idiomas e é estudado em escolas e universidades de todo o mundo.
Conclusão
O Cortiço é uma obra importante da literatura brasileira. O romance oferece uma crítica contundente à sociedade brasileira do século XIX, e ainda hoje é relevante para compreendermos as desigualdades sociais e econômicas do país.