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Resenha: O mulato, de Aluísio Azevedo

ISBN-10: 8572325182
Ano: 2002 / Páginas: 287
Idioma: português
Editora: Martin Claret

Publicado em 1881, o primeiro romance do escritor maranhense é um libelo contra o preconceito racial. A questão abolicionista é tratada por meio de peripécias que acontecem em São Luís do Maranhão, na época a mais escravagista capital brasileira.

RESENHAS

O Mulato obra de Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (São Luís do Maranhão, 1857 – Buenos Aires,1913)  publicado em 1881 foi o romance que marcou o começo do naturalismo na literatura brasileira,  livro ressalta a discriminação contra os negros na cidade do Maranhão. O livro foi sua segunda obra de Romance. O capítulo 3 do romance naturalista de Aluísio de Azevedo, publicado em 1881, aborda, entre tantas polêmicas, a discriminação contra os negros na cidade de São Luís do Maranhão. Neste capítulo, Aluízio de Azevedo aborda  a  crueldade contra  o humano negro, um dos elementos formadores da nossa civilização.   A presença de um jovem rapaz chamado Raimundo e vitima do racismo da época, rapaz estudado, culto, inteligente e de boa aparência formado em Direito, vive a maior parte da sua vida estudando nos melhores colégios de Portugal. Sempre pensando no seu passado e quem seriam seus pais, da onde era aquela fortuna que o manteve em conforto por todos estes anos. Essas informações parecem advir do próprio cenário do autor, onde ele mesmo se esmera para destacar socialmente, e por ser mestiço num país colonizados por brancos quase não tem reconhecimento pelo esforço e cultura adquirida. Inclusive Aluísio vive na pele a inveja, a intriga e a perseguição por ser um mestiço intelectual. Para dizer ainda que Raimundo é alter ego de Aluísio, basta lembrar que quando o personagem depois de formado resolve voltar ao Brasil para rever seu tio Manuel Pescada e em  busca por suas origens, pela sua nacionalidade, sua cidadania. O autor retrata bem a crueldade do racismo da época onde negro não tinham o direito de viver, a história se passa na cidade de São Luiz do Maranhão onde vivera Raimundo até os cinco anos de idade sempre sofrendo com o preconceito. O escritor brasileiro tem uma característica marcante em sua obra o naturalismo e a critica social evidente da época, onde negros eram trazidos da África para se tornarem escravos.  Mostra-nos também a o poder dos portugueses e a crueldade deles para com os negros. O autor nos mostra claramente sua indignação com racismo da época que parecia pensar bem à frente  do seu tempo pois e o racismo de hoje e tão cruel quanto na época, no entanto, o jovem Raimundo e considerado negro, mas a mistura de raças fez com que ele tivesse pele branca e olhos azuis, com traços fortes não podendo ser comparado ao escravos negros da época. O autor tenta provar que as raças se misturam e continuarão misturando, os negros deixarão de ser negros – e que não deve existir preconceito tanto por parte dos negros que tentam “embranquecer” e nem por parte dos brancos em relação a eles, com tratamento diferenciado.

Resenha: O Cortiço, de Aluísio Azevedo


ISBN-13: 9786599044540
ISBN-10: 6599044549
Ano: 2020 / Páginas: 232
Idioma: português
Editora: Pé da Letra

A série Prazer de Ler apresenta, em seu novo volume, a principal referência da estética realista-naturalista na literatura brasileira, a obra-prima de Aluísio de Azevedo, O Cortiço. Ambição e exploração se misturam nessa envolvente e sombria história de uma habitação coletiva da capital do Segundo império. De um lado, a burguesia gananciosa e interesseira, disposta a tudo para enriquecer e subir na vida. De outro, personagens estereotipados, cheios de vícios e patologias, comparados a animais e movidos pelo instinto e pela fome. Todas as existências entrelaçadas e cruzadas em torno do cortiço de São Romão. Pela espetacular representação da vida cotidiana da cidade do Rio de Janeiro, esboçada com um colorido e com uma objetividade quase fotográficos, esta obra continua como um dos mais poderosos retratos da realidade brasileira. Um clássico da literatura nacional que, passado mais de um século de sua publicação, ainda tem o poder de emocionar e inquietar.

RESENHA

O Cortiço, de Aluísio Azevedo, é um romance naturalista publicado em 1890. A obra retrata a vida de moradores de um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX, e é considerada um dos clássicos da literatura brasileira.

Aspectos históricos

O romance foi escrito durante o Segundo Reinado, um período de transição na história do Brasil. O país estava se modernizando, mas ainda era marcado por desigualdades sociais e econômicas. O cortiço era um símbolo dessas desigualdades, abrigando pessoas de diferentes classes sociais, raças e origens.

Personagens

O romance apresenta uma galeria de personagens complexas e verossímeis. Entre os principais personagens estão:

  • João Romão: um português ambicioso que enriquece explorando os moradores do cortiço.
  • Bertoleza: uma escrava alforriada que é amante de João Romão.
  • Jerônimo: um operário português que se apaixona por Rita Baiana.
  • Rita Baiana: uma mulata sensual e sedutora.
  • Pombinha: uma jovem ingênua que é seduzida por João Romão.

Enredo

O enredo do romance gira em torno da rivalidade entre João Romão e Miranda, outro proprietário de cortiço. A rivalidade entre os dois homens é um reflexo da luta de classes na sociedade brasileira.

O romance também aborda temas como a pobreza, a exploração, o racismo e o amor.

Ensinamentos

O romance de Aluísio Azevedo oferece uma crítica contundente à sociedade brasileira do século XIX. A obra mostra as desigualdades sociais, a exploração dos trabalhadores e a violência contra as mulheres.

O romance também ensina a importância do amor, da amizade e da solidariedade.

Ano de lançamento

O romance foi publicado pela primeira vez em 1890, pela Livraria Garnier.

Crítica

O romance foi recebido com críticas positivas pela crítica. O escritor Machado de Assis, por exemplo, elogiou a obra por seu realismo e seu retrato da sociedade brasileira.

Recepção

O romance é considerado um clássico da literatura brasileira. Ele foi traduzido para diversos idiomas e é estudado em escolas e universidades de todo o mundo.

Conclusão

O Cortiço é uma obra importante da literatura brasileira. O romance oferece uma crítica contundente à sociedade brasileira do século XIX, e ainda hoje é relevante para compreendermos as desigualdades sociais e econômicas do país.

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