A história da formação do Brasil
A saga da escravidão no Brasil: das capitanias hereditárias à Lei Áurea
Até meados do século XVII, os nativos eram a principal fonte de trabalho escravo utilizada pelos portugueses. No entanto, posteriormente eles ficaram em segundo lugar para os africanos que superaram o seu número. Embora fosse mais fácil e menos dispendioso para os colonizadores portugueses escravizar um indígena ao invés de um africano, diversas complexidades surgiam com esta prática.
Inicialmente, havia uma questão cultural a ser considerada, pois os povos indígenas não estavam habituados à ideologia de trabalho constante para gerar excedente dentro da cultura europeia. Além disso, os jesuítas viam neles possíveis seguidores do catolicismo - um conflito que causou grandes empecilhos já que os colonizadores desejavam escravizar completamente tais indivíduos enquanto o clero criava barreiras contra isso.
Frequentemente ocorriam conflitos entre colonos e jesuítas, sendo comum bandeirantes atacarem as missões para capturar os índios ali instalados e vendê-los como escravos. Apesar disso, a pressão dos jesuítas contra a escravidão indígena poderia gerar problemas legais aos colonos que não os subjugassem durante uma "guerra justa".
Em 1570, a pressão exercida pelos jesuítas sobre a Coroa levou à promulgação de uma lei que proibia a escravização dos indígenas. No entanto, mesmo com tal determinação legal em vigor, os índios continuaram sendo submetidos ao cativeiro - sobretudo nas regiões menos prósperas economicamente e quando havia exceções no envio de africanos para o tráfico.
Outro obstáculo à escravização dos povos indígenas foi a sua suscetibilidade a doenças como varíola, gripe, sarampo, etc. A falta de defesa biológica foi um fator determinante na história da colonização na América. Ao longo deste período ocorreram inúmeras epidemias que mataram milhares de povos indígenas. Além das doenças, as taxas de mortalidade entre as populações indígenas também resultaram da guerra e da própria escravidão.
Durante a década de 1570, os indígenas eram chamados de “negros da terra” e custavam até três vezes menos que um escravo africano. O historiador Stuart Schwartz afirmou que nesse período um escravo indígena custaria cerca de 7 mil reais enquanto um africano poderia ser vendido por aproximadamente 20 mil reais. Durante esta época, demorava um mínimo de treze meses, mas normalmente entre treze e dezasseis meses, até que um senhor recuperasse o seu investimento ao comprar um indivíduo escravizado de África.
Como mencionamos, os indígenas eram a principal mão de obra escrava até meados do século XVII, e há inúmeras pesquisas que mostram que o número de escravos indígenas era maior nos engenhos instalados pelo país. Essa situação começou a mudar gradativamente, e foi a prosperidade da economia canavieira que permitiu que lugares como Pernambuco e Bahia recebessem tantos africanos.
Escravização
Por Jean-Baptiste Debret - Wilfredo Rafael Rodriguez Hernandez, Domínio público,
O fim da escravidão
Goiás: Um Olhar sobre a história e a diversidade cultural no Coração do Brasil
Foto: Goiânia, GO |
A chegada dos portugueses ao Brasil marca uma viragem significativa nesta parte da América, especialmente para os povos indígenas. À medida que os colonizadores europeus se instalaram, os seus costumes e herança cultural começaram a criar raízes ao longo do tempo, especialmente no que diz respeito à religião. Através do trabalho missionário dos padres jesuítas, o catolicismo tornou-se firmemente estabelecido em toda a colônia e seus territórios. Quando chegou a Goiás, no século XVIII, o catolicismo rapidamente se espalhou e ganhou forte apoio da população local. Esta tradição religiosa foi preservada mesmo após a independência do Brasil de Portugal e após o estabelecimento de um governo republicano; ambos os eventos aconteceram sem afetar muito a adesão local ou a devoção às práticas de fé católica entre pessoas que hoje se autodenominam "goianos". Os costumes foram preservados enquanto eram reimaginados através da incorporação em rituais nas experiências da vida cotidiana. O catolicismo não apenas ajudou a moldar os padrões de ocupação nas terras goianas, mas também criou elementos simbólicos relacionados especificamente em torno de atos que exigem a confiança dos devotos e que continuam influenciando os hábitos de vida religiosos individuais até hoje.
Goiás, ou como alguns preferem chamar de “o coração do Brasil”, está localizado na região do planalto central e se destaca como um território colonizado e explorado anos após a chegada dos portugueses ao litoral brasileiro. É um dos berços da savana; lar de artistas de música, arte e literatura; uma área com grande diversidade na sua fauna e flora; cheio de inúmeros encantos, vasta riqueza cultural que é única. Sem dúvida o estado de Goiás é abençoado por sua localização - mesmo sem mares ou praias - possuindo diversos tesouros históricos aliados a belezas naturais faz com que seja admirado por muitos olhares curiosos que contemplam este local com avidez.
Goiás compartilha forte influência religiosa do catolicismo com sua nação-mãe, que desempenhou papel essencial no processo de ocupação de terras no estado. A religião também serviu como elemento fundador e responsável pela popularização das festas tradicionais que permanecem vivas nas crenças dos goianos até hoje. Dada a dinâmica presente em Goiás, este estudo se concentra em uma revisão de literatura destacando o impacto do catolicismo na formação e expansão do estado. Começa enfatizando como o catolicismo chegou a Goiás e se tornou parte integrante da identidade dos habitantes locais antes de concluir sublinhando seu fervor pela manutenção da tradição por meio de práticas de religiosidade enraizadas nas celebrações culturais ao longo do tempo.
O estado brasileiro de Goiás, situado na região Centro-Oeste do país, foi habitado por diversas comunidades indígenas e quilombolas, bem como por diversos grupos que contribuíram para sua história. Vários povos indígenas como os Xavantes, Caiapós, Carajás e Tapuias habitavam a região antes da chegada dos colonizadores europeus. Essas pessoas viviam em tribos dedicadas à caça, à pesca e à agricultura. Com a chegada dos colonizadores portugueses no século XVI, houve confrontos com os povos indígenas e várias comunidades foram fundadas na região. No século XVIII, Goiás se tornou um território de interesse para diversas expedições exploratórias e estabelecimentos humanos após a descoberta das minas de ouro e diamante.
Da Abdicação à Proclamação: A História do Hino Nacional Brasileiro
Durante a Coroação de D. Pedro II em 1841, uma letra desconhecida foi registrada. Além disso, Francisco Manuel da Silva compôs um hino para essa grande ocasião que gerou algum mal-entendido histórico no futuro: o historiador Sousa Pitanga erroneamente datou sua criação e Guilherme de Melo afirmou que diversas letras foram usadas com esse mesmo hino popularmente cantado na época . De qualquer forma, todos louvavam a unidade até "ao Prata" como parte dessa homenagem merecida ao rei vigente - D.Pedro II era honrado pela maioria das versões dos poemas musicados presentes nessa tradição nacional brasileira.
Descobriu-se depois que as composições de Francisco Manuel da Silva foram usadas mais tarde em outros eventos importantes tambérem relacionamento com Dom PedroII - tal como quando Carlos Augusto Taunay escreveu um poema especial durante mostruosidades celebrando seu casamento no dia 13 de setembro do ano- -este famoso Hino Nacional esteve entre os destaques musicais apresentados por esta importante cultura brasileira em suas cerimônias puxadas.
Com a ascensão dos conservadores ao poder e a coroação de Pedro II, o Hino à Independência composto por Pedro I foi ressurgido como hino oficial da nova nação. A figura de Pedro I se tornou um "herói" nacional, resultando no esquecimento da letra de Carvalho e Silva e comemoração do 7 de abril como data importante. Essa versão alternativa se popularizou nas décadas seguintes através da publicação das partituras para execução particular - principal meio utilizado para divulgação musical na época - apresentando uma letra que repetia o estribilho original.
Pedro e a Proclamação da Independência do Brasil: O Grito do Ipiranga e a Aclamação como Imperador
“ | Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. De hoje em diante, nossas relações estão quebradas. Nenhum laço nos une mais! Tirem suas braçadeiras, soldados! Viva independência, à liberdade e à separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade. Brasileiros, a nossa divisa, de hoje em diante, será: Independência ou morte! |
Dom Pedro I: O Legado de um Líder Brasileiro
Pedro Álvares Cabral: O Descobridor do Brasil
Foto: Wikki Commons |
Foto: Wikki Commons |
Além disso, o respeito comandado pelo status era uma grande preocupação para Cabral.
Partida e chegada à nova terra
O caminho da índias
A evolução da moeda no Brasil: da colonização à atualidade
História da moeda no Brasil
Real Português [Período colonial até 7 de outubro de 1833 (303 anos)]
A história da evolução da moeda no Brasil teve início no período colonial, quando a economia brasileira ainda estava em formação. Naquela época, a moeda utilizada era o real de oito, uma moeda de prata cunhada com o valor de oito reales, que era a moeda corrente em toda a América Espanhola.
Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808, foi criado o Banco do Brasil e passou-se a utilizar o real português como moeda oficial no país. Em 1834, foi criado o cruzeiro, que se tornou a moeda oficial do país até 1942.
Durante a primeira metade do século XX, o Brasil passou por diversas reformas monetárias, resultando na criação de diversas moedas, como o mil réis, o cruzeiro novo, o cruzeiro, o cruzeiro real e o cruzado. Essas mudanças refletiam a instabilidade econômica do país e a necessidade de controlar a inflação.
Real brasileiro [8 de outubro de 1833 a 31 de outubro de 1942 (109 anos)
A moeda utilizada no Brasil desde a sua colonização até 5 de outubro de 1942 foi o Real (plural réis), que foi então substituído pelo Cruzeiro na proporção de um Cruzeiro para cada mil reais.
Por não poder ser dividido (ao contrário do Real, que foi adotado em 1994 e pode ser dividido em centavos), predominou o uso de "réis" no plural. Na verdade, um real equivale a um centavo, enquanto 100 réis equivalem a um real (moeda atual). Esta comparação não pretende ser uma taxa de conversão, mas sim um exemplo. Semelhante ao iene moderno, que não pode ser dividido, os réis funcionavam de forma semelhante. Além disso, uma vez que esta unidade circulou por um longo período em múltiplas notas no valor de 1000 de uma só vez, tornou-se prática comum naquela época referir-se coletivamente como “mil-ré ;is”(pronuncia-se "mir-rees") como se tivessem acabado de se juntar juntos ou representavam outra unidade monetária distinta. Mil reais hoje teriam, portanto, equivalência genérica com unidades de dez reais, como 'dez reais'.
Cruzeiro [1 de novembro de 1942 a 30 de novembro de 1964 (22 anos)]
A moeda brasileira conhecida como Cruzeiro (Cr$ ou ₢$) foi usada de 1942 a 1967, novamente de 1970 a 1986 e mais uma vez em 1990-93. Foi introduzido pela primeira vez durante o período do Estado Novo na história brasileira para padronizar o dinheiro circulante. O valor de um Cruzeiro equivalia a mil réis. Mais tarde, na administração do Presidente Castelo Branco, ocorreram alterações que a substituíram temporariamente por outra moeda denominada "Cruzeiro novo". Porém, mais tarde, sob o comando da equipe liderada pelo presidente José Sarney, surgiu algo novo chamado Plano Cruzado, que trouxe de volta não apenas a estabilidade, mas também reviveu o uso desta unidade baseada em valor econômico mais antigo, ou seja, os cruzeiros originais foram restaurados. Collor finalmente decidiu que seria melhor substituí-lo completamente e introduziu o que conhecemos hoje - a forma ligeiramente alterada: talvez apelidada na época igualmente tão real em boxe!
Cruzeiro: retirada dos centavos [1 de dezembro de 1964 a 12 de fevereiro de 1967 (2 anos)]
De 1942 a 1967, de 1970 a 1986 e novamente de 1990 a 1993, O Cruzeiro (Cr$ ou ₢$) foi a moeda oficial do Brasil. Foi adoptado pela primeira vez durante a reestruturação dos padrões financeiros do governo do Estado Novo com o objectivo de unificar o dinheiro em circulação. Um cruzeiro equivale a mil réis. Durante a administração Castelo Branco, O Cruzeiro passou por uma reforma monetária que o substituiu temporariamente pelo "cruzeiro novo". O Plano Cruzado trouxe de volta esta forma de moeda sob a liderança do presidente José Sarney, antes de ser eliminado mais uma vez pela decisão de Collor de introduzir o “Cruzeiro Real” em seu lugar em 1993.
Cruzeiro novo [13 de fevereiro de 1967 a 14 de maio de 1970 (3 anos)]
Cruzeiro (CR$) [15 de maio de 1970 a 14 de agosto de 1984 (14 anos)]
A moeda brasileira, conhecida como Cruzeiro (Cr$ ou ₢$), foi usada de 1942 a 1967, novamente de 1970 a 1986 e mais uma vez entre os anos de 1990 e 1993. Sua introdução ocorreu pela primeira vez durante o Estado Novo em um esforço para padronizar a circulação de dinheiro em todo o Brasil. Um cruzeiro tem valor equivalente a mil réis. O governo de Castelo Branco introduziu uma reforma monetária que substituiu temporariamente o Cruzeiro pelo seu sucessor - o "cruzeironovo". Mais tarde, uma iniciativa de recuperação do presidente José Sarney restabeleceu o uso juntamente com a implementação do Plano Cruzado; após esse programa de sucesso, o mandato de Collor voltou a usá-lo, mas com uma conversão de dinheiro agora melhorada com base no Cruzeiro Real, que o substituiu antes do final do ano de 1993.
Cruzeiro (retirada dos centavos) [15 de agosto de 1984 a 27 de fevereiro de 1986 (1 ano)]
De 1942 a 1967, de 1970 a 1986, e novamente no período entre 1990-1993, a moeda do Brasil era conhecida como O Cruzeiro (Cr$ ou ₢$). A sua introdução ocorreu durante o regime do Estado Novo com o objectivo de uniformizar o dinheiro em circulação. Um cruzeiro equivale a mil réis. Durante o mandato do Presidente Castelo Branco, este sistema monetário sofreu uma reforma que envolveu a substituição temporária pelo 'cruzeiro novo'. Mais tarde, foi revivido no governo do presidente José Sarney por meio de suas iniciativas do Plano Cruzado, antes de ser colocado novamente em circulação pelo então governo Collor, embora finalmente substituído mais uma vez; desta vez, a substituição permanente ocorreu quando o 'Cruzeiro Real' passou a fazer parte da política oficial no lugar de sua versão provisória antecessora - com efeito a partir do ano mil novecentos e noventa e três em diante.
Cruzados (volta dos centavos) [28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989 (2 anos)]
Cruzado Novo (CRz$) [16 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990 (1 ano)]
O cruzado novo (NCz$) foi a moeda brasileira de 16 de janeiro de 1989 a 16 de março de 1990. Resultou da reforma monetária promovida pelo Plano Verão e instituída pelo Ministro Maílson da Nóbrega em 1989. O cruzado novo correspondia a mil cruzados velhos como três zeros foram retirados em 16 de janeiro daquele ano.
Cruzeiro (Cr$) [16 de março de 1990 a 31 de julho de 1993 (3 anos)]
De 1942 a 1967, de 1970 a 1986 e de 1990 a 1993, o padrão monetário brasileiro era conhecido como O Cruzeiro (Cr$ ou ₢$) [1]. Foi introduzido pela primeira vez durante a era do Estado Novo no Brasil com o objetivo de unificar o dinheiro circulante. Um cruzeiro equivalia a mil réis. No governo do presidente Castelo Branco, ocorreu uma reforma monetária que substituiu temporariamente O Cruzeiro pelo Cruzeiro Novo. A equipe de José Sarney reintegrou O Cruzeiro após implementar o Plano Cruzado, enquanto Fernando Collor presidiu sua reintrodução até que finalmente foi substituído por outra unidade chamada "Cruzero Real" em 1993.
Cruzeiro Real (cr$) [1 de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994 (10 meses e 29 dias)]
Real (moeda atual) [Desde 1 de julho de 1994 (29 anos]