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Resenha: As Américas e a Civilização: Processo de formação e causas do desenvolvimento desigual dos povos americanos, de Darcy Ribeiro

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APRESENTAÇÃO

As Américas e a civilização constitui-se no segundo livro a compor a série “Estudos de Antropologia da Civilização” concebida por Darcy Ribeiro que é compostas por O processo civilizatório, As Américas e a Civilização, O dilema da América Latina, Os Brasileiros: 1 - Teoria do Brasil, e Os índios e a civilização.

As reflexões aqui presentes vieram à lume durante o período em que o intelectual esteve no exílio. Trata-se de uma análise profunda dos processos histórico-culturais vividos pelos povos gestados na América a partir de uma perspectiva inovadora , na qual buscou-se evitar abordagens tradicionais marcadas por visões eurocêntricas.

O desafio a que Darcy se colocou neste livro é dos mais espinhosos: tratar de forma conjunta das particularidades e percursos que marcaram as diferentes populações do vasto continente americano. Como extremo estudioso da História que foi, o antropólogo reúne num só livro os caminhos e descaminhos dos habitantes da América do Norte, Central e do Sul. E faz isso com a propriedade de quem não apenas estudou suas origens e experiências históricas, como também de quem percorreu boa parte das terras americanas.

RESENHA

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A obra 'as Américas e a civilização', de Darcy Ribeiro analisa dois esquemas conceituais que abordam o desenvolvimento desigual das sociedades americanas: o acadêmico (sociologia e antropologia) e o marxismo dogmático. O esquema acadêmico entende o atraso como um descompasso entre estruturas tradicionais e modernas, destacando estudos de dualidade estrutural e modernidade versus tradicionalismo. Ao discutir sociedades subdesenvolvidas como híbridas, os estudos falham ao mistificar fatos e ignorar tecnologias avançadas usadas na colonização. No plano socioeconômico, estrutural e familiar, são examinadas classes sociais, sistemas produtivos e modelos familiares tradicionais versus modernos. O marxismo dogmático vê o atraso como etapas de um processo evolutivo unilinear, utilizando teses clássicas de Marx para identificar resíduos feudais e capitalistas na América Latina. Ambos os esquemas são criticados por suas limitações explicativas e manutenção do status quo. Propõe-se uma terceira abordagem, focada nos fatores dinâmicos das mudanças sociais e tecnológica, associativa e ideológica, utilizando uma metodologia dialética para entender as disparidades de desenvolvimento e as interações entre sociedades desenvolvidas e subdesenvolvidas.

A história dos últimos séculos é marcada pela expansão da Europa Ocidental, que impôs sua civilização a outros povos através de violência, cobiça e opressão. Nesse processo, o mundo foi reorganizado de acordo com os interesses europeus. As duas principais ondas de expansão foram protagonizadas pelos ibéricos (portugueses e espanhóis) e pelos russos, cada um em suas áreas. Os europeus ocidentais, impulsionados por duas revoluções tecnológicas, a Mercantil e a Industrial, lideraram essas mudanças. A Revolução Mercantil, com inovações como a navegação oceânica e as armas de fogo, permitiu a expansão marítima, enquanto a Revolução Industrial trouxe novas fontes de energia e produção em massa. A expansão ibérica foi influenciada pela tecnologia islâmica e pela luta contra os muçulmanos, culminando na conquista e colonização das Américas. Eles impuseram seu domínio cultural e econômico, contribuindo para a Revolução Mercantil antes de serem ultrapassados pela Revolução Industrial. As nações ibéricas, Portugal e Espanha, não conseguiram se modernizar plenamente e tornaram-se dependentes das novas potências capitalistas-industriais. A Europa central e nórdica, menos avançada inicialmente, amadureceu mercantilmente e, posteriormente, liderou a Revolução Industrial. Isso proporcionou dominação global e expansão cultural, levando à criação de uma civilização policêntrica pela competição entre as novas potências emergentes. Em suma, a dominação europeia reconfigurou o mundo, sendo vital tanto na contribuição tecnológica quanto na imposição cultural e econômica. Esta dinâmica transformou a história global, sendo elemento crucial na evolução dos sistemas socioculturais até a era contemporânea.

No processo de expansão europeia, muitas culturas autônomas se viram agregadas a um único sistema econômico, resultando na perda de autenticidade e na emergência de formas espúrias de cultura. Essa uniformização, decorrente de processos de deculturação e de estereótipos dominadores, levou a uma miséria e desumanização comuns entre os povos extraeuropeus. Contudo, emergiu uma identidade humana elementar compartilhada por todos, baseada em aspirações comuns de fartura, lazer, liberdade e educação. As sociedades reconfiguradas buscaram recuperar sua autenticidade e independência, apesar das influências dominadoras que operavam a partir do antigo centro reitor europeu. Questionaram a capacidade do sistema global de atender às aspirações humanas de prosperidade, justiça e beleza, expondo a inautenticidade do projeto colonial.

Os povos americanos, profundamente afetados pelo domínio europeu, perderam sua autonomia e passaram por um processo de deculturação, tornando-se sociedades espúrias com culturas alienadas. Projetos coloniais visavam principalmente a exploração econômica, deixando a constituição de novas sociedades como um subproduto não desejado. Apesar disso, os povos colonizados lutaram pela reconstituição de suas identidades culturais, primeiro como etnias diferenciadas e, mais tarde, como nações independentes.

O autor ainda descreve a formação dos povos novos nas Américas, destacando sua configuração histórico-cultural única. Esses povos surgiram da miscigenação e dominação de populações indígenas, africanas e europeias, principalmente sob o regime colonial europeu. A escravidão e a plantation foram fundamentaos na organização produtiva e na conformação das sociedades das Américas. As fazendas de monoculturas agroindustriais e extrativismo mineral modelaram a estrutura social e econômica, integrando e deculturando diversas etnias sob extrema opressão. No sul dos Estados Unidos e nas Antilhas, plantação e escravidão criaram sociedades mais brutalmente capitalistas. Mesmo com variações regionais, a matriz escravista e a grande proporção de negros escravizados deixaram marcas profundas. A miscigenação entre europeus, indígenas e negros formou uma sociedade complexa e mestiça, impregnada de tensões raciais e sociais duradouras. Imigrantes europeus e asiáticos no século XIX desempenharam papéis significativos na modernização tecnológica e na institucionalização dos povos novos, aportando qualificações técnicas e culturais, empurrando as sociedades para uma modernidade mais integrada. A resistência política desses imigrantes, sobretudo aqueles das áreas urbanas, contribuiu para a formação de movimentos trabalhistas e sindicais, desafiando o status quo político e social. Os povos novos, portanto, resultam de complexas integrações e adaptações culturais, refletindo um mosaico de contribuições étnicas e dinâmicas socioeconômicas que moldaram seus perfis e desafios contemporâneos.

O autor ainda destaca que os povos transplantados das Américas são descendentes de migrantes europeus que buscaram novos começos no Novo Mundo, trazendo consigo famílias e expectativas de liberdade e prosperidade. Esses grupos se estabeleceram em territórios pouco habitados, frequentemente desalojando as populações indígenas. Na América do Norte, o colonizador europeu evitou a mistura com os nativos, enquanto nos territórios como a Argentina e o Uruguai, os europeus competiram com e subjugaram populações mestiças.

Os povos transplantados destacam-se pelo perfil europeu em aspectos como paisagem, estrutura racial predominantemente caucasoide, cultura e economia capitalista industrial. Diferentes dos demais blocos culturais das Américas, enfrentam problemas específicos devido a suas características e matrizes culturais distintas, como católica latina no sul e protestante anglo-saxônica no norte. Fatores gerais como o modo de colonização, processos de assimilação cultural e formas de integração econômica contribuem para distinguir esses povos dos demais da região. As sociedades transplantadas, principalmente no Norte, tendem a ser mais igualitárias, enquanto as nações formadas através da escravidão e subjugação de indígenas e negros desenvolveram-se de maneira mais hierárquica e autoritária.

O desenvolvimento desigual criou uma polarização entre os povos transplantados desenvolvidos do Norte e as sociedades menos desenvolvidas do Sul, resultando em tensões e conflitos de interesse. Minorias europeias em áreas interioranas, como no Brasil e na Costa Rica, atuaram como agentes dinâmicos no desenvolvimento regional. Assim, a análise histórica e os diferentes processos de formação étnico-cultural elucidam a complexidade dessas sociedades, ressaltando a necessidade de uma compreensão aprofundada para explicar suas formas e desempenhos distintos.

Para explorar o desenvolvimento dos povos latino-americanos, é preciso analisar primeiramente os modelos industriais e o histórico de atrasos econômicos. O texto apresenta dois paradigmas para entender as trajetórias de sociedades desenvolvidas e as barreiras enfrentadas pelas regiões menos desenvolvidas. Com a Revolução Industrial, nações pioneiras na industrialização como Inglaterra, França, Países Baixos e Estados Unidos se tornaram potências dominantes, promovendo constelações imperialistas. Este avanço industrial foi acompanhado por três tipos de reordenação nas relações globais: a obsolescência dos vínculos coloniais, novas áreas submetidas ao colonialismo ou neocolonialismo, e a hierarquização entre nações industriais e dependentes.

A ruptura desse sistema se deu, inicialmente, pela Alemanha e Japão que se industrializaram seguindo um modelo capitalista tardio. Nações como Itália e países como Turquia, Brasil e Argentina tentaram seguir esse caminho mais tarde. Além do desenvolvimento capitalista tardio, emergiram outros modelos. Nações marginalizadas como Canadá, Austrália e Nova Zelândia avançaram industrialmente devido a isolamento econômico durante crises e guerras. Este progresso foi impulsionado principalmente pela exploração interna de recursos e oportunidades comerciais.

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O autor segue também analisando o modelo socialista, iniciado pela União Soviética, que rompe com o capitalismo industrial e propõe uma formação sociocultural nova. A União Soviética conseguiu industrializar-se rapidamente, inspirando outras nações como China e países do Leste Europeu a seguir um caminho semelhante de desenvolvimento acelerado. Além desses modelos, o texto discute duas variantes de reordenação sócio-econômica: países industrializados que enfrentaram crises adotaram políticas intervencionistas, e países subdesenvolvidos que se industrializaram capitalizando tensões internacionais, como Turquia, Brasil e Argentina, mas com resultados limitados. Por último, o modelo socialista revolucionário atrai nações atrasadas pelas altas taxas de crescimento e a capacidade de elevar grandes massas populacionais, como visto na União Soviética. Esse modelo destaca-se pela capacidade de acelerar a evolução social, transformando economias agrícolas em potências industriais. Esses diversos caminhos de desenvolvimento mostram esforços variados de nações para romper com a dominação imperialista e superar os desafios internos ao progresso econômico.

A Revolução Industrial gerou uma divisão entre povos avançados e atrasados, onde os retardatários não vivem uma fase evolutiva anterior, mas são intencionalmente mantidos em uma posição subserviente e dependente pelos países desenvolvidos. Esses povos subdesenvolvidos experimentam apenas os reflexos da modernização, sem integrar nossa tecnologia. A industrialização espontânea é dificultada pela auto-perpetuação do subdesenvolvimento, pela dominação das elites internas associadas a interesses estrangeiros, pela transferência de excedentes econômicos e pela intervenção política estrangeira que reforça a ordem estabelecida.

Essa situação resulta em uma modernização superficial, beneficiando uma minoria elitista e empobrecendo as massas. As tentativas de revolução e desenvolvimento autônomo, como no México e Bolívia, enfrentaram resistências e limitações. Casos como China e Japão mostraram que o desenvolvimento é possível com maior autonomia, enquanto outras nações permanecem estagnadas. A industrialização das nações subdesenvolvidas manteve-se distorcida e dependente de capitais estrangeiros, não conseguindo criar uma economia autônoma. O contraste é evidente quando comparado com os "povos transplantados" (EUA, Canadá, Austrália), que se desenvolveram sem as barreiras oligárquicas e com uma base mais democrática. A luta pelo desenvolvimento em países subdesenvolvidos mostra que a emancipação requer confrontar e superar tanto interesses internos quanto externos que perpetuam a ordem vigente, impedindo assim um desenvolvimento genuíno e autônomo.

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A obra "As Américas e a Civilização: Processo de Formação e Causas do Desenvolvimento Desigual dos Povos Americanos", de Darcy Ribeiro, é magistral em sua complexidade e profundidade, abordando questões históricas, sociais e econômicas com uma clareza que ilumina as razões por trás do desenvolvimento desigual das sociedades americanas. A obra se destaca por sua capacidade de criticar tanto os esquemas conceituais acadêmicos quanto o marxismo dogmático, oferecendo uma abordagem mais holística e dinâmica.

Primeiramente, Ribeiro é hábil em contextualizar a história das Américas dentro de um panorama global, analisando como a expansão europeia, impulsionada pelas revoluções Mercantil e Industrial, redesenhou o mundo em conformidade com os interesses europeus. Esse contexto é fundamental para compreender a forma como os povos americanos foram subjugados e reconfigurados, perdendo autonomia e autenticidade cultural. Sua análise do impacto da tecnologia islâmica nas navegações ibéricas e nas técnicas de colonização demonstra uma profundidade rara, ao ligar diferentes pontos da história global em sua análise.

Além disso, a interação entre diferentes etnias - indígenas, africanas e europeias - é descrita de maneira detalhada e sensível, revelando como a miscigenação e a opressão moldaram a estrutura social e cultural das Américas. A maneira como Ribeiro aborda a formação das “sociedades espúrias” agrega uma camada significativa à compreensão dos efeitos de uma colonização violenta, enquanto destaca o esforço contínuo dos povos colonizados em reconstituir suas identidades culturais e formas de resistência.

Ribeiro também descreve brilhantemente os diferentes modelos de desenvolvimento seguidos por várias nações americanas, desde os pioneiros da industrialização até os esforços tardios e os modelos socialistas revolucionários. Esta parte do enredo é crucial para entender as disparidades atuais, e a comparação entre os "povos transplantados" e os povos subdesenvolvidos proporciona insights valiosos sobre as diferenças estruturais que persistem até hoje.

Finalmente, a metodologia dialética proposta no texto para explorar as desigualdades oferece uma nova perspectiva, crítica e evolutiva, que extrapola as limitações dos modelos tradicionais. A ideia de que o subdesenvolvimento é intencionalmente perpetuado e que a modernização real é apenas superficial para as massas é uma crítica contundente ao status quo, desafiando o leitor a reavaliar sua compreensão da história e dos atuais desafios socioeconômicos enfrentados pelas nações americanas. Em suma, "As Américas e a Civilização" de Darcy Ribeiro é uma obra-prima que transcende a simples narrativa histórica, fornecendo uma análise detalhada e crítica dos processos que moldaram as Américas, enquanto encoraja uma reflexão profunda sobre as possibilidades de futuro para as sociedades ainda lutando para superar seu passado colonial.

Como a inteligência artificial pode revolucionar seus estudos: 10 ferramentas essenciais para o aprendizado eficaz

Foto: CANVA

A inteligência artificial é uma das maiores aliadas na hora de estudar, mas se é necessário a verificação de dados, fontes e uma revisão detalhada do conteúdo em alguns casos, mas se feito com cuidado e atenção as ferramentas existentes podem auxiliar em um aprendizado mais efetivo.

Quais ferramentas de IA podem ajudar na hora do estudo?

1. BRAiN Assistant

Uma poderosa ferramenta que resume documentos em PDF, DOC, DOCX e diversos outros formatos em mais de 95 idiomas, um ótimo aliado para resumir os pontos principais de um material.

2. Aiter.IO

Uma poderosa ferramenta geradora de resumos e textos de forma instantânea, muito usado no meio corporativo para descrições de produtos e marketing, mas que pode ser uma excelente aliada nos estudos resumindo conteúdos de forma mais sucinta.

3. Finance Brain

Uma IA poderosa para o estudo de matemática, cálculos e demais problemas aritméticos, excelente para quem deseja aprender matemática de forma descomplicada.

4. Lateral.IO

Lateral AI é um aplicativo web desenvolvido pela Lateralio que lê, encontra, organiza e compartilha sua pesquisa em um só lugar para ajudá-lo a ler os artigos até 10 vezes mais rápido. É uma ferramenta poderosa com uma interface de usuário intuitiva que simplifica o processo de pesquisa, apesar da complexidade da tarefa.

5. GenTEXT

Algumas das funcionalidades oferecidas por esta ferramenta de IA incluem a geração de resumos, a identificação das frases mais importantes, bem como a correção de erros e a melhoria da apresentação geral do relatório. GenText AI Assistant é eficiente em termos de tempo e orçamento, tornando-o uma boa opção para empresas que buscam otimizar seus processos de redação de relatórios.

6. Cramly

Cramly é a única plataforma de IA que elabora redações de 10 páginas com citações reais.

7. Grammarly

Uma ótima ferramenta de aprimoramento de texto, excelente para corrigir em tempo real uma redação e receber dicas de aprimoramento de texto.

8. Grammarly Citations

O Grammarly cria citações automáticas para sites de origem, fornece suporte para redação acadêmica, detecta plágio e revisa sua redação para que você possa fazer um trabalho melhor em menos tempo.

9. Otter.Ai

Otter é uma poderosa ferramenta de conversão de texto em fala, excelente para quem deseja extrair textos das ideias centrais de um vídeo para um estudo mais aprofundado, também pode ser usado para transformar a fala em texto de forma rápida e prática.

10. Ensina ai

Uma plataforma que ensina tudo o que se é perguntado. Faça uma pergunta no chatbot e obtenha uma resposta rápida em segundos, ótimo para sanar dúvidas de conteúdos e matérias já estudadas, ou ainda, para formular ideias e obter novos conhecimentos acerca de matérias inéditas.

Como se preparar para o ENEM 2024

Foto: ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é a prova mais importante do Brasil para avaliação do aprendizado do alunado para o ingresso no ensino superior. Devido a isso, a pressão por uma boa nota pode impactar negativamente no emocional de alguns estudantes, e para evitar essa sobrecarga é necessário se planejar com antecedência para estudar de forma saudável e garantir máximo desempenho durante as provas.

Como se preparar para o ENEM?

Antes de mais nada, o aluno deve estar ciente do Edital do exame do ano ao qual está se propondo participar, após uma análise minuciosa dos conteúdos é hora de separar o material de estudo. Uma ótima alternativa é baixar as apostilas e gabaritos dos outros anos para estudar o conteúdo, levando sempre em consideração as matérias e os conteúdos mais abordados nos anos anteriores, desta forma, você poderá se aprofundar e obter um conhecimento acerca dos conteúdos que poderão cair na prova do ano.

Após baixar as apostilas, você deve garantir que encontre um lugar calmo, tranquilo e silencioso para elaboração das questões à serem respondidas. Uma dica de ouro é escrever, escreva muito, principalmente sobre os conteúdos com os quais você tiver maior dificuldade ou considerar mais complicados, isso fará você trabalhar sua capacidade analítica dos temas e problemas propostos e pensar em alternativas de estudo.

Escolha a técnica de estudo adequada

Uma técnica de estudo bem elaborada pode decidir o rumo que os seus esforços irão tomar, para isso, procure definir de forma específica os conteúdos aos quais procurará se debruçar e estude com dedicação utilizando metodologias certificadas para fixação do conteúdo. 

Algumas técnicas importantes e muito usadas são: 

1. Resumos

Resumir conteúdos para estudos é uma prática importante e eficaz pois ajuda na assimilação e compreensão do que foi estudado de forma mais rápida e objetiva. Além disso, resumir permite identificar os pontos-chave do conteúdo, facilitando a memorização e revisão posterior.

Ao resumir um texto ou aula, o estudante é obrigado a fazer uma seleção do que é mais relevante, o que estimula o seu pensamento crítico e ajuda a fixar melhor o conhecimento. Também torna mais fácil a organização das informações, auxiliando na identificação de lacunas que precisam ser preenchidas.

Resumir conteúdos para estudos também ajuda a economizar tempo, já que os resumos podem ser consultados rapidamente para revisões antes de provas ou trabalhos importantes. Além disso, ao resumir, o estudante consegue perceber mais claramente a estrutura e lógica do conteúdo estudado, o que facilita a compreensão do todo.

2. Tabelas

As tabelas de conteúdos são ferramentas importantes para organizar e estruturar o material de estudo, facilitando a localização e compreensão das informações. Elas ajudam a identificar os temas abordados no conteúdo, a hierarquizar as informações de acordo com sua relevância e a estabelecer uma sequência lógica de estudo.

Além disso, as tabelas de conteúdos fornecem uma visão geral do material, permitindo que o estudante saiba o que esperar e possa se planejar melhor em relação ao tempo de estudo. Elas também auxiliam na memorização e revisão do conteúdo, pois possibilitam uma visualização rápida e clara dos tópicos estudados.

3. Flashcards

Os flashcards são uma ferramenta bastante eficaz para o estudo de conteúdos, pois ajudam a reforçar a memorização e facilitam a revisão do material de forma rápida e prática. Além disso, eles ajudam a desenvolver a capacidade de associação e conexão de informações, o que contribui para uma melhor compreensão e retenção do conteúdo.

Uma das principais vantagens dos flashcards é a possibilidade de personalizar o material de estudo de acordo com as necessidades e dificuldades de cada pessoa, podendo incluir questões específicas, conceitos-chave, definições, entre outros. Além disso, eles são facilmente transportáveis, podendo ser levados para qualquer lugar e utilizados em momentos livres como uma forma de aproveitar melhor o tempo.

4. Áudios sobre o conteúdo

Gravar e ouvir áudios sobre o conteúdo é uma estratégia muito eficaz para melhorar a aprendizagem e a retenção de informações. Através da audição, nosso cérebro processa as informações de uma maneira diferente, o que pode facilitar a compreensão e a memorização do conteúdo. Além disso, gravar e ouvir áudios pode ajudar a manter a atenção e o foco durante o estudo, já que podemos fazer outras atividades ao mesmo tempo, como caminhar, dirigir ou fazer tarefas domésticas. Isso nos permite estudar de forma mais flexível e conveniente, tornando o aprendizado mais eficiente.

5. Técnica de POMODORO

A Técnica de Pomodoro é um método de gestão do tempo que consiste em dividir o trabalho em períodos de tempo, chamados de "pomodoros", geralmente com 25 minutos de duração, seguidos por breves intervalos de 5 minutos. Após quatro pomodoros, é feito um intervalo mais longo de 15 a 30 minutos. O objetivo é melhorar a produtividade e foco nas tarefas, evitando distrações e gerenciando o tempo de forma mais eficaz. A técnica foi criada pelo italiano Francesco Cirillo na década de 1980 e tem sido amplamente adotada por pessoas que buscam aumentar sua eficiência no trabalho.

6. Teste seus conhecimentos respondendo provas passadas

Responder provas passadas é uma excelente maneira de testar seus conhecimentos e se preparar para futuros exames. Ao responder questões de provas passadas, você consegue identificar quais são os seus pontos fortes e fracos em determinada matéria, o que permite direcionar seus estudos de forma mais eficiente e focada. Além disso, responder provas passadas também ajuda a familiarizar-se com o formato das questões, o estilo de perguntas e o tempo necessário para respondê-las. Isso aumenta a sua confiança para enfrentar a prova real, pois você terá praticado previamente.

O que não fazer ou levar no ENEM

1. Não leve comida em excesso para a sala

Leve apenas o essencial para que você coma até a finalização da prova e procure realizar um lanche antes do horário da prova, escolha comidas carregadas de carboidratos para manter a saciedade e evitar a pausa do pensamento e do foco.

2. Celular

Se o celular tocar em sala de aula, sua prova será cancelada de forma imediata, sem possibilidade de recorrer ou anular a decisão.

3. Relógio

Não é permitido o uso de relógios durante a execução do exame, isso serve para evitar despertar ansiedade nos alunos durante o desenvolvimento da prova.

4. Nada com RÓTULOS

Evite levar para a sala qualquer item de consumo que tenha rótulos ou que não sejam transparentes, isso é uma regra que vale para todos e pode ocasionar na expulsão em caso de descumprimento.

5. Calculadoras ou quaisquer eletrônicos

Nada que tenha acesso à internet ou que seja eletrônico é permitido durante a execução do exame, evite aborrecimentos desnecessários.

6. Lápis e borracha ou periféricos

O exame só é realizado utilizando canetas transparentes, não sendo permitido o uso de borracha, lápis, tesouras, apontador e outros periféricos de natureza semelhante.

Como escreva uma redação nota 1000 no ENEM

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A primeira etapa de uma redação consiste em compreender plenamente o tema. Nos antigos vestibulares, este era proposto de forma direta. Exemplo, a faculdade de direito da Universidade de São Paulo, certa feita, pediu que os vestibulandos escrevessem sobre a "Cortina de Ferro". Nesse caso, o vestibulando deveria dissertar sobre os países do leste europeu então dominados pela ex-União Soviética. Sem dúvida, questões propostas de maneira explícita facilitavam o entendimento do tema. Modernamente, os temas não mais são assim apresentados. São dados textos que, de alguma maneira, interligam-se e o vestibulando deve, em primeiro lugar, descobrir essas relações. Em linguagem simples, você deve "perceber" o conteúdo do tema.

TÉCNICAS DE REDAÇÃO

Em todos os seus gêneros (dissertação, descrição, narração e crônica), é a mais importante prova dos exames vestibulares brasileiros. Pode-se dizer que ela é decisiva. Atualmente, a dissertação tem sido privilegiada pelas bancas examinadoras, pois ela exige que o aluno, após analisar textos, defenda suas opiniões sobre eles.

Aqui estão algumas dicas para você fazer uma excelente redação no vestibular, após explicações, exemplos, temas e, na linguagem do aluno, "dicas" sobre o que escrever.

Quase todos os exames vestibulares exigem, como redação, textos dissertativos. Poucas universidades - uma delas é a UNICAMP (Universidade de Campinas) - aceitam narração e crônica.

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O QUE É UMA DISSERTAÇÃO?

Uma dissertação consiste numa redação analítica sobre o tema proposto pela banca examinadora que elabora a prova. Dessa maneira, o vestibulando deve defender uma opinião sobre o assunto exigido pela faculdade. Portanto, ao contrário da opinião tradicional, o aluno não pode ser neutro quanto ao tema em questão. O Ministério da Educação determina que as opiniões não devem ser julgadas, mas sim avaliadas se estão explicadas e defendidas com coerência e lógica.

OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A nota dada à redação deve obedecer aos seguintes critérios:
- adequação ao tema. A banca examinadora avalia se o vestibulando entendeu o tema proposto e redigiu um texto adequado a ele. "Fugir do assunto", como se diz na gíria estudantil, implica "nota zero";

- coerência no desenvolvimento do tema. As idéias contidas no texto devem estar interligadas de maneira lógica. O vestibulando não pode propor uma opinião no início do texto e desmenti-la no final;

- norma culta. O candidato a uma vaga nas faculdades e universidades precisa usar a língua portuguesa de maneira adequada, estruturas sintáticas (regência verbal e concordância) corretas e termos semanticamente precisos; portanto, não se deve usar uma palavra cujo sentido real você não conhece. Norma culta não quer dizer termos sofisticados, mas palavras simples e precisas no contexto da dissertação. Não pense que preciosismos (palavras complicadas) valorizam sua redação; pelo contrário, são ridículos. Em síntese, o vestibulando deve usar termos correntes com significados adequados;

- criatividade. É claro que uma abordagem original do tema valoriza seu texto. Mas, o vestibulando deve ter cuidado em não confundir criatividade com idéias esdrúxulas. Na gíria estudantil, não "viaje".

Antes de escrever

Antes de escrever, ou seja, passar para o papel o pensamento, sob a forma de palavras que se ligam umas às outras e formam frases, é preciso que se "recheie" a cabeça.

Quem quer escrever bem precisa de , obrigatoriamente , estar bem informado. Quando colocamos no papel as nossa idéias, devemos imaginar que temos muitos desafios. Mas, antes de iniciar os comentários que continuarão a ser feitos por todo o ano, lembre-se: estar informado é uma das normas mais importantes para quem quer escrever bem.

Um exercício pra você ir treinando, por exemplo, sua redação versará sobre este tema: a competição como fator de organização da sociedade, suas virtudes e seus defeitos negativos. Para escrevê-la, relate um episódio em que você se tenha visto em meio a um excesso de competitividade ou em que a capacidade de competir lhe tenha sido útil. Lembre-se de que você está sendo solicitado a redigir uma dissertação, texto que se caracteriza por um esforço de reflexão em torno de um tema. Utilize sua experiência para construir seu texto, mas integre-a a uma argumentação de caráter generalizador e organizada dissertativamente.

A dissertação deve ter extensão mínima de 30 linhas e máxima de 50, considerando letra de tamanho regular. Inicialmente, utilize a folha de rascunho e, depois, passe a limpo na folha de redação, sem rasuras e com letra legível, o que você redigiu. Utilize caneta; lápis, apenas no rascunho.

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A máxima esportiva "o importante é competir" parece estar tomando conta de nossas vidas. E interessante notar, no entanto, que ela pode ter, no mais da vida, significado oposto ao que tem como lema do esportista. Em seu contexto, dar o maior valor à competição significa colocar o desejo de vencer em segundo plano, com a conseqüência de o competidor respeitar as regras do jogo e o adversário. Já num mundo em que as pessoas são colocadas em constante competição, essa forma de convívio social parece ser igualada ao desejo de vencer a qualquer custo. 

Mas quais os limites para isso?

Desde a escola, recebemos notas que nos colocam em constante comparação com nossos colegas. Com tantos candidatos por vaga para ingressar em um curso superior, não basta atender a certos requisitos acadêmicos: temos de vencer os demais. No mundo do trabalho, as coisas não são diferentes - conseguir emprego e mantê-lo significa, muitas vezes, ser o escolhido entre muitos. Enfim, somos cada vez mais estimulados e educados para a competitividade, que nos leva, freqüentemente, a colocar certos critérios de convivência em segundo plano.
Esse é o caso, por exemplo, do aluno que guarda para si só a solução de um problema escolar durante a aula, sem compartilhá-la com a turma, com o objetivo de ser o único a tê-la encontrado; ou do colega de trabalho que se preocupa mais com os deslizes dos outros do que com sua própria excelência profissional. A verdade é que, em muitos momentos, somos levados a crer que a solidariedade seria um movimento inútil e, talvez, ingênuo.

COMO ESCREVER BEM UMA REDAÇÃO?

Clareza e Simplicidade

Evite o uso de palavras rebuscadas e longos períodos e prefira argumentar de maneira simples e organizada. A clareza de uma redação se dá no momento em que você apresenta seus argumentos e ideias para que seu leitor compreenda a mensagem do texto de forma clara.

Objetividade

Não dê voltas no texto e evite repetir as palavras e diga apenas o que é importante para seu tema e sua redação. Quanto mais conhecimento você tiver mais termos poderá usar no texto.

Coerência Textual

A coerência é um item extremamente importante para escrever uma boa redação para concursos ou qualquer processo seletivo. O texto corresponde a uma estrutura com uma ordem de ideias e o tema deve ser explicado apresentando teses, causas e consequências em uma sequência lógica.

Evitando as contradições você deixará seu texto coerente e com estruturas lógicas e coerentes com o uso de conectivos, preposições, verbos, etc. Um erro que acontece muito nos textos feitos nas redações de concursos públicos é usar comentários aleatórios em determinado parágrafo sem respeitar a estrutura dos argumentos. Evite comentar vários assuntos ao mesmo tempo e acabar fugindo do tema principal.

A melhor maneira de evitar a fuga do tema e um texto confuso é planejar seus argumentos e escrever um texto que relacione esses assuntos. Não jogue vários temas acreditando que o leitor e examinador irão compreender o que está escrito. Use a coerência a seu favor.

Como escolher que curso/carreira seguir?

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Escolher qual curso ou carreira seguir é uma das tarefas mais complicadas, especialmente na fase da adolescência, quando aparentemente diversos campos de estudo nos agradam, o que pode nos levar a sentir como se estivéssemos em um labirinto, sem saber ao certo para onde ir ou o que decidir. Afinal, decidir qual carreira ou projeto de vida seguir é essencial para evitar frustrações. Ninguém gosta de seguir uma carreira e descobrir que não gostava tanto assim daquela área, o que acontece muitas vezes quando não temos muita prática na função, apenas uma visão superficial de como aquele campo se desenvolve ou se apresenta de forma atraente. No entanto, devemos ter em mente que todas as áreas - sem exceção - exigem estudo profundo, dedicação e um aprofundamento empírico nada prazeroso.

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Mas gostar de uma área não é suficiente para segui-la? Ah, não. Gostar de cantar não faz de ninguém um cantor, mas é claro que, com estudo, todos podem alcançar um determinado caminho. No entanto, é necessário levar em consideração suas paixões, frequência, hábito e seu grau de contato com a área. Sobretudo, se em algum momento você procurou se inteirar sobre períodos históricos, curiosidades, ou se busca com frequência se informar sobre determinado assunto, isso fará você enxergar a profissão com mais cautela e cuidado na hora de escolher uma carreira.Mas, eu gosto de muitas áreas, como decidir? Se você ama estudar diferentes áreas e possui grandes dons e atribuições referentes a muitos caminhos, você pode optar por seguir uma carreira que descreva você por inteira. Todos amam nadar, mas apenas alguns gostam da água do mar, há nadadores que nasceram apenas para as águas da piscina, e essa diferença é o que promove não apenas a área na qual você irá atuar, mas a forma como irá impactar a vida das pessoas durante o exercício da função.

Mas e se eu cursar algo e não gostar? Existe a possibilidade de você descobrir que tomou um caminho errado ou optar por uma carreira com a qual você não se identifica tanto, principalmente se você optar por segui-la com pouco afinco ou intimidade com a área à qual se propôs se envolver. Há quem diga que escolher uma área errada é uma ótima oportunidade para aprofundar-se e, talvez, descobrir que talvez goste. Se você está estudando um curso do qual não gosta, lembre-se de que o exercício da função é completamente diferente do exercício dos estudos, que é algo mais genérico e direcionado para a formação do profissional, o que exige um estudo mais pautado menos na prática efetiva, mas no estudo geral dos conhecimentos que formam os saberes daquela profissão.

Caso você se veja nessa situação, não se desespere. Procure ajuda de profissionais de orientação vocacional, converse com pessoas que já atuam na área que você está cursando e busque oportunidades de estágio ou projetos extracurriculares que possam te ajudar a ter uma visão mais ampla da profissão.

Mas, como não errar na hora de escolher um curso?

Uma excelente alternativa para escolher que caminho seguir os estudos é buscar realizar testes vocacionais, um dos mais usados e conhecidos é o The Career, uma excelente plataforma de estudo vocacional para desbloquear seus conhecimentos e direcionar você para um curso que combine em todos os sentidos com os aspectos que você gosta.

Você também pode realizar o teste vocacional do descomplica ou do Guia da carreira.

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