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Resenha: O lobo vermelho: imagine se puder, de Josef Jr

Foto: Arte digital

APRESENTAÇÃO

Este episódio acontece em uma fazenda distante da cidade. Um avô e seus quatro netos, entre brincadeiras de criança, se preparam para enfrentar uma criatura um tanto quanto diferente, e, da melhor forma possível, surge sua arma secreta: a IMAGINAÇÃO! Como você, caro leitor, faria isso?


RESENHA


O lobo vermelho é um livro infantil escrito por Josef Jr com ilustrações de Oscar Reinstein, publicado pela artêrinha, selo infantil da editora Appris. A história narra a vida de um vovô chamado Joaquim e seus quatro netinhos Manu, Bela, Biel e Dudu que vivem peripécias e aventuras imaginativas em uma fazenda distante.


Os netos adoravam brincar de tudo o que fosse possível: pique-esconde, pega-pega, amarelinha, subir em árvores, dentre outros. A história toma forma após o vovô explicar para o neto Dudu sobre os motivos das cercas da fazenda serem tão altas: a existência de um lobo vermelho, de dentes amarelos, asas e uma pinta azul no rosto. Desde então, eles começam a imaginar como seria enfrentar a criatura. 


Dentre os ensinamentos que essa história poderia transmitir às crianças, destacam-se vários aspectos importantes. Em primeiro lugar, a importância da imaginação e da criatividade, que são fundamentais para tornar o mundo ao nosso redor mais divertido e emocionante. Além disso, a história ressalta o valor da família e da união, mostrando como o carinho e o companheirismo são essenciais para enfrentar desafios e criar memórias inesquecíveis. Superar o medo e encarar desafios também são temas abordados, exemplificados pela coragem dos netos diante do lobo vermelho. A importância de explorar a natureza e viver aventuras ao ar livre também é destacada, revelando o quanto é enriquecedor e divertido se desconectar do ambiente fechado e se conectar com a natureza. Por fim, aprender a respeitar e cuidar dos animais, mesmo que seja uma criatura imaginária como o lobo vermelho, é uma lição valiosa que pode ser aplicada em qualquer contexto. Todos esses ensinamentos contribuem para que as crianças desenvolvam valores importantes e se tornem adultos conscientes, responsáveis e solidários.


Compre o livro no site da editora Appris:

https://editoraappris.com.br/produto/o-lobo-vermelho-imagine-se-puder/

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Resenha: O dragão que cuspia tudo, de Bob Faria


APRESENTAÇÃO

Movida pela curiosidade, a pequena Sophia descobre que todos temos algo de único e especial, e que cada talento, se usado para o bem, ajuda a melhorar o mundo.

RESENHA

O dragão que cuspia tudo é uma obra infantil escrita pelo autor Bob Faria e ilustrado por Junior Marques, publicado pelo selo Artêrinha, selo infantil da editora Aprris. O livro narra o encontro inesperado de uma garotinha, Sophia, com um dragão chamado Lux e os percursos acerca do desenvolvimento de um relacionamento pautado na empatia. Lux é um dragão azul que sofria bullying dos outros dragões por não cuspir fogo, apenas objetos aleatórios, como cadernetas, pianos, brinquedos e etc. Sophia, após ouvir uma conversa das fadas pela manhã, decide procurá-lo para conhecê-lo, sua iniciativa ocasionou em um caminho lindo de amizade e companheirismo. 

Sophia é o tipo de pessoa que precisamos em nossa vida: alguém que aceite como somos e nos mostre os caminhos necessários para valorizar nossos talentos e dons para o mundo. Lux vivia recluso e isolado em uma caverna até ser encontrado por ela, o que o faz se identificar com todo carinho e atenção recebida pela garotinha, o livro é, senão, um poderoso aliado da educação infantil que possibilita ensinar aos pequenos a variedade de pessoas, saberes e talentos ocultos em cada um. 

A história de amizade entre Sophia e Lux nos ensina que as diferenças não devem ser motivo de exclusão, mas sim de aceitação e valorização. Cada pessoa tem suas próprias habilidades e características únicas, e é importante que aprendamos a enxergar e apreciar isso em nós mesmos e nos outros. Além disso, a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreender suas dificuldades e oferecer apoio e amizade, é essencial para construir relacionamentos saudáveis e significativos. Em um mundo que muitas vezes valoriza apenas as habilidades mais óbvias e visíveis, O dragão que cuspia tudo nos lembra da importância de olhar além das aparências e valorizar a essência de cada ser humano. É uma história encantadora que certamente deixará uma mensagem positiva e inspiradora para crianças e adultos.

O dragão que cuspia tudo é uma obra sensível e encantadora que ensina valores importantes como empatia, aceitação e amizade. A história entre Sophia e Lux mostra de forma cativante como as diferenças podem ser belas e enriquecedoras, e como a verdadeira amizade é capaz de transformar vidas. As ilustrações de Junior Marques complementam perfeitamente a narrativa, proporcionando uma experiência visual envolvente e divertida para os leitores. Sem dúvida, esse livro é uma leitura essencial para crianças e adultos que buscam reflexões sobre a importância de valorizar o potencial único de cada indivíduo e cultivar relacionamentos significativos.

Compre o livro no site oficial da editora Appris:

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Conheça o livro “O lobo vermelho”, de Josef Jr e Oscar Reinstein

Foto: Arte digital / Divulgação

Imagine-se em uma fazenda distante da cidade, onde um avô e seus quatro netos vivem momentos de diversão e aventura. Em um dia comum, algo inesperado acontece: um lobo vermelho surge no horizonte, desafiando a coragem e a criatividade dessa família.

Neste contexto, a obra "O Lobo Vermelho: imagine se puder", escrita por Josef Jr e ilustrada por Oscar Reinstein, nos leva a embarcar nessa jornada cheia de suspense e imaginação. Através das brincadeiras de criança e da inventividade dos personagens, somos levados a refletir sobre como enfrentar desafios com coragem e criatividade.


Com o poder da imaginação como arma secreta, essa família nos mostra que é possível superar obstáculos e vencer medos, transformando situações aparentemente assustadoras em momentos de aprendizado e diversão.

Venha se aventurar conosco em "O Lobo Vermelho: imagine se puder", publicado pela editora Appris, e descubra como a imaginação pode ser a chave para desvendar os mistérios da vida e enfrentar os desafios do dia a dia. Prepare-se para mergulhar em um mundo de fantasia e descobertas, onde tudo é possível quando se tem coragem para sonhar.

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Conheça o livro "O Dragão Que Cuspia Tudo", uma Jornada de Autodescoberta e Transformação

Foto:Arte digital / Divulgação

 

Em "O Dragão Que Cuspia Tudo", o autor Bob Faria nos apresenta a encantadora história de Sophia, uma garotinha cheia de curiosidade e criatividade. Ao descobrir que todos possuem talentos únicos e especiais, Sophia embarca em uma jornada de autodescoberta e aprendizado, onde percebe que cada talento, por menor que seja, tem o poder de transformar o mundo ao seu redor. Com uma mensagem inspiradora sobre a importância de usar nossas habilidades para o bem, este livro nos convida a refletir sobre o impacto positivo que cada um de nós pode ter no mundo.

O protagonista, Sophia, encontra um dragão mágico que cuspia coisas boas e ruins, simbolizando os altos e baixos da vida. Com a ajuda desse dragão, ela aprende a valorizar suas próprias habilidades e a usá-las para fazer a diferença na vida das pessoas ao seu redor. Através de situações divertidas e emocionantes, o livro nos ensina que cada um de nós tem um papel importante a desempenhar no mundo, e que podemos fazer a diferença, não importa quão pequeno seja nosso talento. Com uma narrativa envolvente e ilustrações encantadoras, "O Dragão Que Cuspia Tudo" é uma leitura inspiradora para crianças e adultos, que nos lembra do poder transformador que há em cada um de nós.

Compre o livro no site oficial da editora Appris:

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Marcelo Bechara cria uma deliciosa história infantil em “Caiu na rede é papagaio: e outras histórias de quem não voa”

Foto: Arte digital // Divulgação

"Caiu na Rede é Papagaio (E Outras Histórias de Quem Não Voa)" é uma obra que vai além de um simples relato de um crime solucionado por um papagaio. Escrito por Marcelo Bechara S.N. Frange e publicado pela editora Appris, o livro narra as aventuras inusitadas e surpreendentes de Louro Augusto, um papagaio nada comum.

A história de Louro Augusto vai muito além do seu talento em resolver mistérios. O papagaio buscava a imortalidade, enfrentando desafios e perigos inimagináveis. Com seu jeito mal-humorado e sua sede por confusões, Louro Augusto conquistou seus donos e despertou a curiosidade de todos ao seu redor.

Com uma mistura de realidade e ficção, este livro nos faz questionar a linha tênue entre o mundo dos animais e dos humanos. Louro Augusto foi um personagem único, e suas histórias são tão incríveis que nos fazem duvidar se realmente aconteceram.

"Caiu na Rede é Papagaio" é uma leitura envolvente e divertida, que nos leva a refletir sobre a natureza surpreendente dos seres vivos e nos emociona com as aventuras de um papagaio encrenqueiro como nunca se viu.

Compre o livro na site da editora Appris: 

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[RESENHA #1005] Você quer ser meu amigo? de Éric Battut

Um ratinho verde, em busca de um amigo, sai perguntando para vários bichinhos, como o gafanhoto, a rã e o camaleão, se eles gostariam de ser seus amigos, mas eles dizem que não, mesmo sendo verdinhos como ele... E, nessa incessante busca, ele encontra um elefante... Será que esta história vai terminar em preto e branco?


RESENHA


Você quer ser meu amigo? É um livro infantil escrito pelo autor francês Éric Battut, traduzido por Ligia Cademartori e publicado pela  FTD Educação no Brasil.


A história acompanha a vida de um ratinho verde que se sente excluído pelos demais ratos cinzas por sua diferença. Então ele então decide sair em busca de tentar fazer novos amigos de cor verde, para assim, se sentir mais familiarizado e aceito, porém, percebe que nada será tão fácil quanto ele pensa.


Após caminhar por diversos lugares e encontrar os mais variados animais verdes, ele sente-se cada vez mais rejeitado, até finalmente ser acolhido por um elefante verde. A narrativa simples e tocante do autor aborda questões de amizade, aceitação e diferenças com delicadeza e sensibilidade, transmitindo uma mensagem positiva e inspiradora para os leitores.


As ilustrações coloridas e expressivas de Éric Battut complementam perfeitamente a história, capturando a emoção e a ternura dos personagens de uma forma encantadora. "Você quer ser meu amigo?" é uma leitura que encantará crianças e adultos, incentivando a reflexão sobre a importância da amizade e da aceitação mútua. É uma obra que nos lembra que não importa as diferenças que possamos ter, o verdadeiro amigo é aquele que nos aceita como somos.

[RESENHA #983] Pedro vira porco-espinho, de Janaina Tokitaka


ISBN-13: 9788561695590 ISBN-10: 8561695595 Ano: 2017 Páginas: 32 Idioma: Português Editora: Jujuba

SINOPSE: Que tal discutir com as crianças de onde vêm as emoções? Do que se alimenta a raiva? Por que estamos calmos e de repente - pum - não estamos mais? A autora Janaina Tokitaka conta a história de Pedro, um menino comum que vai levando a vida em suas rotinas de criança. Porém, quando uma dessas coisas não acontece como ele espera, Pedro vira porco-espinho. Com uma metáfora sutil e divertida sobre as transformações do humor e as sensações que experimentamos na vida - que muitos pais podem chamar de 'birra' ou 'manha', o livro convida o pequeno leitor a refletir sobre a origem dos sentimentos.


RESENHA


"Pedro Vira Porco-Espinho" é um livro encantador que nos convida a explorar as complexidades das emoções e a maneira como elas nos afetam. Com uma narrativa envolvente e tocante, a autora Janaina Tokitaka nos apresenta Pedro, um menino comum que vivencia as alegrias e as frustrações do dia a dia. No entanto, quando algo não sai como o esperado, algo mágico acontece: Pedro se transforma em um porco-espinho. Essa metáfora sutil e divertida nos instiga a refletir sobre a origem de nossos sentimentos e como eles podem nos transformar rapidamente. Através dessa história cativante, Tokitaka nos convida a conversar com as crianças sobre a importância de compreender e expressar nossas emoções de maneira saudável. Por isso, convido você a embarcar nessa aventura emocional e descobrir junto com Pedro todos os segredos por trás dos nossos sentimentos.

O livro é uma iniciativa do Itau Cultural na ação Leia com uma criança. No site, há diversos livros animados que podem ser baixados ou lidos online para uma criança. As histórias são carregadas de lições de vida e possuem um enredo acessível e claro com uma história curta de poucas páginas, mas bastante práticas na adoção de práticas docentes.

Resenha: O pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry


ISBN-10: 8522030820
Ano: 2015 / Páginas: 96
Idioma: português
Editora: Agir

Livro de criança? Com certeza. Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tanto milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes?

RESENHA

Embora a notoriedade de O Pequeno Príncipe, demorei algum tempo para enfim conhecer a obra de Antoine de Saint-Exupéry. Um amigo havia me emprestado o livro há anos, mas não iniciei a leitura por motivos que hoje me são desconhecidos. Um outro tinha me enviado o e-book que até hoje repousa em paz na memória do meu computador sem nunca se quer ter sido consultado. Porém, recentemente outro amigo de bom gosto considerável me intimou a começar a leitura logo após eu tê-lo obrigado a ler Extraordinário da Palacio. Dessa vez, não me ludibriei e enfim me adentrei na obra sem hesitação. Obra essa que vinha de encontro as minhas expectativas e recomendações que tanto me foram feitas no passado. Li, portanto, e no final me indaguei sobre escrever ou não uma resenha, visto que na internet já tem um vendaval de resenhas da mesma obra. No entanto, não consegui ficar calado e ansioso que sou, comecei a escrever esse texto que embora acompanhe o rótulo de "resenha" poderia muito bem ter o rótulo de "impressões".

O texto da obra vem acompanhado de um teor infantil, pois a obra é classificada como um livro para crianças, e apresenta na sua linguagem "ingênua" temas universais inerentes ao comportamento humano. Nossa maneira de enxergar o mundo a partir do nosso ponto de vista de "gente grande" é abordada no livro através de personagens caricatos e ao mesmo tempo familiares dada a similaridade de alguns com perfis tão comuns na nossa sociedade contemporânea. Publicado em 1943 no Estados Unidos e na França, o livro que sutilmente descreve o comportamento humano lá de trás continua descrevendo o comportamento humano de hoje e, sem dúvida, continuará descrevendo as outras gerações que virão mais a frente por causa do nosso desvelado individualismo.

O texto é narrado por um aviador que, após sofrer uma pane no deserto do Saara, termina cruzando com uma figura extraordinária a qual ele chama de Pequeno Príncipe, uma criança de cabelos loiros como a cor do trigo que vem acompanhada de uma ingenuidade mesclada com astúcia. O Pequeno Príncipe, habitante de um planeta onde ele diz já ter visto o sol se pôr mais de quarenta e quatro vezes em um dia, decide abandonar seu lar e partir em uma jornada pelo universo depois de se desentender com sua única companhia, uma flor. O jovem passa por seis planetas habitados por indivíduos peculiares que apresentam perfis frequentemente encontrados no nosso dia-a-dia, sendo cada um desses seis planetas habitados por uma única pessoa e, depois de todos eles, ele passa pelo planeta Terra.

No primeiro planeta, o príncipe conhece um rei cujas ordens são dadas apenas se o que foi ordenado já é esperado que se aconteça. Por exemplo, ordenar que o sol se ponha na hora em que o sol se põe todos os dias. Na sua prepotência, o rei representa a necessidade de estabelecer aparências e a afirmação do que não se é tão comum no nosso meio. No segundo planeta, o príncipe encontra um homem vaidoso que, nitidamente, representa a vaidade do ser humano que está ligada ao recebimento de elogios, mas nunca de críticas. No terceiro planeta, o Pequeno Príncipe encontra um bêbado que se embriaga para esquecer a vergonha de beber e que de alguma forma representa a fraqueza do homem e sua inabilidade em lidar com os seus problemas. No quarto planeta, ele encontra um empresário que se diz ser dono das estrelas (porque nunca ninguém antes disse ser dono das mesmas e ele se viu no direito de ser dar tal título) e que está sempre ocupando seu tempo com cálculos. O empresário, portanto, representa a ganância tão presente no homem e necessidade de ter o que nem se quer será utilizado.

O Pequeno Príncipe continua sua jornada até chegar ao quinto planeta, onde ele encontra um acendedor de lampião que de dia apaga e a noite acende o lampião em um lugar onde o dia não dura quase nada e, por causa disso, o acendedor não tempo para aproveitar sua vida. O acendedor acaba representado, portanto, o tempo que gastamos nos dedicando tanto ao trabalho sem aproveitar a vida a nossa volta. Na verdade, tenho trabalhado oito horas por dia desde o início de Junho e chego em casa já indo direto para cama sem aproveitar nada do dia que ainda me resta e, confesso, me senti meio acendedor de lampião quando li esse excerto. Mas tirando as minhas lamúrias, no sexto planeta o Pequeno Príncipe encontra o geógrafo, que conhece montanhas e rios, mas que nunca visitou nenhum desses tantos lugares que há em seu planeta, pois ele apenas descreve o que os olhos de exploradores viram. O geógrafo, portanto, se assemelha as pessoas que não saem do campo da teoria, as que apenas observam a vida passar e não se agitam um instante.

Finalmente, o Pequeno Príncipe chega ao planeta Terra e descreve o lugar como uma mistura do que viu em todos os outros planetas. O nosso querido planeta, portanto, é uma festa de pessoas peculiares que aparentam ser o que não são e que se mergulham em vaidade enquanto não sabem lidar com seus problemas de forma madura e que também não aproveitam a vida e não se deixam permitir. "Na vida a gente nasce, morre e no meio a gente se permite", mas não foi exatamente esse cenário que o pequeno príncipe encontrou por essas bandas de cá e ele expressa isso no texto não com desapontamento, mas apenas com ares de observação.

Os não leitores do livro de certo já devem estar chateados comigo (se é que chegaram até esse ponto do texto), mas não pude deixar de expressar meus sentimentos enquanto caminhava na obra e, por causa disso, alguns (muitos) spoilers me escapuliram. Na verdade, gostaria de continuar falando do resto do livro e incluir as partes que incluem a serpente e a raposa, mas deixo para aqueles que ainda não leram para se aventurarem na obra. Não façam, porém, como eu que posterguei por tanto tempo a leitura. O livro tem menos de cem páginas e uma viagem de ônibus de uma hora (essa é a minha vida) é o suficiente para iniciar e finalizar a obra. Mas vale reafirmar que o livro vai bem além do que ousei descrever. Em um mundo tão cheio de gente grande como o nosso, o autor tenta resgatar através das suas palavras a pureza que acompanha as crianças. Dentre as tentativas de nos fazer enxergar o mundo como os pequeninos, deixo no final do texto o trecho que explicita bem o que interpretei como uma dica para se conseguir tal proeza.

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