Com a morte do pároco da cidade de Leiria, o padre Amaro é designado para o cargo na igreja local e instala-se na casa de S. Joaneira, uma assídua religiosa. Amaro, se encanta com Amélia, filha da hospedeira, e desperta ciúmes no pretendente da jovem. A paixão cresce no antro eclesiástico de Leiria e o padre amaldiçoa o sacerdócio por não permitir que realize os seus desejos.
A sequência dos eventos na narrativa segue uma ordem cronológica e linear, começando com o namoro de Luísa, passando pela morte de sua mãe e pelo abandono de seu namorado, e se estendendo pelos três anos de seu casamento com Jorge, até a viagem e o retorno dele. A história se desenrola no final do século XIX.
“O Primo Basílio” é uma obra-prima da literatura portuguesa, um retrato vívido e incisivo da sociedade lisboeta do século XIX. Eça de Queirós, com sua escrita elegante e perspicaz, cria personagens memoráveis e uma trama envolvente que mantém o leitor cativado do início ao fim.
A história, embora ambientada em uma época e lugar específicos, tem uma ressonância universal. As questões de amor, traição, hipocrisia social e a busca por significado na vida são tão relevantes hoje quanto eram na época de Eça de Queirós.
A habilidade de Eça de Queirós em descrever as nuances da natureza humana e as complexidades da sociedade é verdadeiramente notável. Ele não apenas conta uma história, mas também oferece uma crítica social perspicaz que força o leitor a refletir sobre suas próprias crenças e comportamentos.
Em suma, “O Primo Basílio” é uma leitura obrigatória para qualquer amante da literatura. É uma obra que desafia, entretém e ilumina, deixando uma impressão duradoura muito depois de a última página ter sido virada.