Neto, Torquato, 1944-1972 / O fato e a coisa / Torquato Neto. -- São Paulo: Círculo de poemas, 2022.
Hoje, 50 anos após a trágica morte de Torquato Neto, sua coleção de poemas é uma homenagem ao seu grande legado. Seu amor por sua cidade natal, Teresina, bem como suas viagens por Salvador e Rio de Janeiro, são retratados em seus versos. Referências de Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes aparecem em suas obras, refletindo o intenso período de produção literária. Torquato também abraçou a jornada tropicalista, compartilhando amizade com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Nara Leão, e cantando em seus poemas: "Viva Caetano e Bethânia / (...) Viva que eu os conheço / E eu os amo de longe ou perto". Esta coletânea de versos é uma homenagem ao trabalho de Torquato Neto e às vidas que tocou.
“Tenho rins e eles me dizem que estou vivo”, escreve Torquato num de seus versos. Passado todo esse tempo, sua obra segue viva e se espalha cada vez mais entre nós, fazendo a cabeça e o coração de gerações.
Torquato Neto nasceu em 1944, em Teresina, Piauí. Foi poeta, letrista e colunista de jornal. Sempre ligado às vanguardas artísticas, participou ativamente do Tropicalismo ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Nara Leão etc. É autor de algumas das letras mais inventivas da música popular brasileira, como “Geleia geral”, “A coisa mais linda que existe” e “Todo dia é dia D”. Faleceu em 1972, no Rio de Janeiro.