O ciúme ganhou dimensão clássica a partir de Otelo, que é personagem citado sempre como seu grande símbolo. Shakespeare vai fundo ao construir esta tragédia em que explora várias faces da alma humana. O pérfido Iago conduz Otelo a um ciúme infernal e enlouquecedor. O bravo mouro, veterano de terríveis batalhas e representante militar do reino de Veneza, capitula diante do mais mesquinho sentimento em relação à bela Desdêmona.
A trama de William Shakespeare gira em torno da inveja e traição, logo no inicio um contexto do que será a história é revelado, com Iago, alferes de Otelo, que por vingança ao general porque ele promovei Cássio, que até então era somente um jovem soldado ao posto de tenente, assim tramou com Rodrigo um modo para contar a Brabâncio que o Mouro estaria casado com sua filha, Desdêmona. Após tomar ciência disto, Brabâncio foi procurar Otelo para, enfim, mata-lo, mas ao se encontrarem um recado do duque leva-os à uma reunião no conselho, onde lá, o pai revoltado, sem provas, acusou o pobre Mouro de ter induzido sua filha por meio de bruxarias a casar-se, porém, como homem de confiança do Estado, o general tomou a fala e relatou sua história de amor que foi confirmada pela própria Desdêmona, logo depois Otelo foi inocentado.
Na manhã seguinte o casal seguiu para o Chipre, em barcos separados, porém no meio do caminho uma tempestade separou os barcos, mas o que não impediu do casal chegar a ilha, Desdêmona um pouco antes. Após sua chegada, Otelo fala uma boa notícia, a que a guerra tinha acabado.
Iago, não muito feliz, começou a criar planos de vingança, sabendo que Cássio era o principal homem de confiança do Mouro, então pensou em estratégias de atrapalhar os dois por meio do ciúme. Iago induziu Cássio a se embriagar e brigar com Rodrigo, fazendo com que Otelo o tirasse do seu posto, logo em seguida Iago começou o seu plano, jogando Cássio contra Otelo, alegando que a decisão do general teria sido muito rude e severa e deu a ideia de Cássio ir pedir a Desdêmona que Otelo o colocasse de volta a seu posto. Sem perder tempo, Iago seguiu a Otelo insinuando que Cássio estaria tendo um caso com Desdêmona. Sabendo que o Mouro teria presenteado sua esposa com um lenço e que o mesmo acreditava que este presente seria o responsável pela felicidade do casal, Iago, com ajuda de sua mulher Emília, conseguiu pegar o lenço e assim disse a Otelo que sua espero teria presenteado Cássio com o lenço, enquanto Otelo foi perguntar a Desdemôna sobre o lenço, Iago colocou o mesmo no quarto de Cássio.
Iago fez com que Otelo ouvisse uma conversa dele com Cássio, em que os dois falavam de Bianca, amante de Cássio, mas como Otelo ouviu apenas parte da conversa pensou que os dois estavam falando de sua esposa. Logo depois, Bianca apareceu com um lenço perguntando qual sua origem, ao ver isso Otelo ficou fora de si, pelo fato de que Desdêmona teria dado um bem tão precioso a outro homem.
As consequências desse ato de Iago foram terríveis, primeiro Iago jurou lealdado ao general dizendo que mataria Cássio, mas o que queria mesmo era matar Rodrigo e Cássio ao mesmo tempo para que eles não estragassem seus planos, mas aconteceu totalmente diferente o que ele esperava, pois Rodrigo morreu e Cássio apenas ficou ferido, depois Otelo, desesperado e descontrolado, foi até o quarto de sua esposa e a matou.
Após tudo isso, Emília revelou a Otelo que tudo não passava de uma armação de Iago e que Desdêmora jamais trairia Otelo, então como vingança Iago matou Emília e fugiu, porém foi capturado logo depois. Desesperado Otelo apunhalou em si mesmo uma faca, caindo sobre o corpo de Desdêmona e morreu a beijando.
Como final, Cássio assumiu o lugar de Otelo e Iago foi julgado.
Por ter uma linguagem não usual para a atualidade, Otelo, o Mouro de Veneza possui uma leitura “pesada” e não muito atrativa, porém ao iniciar a leitura percebe-se que o autor aborda uma história complexa e que prende o leitor. Uma obra surpreendente com um final inesperado, essa é a frase que melhor resume este livro, mas, em meu consenso pessoal, esta obra não agradou, mesmo sendo surpreendente ela demonstra ser muito monótona, sem alterações entre os atos, todos seguem o mesmo ritmo e possui um mistério. Ela demonstra ser uma obra direta, simplesmente para mostrar logo ao leitor como ela se desvendará.
Curiosidades
- Otelo é uma das peças mais curtas de Shakespeare, com apenas 3.333 linhas.
- A primeira apresentação de Otelo foi registrada em 1604, mas acredita-se que a peça tenha sido escrita alguns anos antes.
- Otelo é a primeira peça de Shakespeare a apresentar um personagem negro como protagonista.
- Otelo é uma das peças mais adaptadas de Shakespeare, tendo sido filmada e encenada inúmeras vezes.
Período histórico
Otelo é ambientado na cidade de Veneza, no século XVI. A peça retrata a tensão entre cristãos e muçulmanos, que era uma realidade na época.
Importância política
Otelo é uma crítica ao racismo e à intolerância. A peça mostra como o preconceito pode levar à tragédia.
Personagens
- Otelo: Um general mouro a serviço da República de Veneza.
- Desdêmona: Uma jovem veneziana que se casa com Otelo.
- Iago: Um suboficial de Otelo que é invejoso e vingativo.
- Cássio: Um tenente de Otelo que é promovido por Desdêmona.
Importância e relevância social
Otelo é uma peça importante e relevante por várias razões. Em primeiro lugar, é uma obra-prima da literatura universal. Em segundo lugar, é uma crítica ao racismo e à intolerância. Em terceiro lugar, é uma história emocionante e envolvente que continua a ser relevante nos dias de hoje.
A peça aborda temas como o amor, o ciúme, a traição, o racismo e a intolerância. É uma história universal que fala ao coração de todos.
Otelo é uma peça que continua a ser representada em todo o mundo. É uma história que nos ensina sobre o poder do amor, o perigo do ciúme e a importância da tolerância.
