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5 livros para você conhecer a Códice Editorial


A Códice Editorial é uma editora nova no mercado que tem se consolidado e ganhado espaço nas redes com a apresentação de seu catálogo, que tem se mostrado promissor e rico em diversidade. Pautada não somente na publicação de livros, mas também na prestação de serviços editoriais, como leitura crítica, publicação, impressão sob demanda, entre outros, a Códice Editorial tem se mostrado cada vez mais abrangente na diversificação do catálogo e dos gêneros publicados. Isso revela que seu catálogo será vasto e extremamente competitivo. Uma editora para acompanhar de perto.

Alguns dos livros publicados pela Códice  Editorial podem vistos abaixo:


Bia quer ser fada


Autor: Josy Souza
Sinopse: “O que você quer ser quando crescer?” Bia tinha a resposta na ponta da língua quando a professora fez a pergunta para toda sala de aula. Era claro para ela: queria ser fada. No entanto, como fazer isso quando todos os colegas riem e insistem que esses seres cheios de encanto não existem? Após ganhar um presente especial, Bia vai descobrir que as fadas têm uma missão muito importante e que a magia pode estar escondida por trás de uma simples atitude. Basta procurar

É que essa pequenez do (nosso) universo sempre me assustou um pouco

Autor: Rafaella Pastore Miotto

Sinopse: "É Que Essa Pequenez do (Nosso) Universo Sempre Me Assustou Um Pouco" é uma jornada poética e introspectiva que mergulha nos mais profundos sentimentos e reflexões sobre o universo, o lugar que ocupamos nele e a sua imensidão (ou a falta dela). Desde o primeiro texto, somos apresentados a uma escritora que se vê refletida nas palavras que ela própria compõe. Ao abordar a solidão e a dor que carrega consigo, a autora revela a sua própria luta interna, compartilhando as dificuldades enfrentadas para superar as mágoas e tristezas. Ela explora a ideia de que cada pessoa é responsável por salvar-se, por encontrar sua própria luz em meio à escuridão, assim como também oferecer uma mão amiga a si mesma. Ao longo do livro, a prosa poética continua a explorar essas questões existenciais, levando os leitores a uma jornada tocante e profunda. Com uma linguagem poética rica em emoções e simbolismos, o livro convida o leitor a refletir sobre a vastidão do universo e nossa conexão com ele, destacando como nossa pequenez nesse cosmos pode ser assustadora, mas ao mesmo tempo, uma fonte inesgotável de maravilhas e descobertas interiores. "É Que Essa Pequenez do (Nosso) Universo Sempre Me Assustou Um Pouco" é uma obra que ressoa com aqueles que buscam uma conexão mais profunda consigo mesmos e com o universo, desvendando as complexidades da alma humana e as reflexões sobre nossa existência no vasto e misterioso cosmos.


Cartilha Ecumênica - Ritual das Exéquias

Autor: Cláudio Jr.
Sinopse: Iniciada em 2019, esta obra inédita carrega orientações para leigos, religiosos e todas as pessoas com interesse ao movimento celebrativo no prisma ecumênico e inter religioso. Esta obra vem para auxiliar nas mais distintas modalidades de ritos em celebrações e bençãos das exéquias em funerais humanos e pets (cremação e sepultamento). Distinta dos demais rituais, esta contempla diversas expressões religiosas, filosofias de vida ou modos de fé, são elas: Cristianismo; Judaísmo; Espiritismo, Matriz africana; maçonaria; agnosticismo; ateísmo; protestantismo; entre outras. A leitura proporcionará uma profunda reflexão, viandantes para as principais esferas religiosas, o leitor é convidado para ler com os olhos do coração o ritual das exéquias, com a certeza de que o Espirito do Senhor é o grande condutor. Assim como vários líderes religiosos, elucidando Jesus como modelo, que mesmo sendo leigo na sua época, revolucionou seu tempo e é a inspiração e farol para o grande desafio da contemporaneidade. Que possamos encontrar em nossos corações, o ardor ecumênico do qual o mundo está tão sedento, irmanados ao amor que nos impulsiona!


O patrulheiro literário

Autor: Vinícius Lima Costa

Sinopse: Todos os escritores permanecem vivos em suas obras para além de sua existência, mas será que eles vão para algum lugar após deixarem o nosso mundo? A cada quatro meses, um navio atraca no porto de Bela Leitura e dele desembarcam as mentes criativas por trás das histórias que permeiam nosso imaginário desde o início dos tempos. Com exceção de uma rusga entre vizinhos, afinal Sir Arthur Conan Doyle e Maurice Leblanc talvez nunca cheguem a uma trégua, e algumas festas que saem do controle no bairro do Terror, a paz aparentemente impera nesse universo fantástico, até que uma ameaça surge disposta a destruir o lugar e toda a preciosa literatura produzida por seus habitantes. Quando várias tentativas de combater o mal que se aproxima se mostram infrutíferas, caberá a Arquimedes, um bibliotecário um pouco nerd, muito fã dos Beatles e dono de uma mente singular, salvar a todos nessa aventura com pitadas de mistério e ficção cientifica.


Rompendo Fronteiras

Autor: Beto Buckmann
Sinopse
ANDRÉ COMTE-SPONVILLE ESCREVEU:..."muitos são filósofos sem serem profissionais da filosofia, e é melhor assim; e alguns são profissionais ou professores de filosofia, sem que por isso sejam filósofos, e azar deles." Nos primeiros citados por Sponville, se enquadra Beto Buckmann, que nesse livro aborda o tema da fronteiras, tanto físicas como intelectuais e filosóficas, que impactam a evolução e desenvolvimento da humanidade, destacando a importância de seguir o intelecto para chegar a conclusões significativas. O ensaio menciona como as fronteiras evoluíram ao longo do tempo, passando das barreiras físicas até a criação de fronteiras mais complexas e abstratas, como a propriedade privada e as divisões sociais. Destacando a importância da educação como uma das principais fronteiras a serem derrubadas para alcançar um mundo melhor, traz um histórico sobre o nascimento e os rumos da educação no mundo e em particular, como ocorreu e ocorre no Brasil, desde a colonização até aos dias atuais. A religião também é mencionada como uma grande fronteira, com suas próprias sub-fronteiras e barreiras. Abordando as várias religiões e suas influências históricas, traz registros históricos sem oferecer soluções, mas incentivando aos leitores a tirarem suas próprias conclusões. A perspectiva cósmica é introduzida como uma maneira de ressaltar a insignificância dass fronteiras terrestres diante da vastidão de cosmos. Numa escrita direta e clara, com uma abordagem filosófica para analisar o conceito de fronteiras em várias dimensões, reconhece o papel das pesquisas e das leituras para embasar o conteúdo do livro.

[RESENHA #981] Capitalismo e escravidão na sociedade pós-escravista, de José de Souza Martins


Segundo a Organização Internacional do Trabalho, hoje ainda há 27,6 milhões de trabalhadores, no mundo inteiro, sob diferentes formas de escravidão. Destes, quase quatro milhões estão nas Américas. Neste livro, o autor se propõe a desvendar e explicar essa anomalia social e moral no contexto brasileiro, com base na informação empírica já abundante sobre o tema da continuidade disfarçada da escravidão no período pós-escravista.


RESENHA

[...] o nome correto do que é o trabalho de quem vive sob a violência da injustiça: escravidão. (in - prólogo, p.8)


A obra Capitalismo e escravidão na sociedade pós-escravista é um estudo minucioso do autor José de Souza Martins em relação as diversas faces da escravidão na contemporaneidade. O autor inicia sua análise comparando os trabalhos atuais aos trabalhos exercidos no período da escravidão citando casos de exploração de mão de obra humana em condições análogas à escravidão. 


Ainda agora, em 2023, dois fazendeiros do sul do Pará foram condenados a cinco anos de prisão pela submissão de 85 trabalhadores a trabalho análogo ao de escravidão. A ocorrência é de 2002, mas o crime de escravidão  é imprescritível. (p.10)


A condenação é uma vitória para o Brasil, levando em consideração a condição capitalista no Brasil, que, em outras palavras, leva-nos a uma contradição, uma vez que, estes trabalhadores explorados, na maioria das vezes, levados por sua condição e posição social, estudo, desinformação ou segregação, se submetem à trabalhos exaustivos pela sobrevivência. Este fato faz-nos pensar que dentre os diversos casos de exploração de mão de obra de forma desumana é, em síntese, uma ausência de escolha para alguns trabalhadores em nome dos fatores econômicos que movem a sociedade. Desta forma,  podemos elucidar que esta obra não é apenas um estudo da escravidão, mas das engrenagens que tornam o capitalismo uma ferramenta fomentadora da desigualdade, levando-nos a entender como o capital se organiza nas áreas econômicas da quase ausência total de intervenção dos governos.


[...] trata-se de um estudo sobre o modo como o capital se organiza, empreendimentos econômicos em áreas de condições sociais, econômicas e ambientais de quase ausência do Estado, em face das quais não tem sido incomum o recrutamento de trabalhadores, já antemão previsto, mas não relevado, que trabalharão como escravos. (p12)


Ao falarmos de escravidão atual - ou contemporânea -, estamos falando claramente de uma problemática social inserida no seio das contradições em nome de um capitalismo parasitário, claudicante, problemático que atravessa, acima de tudo, os interesses econômicos acima da racionalidade, de forma que, a sociedade, em maior parte, acabe por ser condenada pela ausência de apoio, estudo ou força maior que pare o parasitarismo do capitalismo no campo social na exploração desregrada de trabalhadores. Desta forma, podemos entender que a escravidão se recria sob as tensões da transformação social e ao mesmo tempo não se recria apenas. (p.19).


Para tal, o autor analisa a obra capital,  de Karl Marx, situando de forma clara o desafio interpretativo das análises de Marx sobre os lugares e os processos e determinações da totalidade. 


Marx se defrontou com a mesma incerteza no trato da questão da renda da terra e sua importância no desenvolvimento do capitalismo na Rússia e que o desfecho teria para configurar um possível histórico de tipo socialista [...] No Brasil, também temos um período de incerteza quanto ao tipo de capitalismo que aqui se desenvolveria a partir da crise da escravidão no século XIX. Boa parte dela na mesma época das análises de Marx. (p.25)


Só no regime militar e em decorrência do golpe de Estado em 1964 a questão agrária brasileira ficará definida com a reforma constitucional que deu viabilidade legal a função social da propriedade prevista na Constituição de 1946, com o Estatuto da Terra e com a política de incentivos fiscais à ocupação econômica de um território de cerca de mais da metade do país que foi definido como Amazônia Legal. Desta forma, durante a expansão do capitalismo brasileiro, os trabalhadores escravizados detinham dois cumprimentos frequentes para ampliação do capital: a mão de obra barateada e a função de criador de capital constante com a exploração da mão de obra no processo de barateamento dos meios de produção, criando assim, uma paralisação dos valores criados durante o trabalho para agregação na terra ao qual se era - ou é - investido.


 se o capitalismo fora uma possibilidade contida na escravidão, no capitalismo pós-escravista o não capitalismo de relações retrógradas era e é uma necessidade histórica do próprio capitalismo, o outro lado do processo do capital (p.33). Em outras palavras, o capitalismo já estava presente, de algum modo, no sistema de escravidão. Isso significa que, mesmo na estrutura de propriedade de escravos, havia algum aspecto de acumulação de capital, embora baseado na exploração de trabalho escravo.


No entanto, após o fim da escravidão, surgiu a necessidade histórica de relações não capitalistas como uma resposta ao próprio capitalismo. Isso significa que, para se manter e se perpetuar, o capitalismo precisava de outros mecanismos econômicos que não dependessem exclusivamente das relações capitalistas, que seriam retrógradas. Essas outras formas de relações econômicas podem incluir o trabalho assalariado, economias informais ou outros tipos de relações que não se baseiam unicamente na propriedade privada e na busca de lucro. Sugerindo que essas relações não capitalistas são uma parte essencial do processo capitalista, funcionando como um contraponto necessário para a sua continuidade.

O autor ainda cita um exemplo claro dessa relação não capitalista: No Brasil decorrente da abolição da escravatura, em particular na economia do café, era o caso da autorização do cultivo próprio de alimentos pelo colono, nas leiras do cafezal, pagando-o ele, assim, com renda em trabalho no trato do café em vez de receber pagamento pelo trabalho nelas realizado simultaneamente ao trato dos cafeeiros. (p.34).

A escravidão contemporânea não é um detalhe de um segmento do capitalismo, que possa ser estudado à parte como se fosse um todo como legalidade própria. Na verdade, trata-se de mediação constitutiva da totalidade do processo do capital. Escravidão contemporânea e capitalismo se determinam reciprocamente. (p.41).

A partir destes pressupostos, o autor trabalha o sujeito sociológico; o problema decorrente da problemática na sociologia; o desenvolvimento desigual do trabalho livre; trabalho cativo e as contradições dos cativeiros na história social.


O AUTOR 
José de Souza Martins é sociólogo. Professor Titular aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, da qual se tornou Professor Emérito em 2008. Foi professor visitante da Universidade da Flórida (EUA) e da Universidade de Lisboa, havendo sido eleito professor da Cátedra Simón Bolívar da Universidade de Cambridge e fellow de Trinity Hall (1993-1994). Em 2015, foi eleito para a Cadeira nº 22 da Academia Paulista de Letras. Autor de mais de duas dezenas de obras, publicou, pela Editora Unesp, o livro de crônicas O coração da Pauliceia ainda bate (2017, em coedição com a Imprensa Oficial), que em 2018 recebeu menção honrosa no Prêmio Abeu e foi finalista do Jabuti. É autor também de Sociologia do desconhecimento (2021), 2º colocado na categoria Ciências Sociais do Prêmio Abeu 2022, e As duas mortes de Francisca Júlia (2022).

[RESENHA #980] Leveza do efêmero, de Raquel Lopes

À medida que nos deliciamos com a leveza do tempo, podemos contemplar a beleza da vida. Pela janela, assistimos ao mundo em constante movimento, com as suas cores e formas únicas. Os raios de luz que se infiltram pelas frestas nos lembram que, mesmo nas situações mais difíceis, sempre há um vislumbre de esperança. E a vela bruxuleante simboliza a esperança que nunca deve se extinguir dentro de nós. Como uma linda flor que desabrocha na primavera, devemos nutrir essa esperança em nossos corações e deixá-la florescer para iluminar nosso caminho. Na leveza do tempo, aprendemos que a vida é um dom precioso, e devemos aproveitar cada momento e vivê-lo ao máximo. Poemas que abraçam a beleza da vida e aproveitam ao máximo cada segundo efêmero.


RESENHA

A obra "Leveza do Efêmero" é uma coletânea de poemas que nos convida a refletir sobre a vida em constante movimento. Com uma linguagem poética marcada por figurativos metafóricos, a autora Raquel Lopes nos conduz por uma trilha desafiadora, onde somos impregnados tanto pelo racional quanto pelo emocional. Nesse caminho, somos confrontados com a dureza do tempo, que nos tatuam sem nossa escolha. No entanto, a poeta nos incentiva a não cansar de sonhar em nosso mundo fantástico e a não dar espaço para a dor. Em um momento de incertezas e perdas, a obra nos proporciona uma redescoberta dos valores, nos convidando a trilhar novos caminhos e a entender que, quando unidos, encontramos abrigo mesmo nas nuvens mais escuras. A autora nos mostra que o tempo é livre e voa tranquilo como um passarinho, nos convidando a deixar a lua encher nosso olhar e aprender a amar. Com uma linguagem sensível e musical, Raquel Lopes nos leva em uma jornada poética que não é meramente lúdica, mas sim uma ocupação séria e desafiadora. A autora demonstra ser uma esgrimista diante dos desafios da vida, tratando-os com a necessária seriedade. Os poemas presentes em "Leveza do Efêmero" dispensam qualquer comentário prévio, impondo-se aos olhos e coração dos leitores.


O poema "Leveza do efêmero", de nome homônimo à obra, retrata a apreciação da autora pela natureza e a constante transformação que ocorre ao seu redor. Através de imagens vívidas como "botões de rosas" e "pétalas das flores", a poeta exprime sua admiração pelas delicadezas e belezas presentes nas coisas simples da vida. Ela destaca também o prazer que encontra no cheiro das árvores e no vento que refresca, ressaltando a importância de estar conectada com o mundo natural.


A ideia de transformação é um tema presente ao longo do poema. A autora observa que a vida está em constante movimento e que tudo se refaz com o passar do tempo, desde pequenos momentos do dia a dia ("Um dia ou dois sem pressa ou depois") até períodos mais longos ("Um ano a mais / Mil séculos"). Essa noção de eterno recomeço sugere uma visão otimista sobre a vida, evidenciando a crença da autora na possibilidade de renovação e no ciclo contínuo de transformação.


Além disso, o poema menciona as aves migratórias, animais domésticos e selvagens, assim como a presença do veneno e sua ausência, enfatizando a diversidade e complexidade da natureza. Essa variedade de elementos reforça a conexão entre todos os seres vivos e destaca a importância de valorizar e respeitar a biodiversidade.


Através da simplicidade e singeleza da linguagem poética, o poema "Leveza do efêmero" nos convida a refletir sobre a beleza e as transformações presentes na natureza, assim como nos faz lembrar da importância de nos conectarmos com o mundo natural e apreciar as coisas simples da vida.


O poema "Morena Rosa" retrata uma figura feminina, simbolizada pela cor morena, que é exaltada e admirada pelo eu lírico. Através de metáforas e imagens poéticas, o poema transmite uma sensação de encantamento e beleza.


No primeiro verso, "Morena Rosa, de amor e gotas de orvalho", o eu lírico descreve a personagem central como sendo repleta de amor e pureza, representada pelo orvalho. Essa personificação cria uma atmosfera romântica e encantadora em torno da personagem.


O segundo verso, "O dia faz tua música uma lira na verdade e amor", utiliza a imagem da música e da lira para descrever a harmonia e beleza que emanam da personagem. Através dessa metáfora, o eu lírico demonstra como a presença da personagem transforma a realidade em algo poético e harmonioso.


O terceiro verso, "Escrita sobre as águas do destino que cruzou teu caminho", sugere que a personagem tem uma história marcada por encontros e desafios. A expressão "águas do destino" remete à ideia de que as experiências vividas moldam a personalidade da personagem, tornando-a mais interessante e complexa.


Os versos seguintes ressaltam a delicadeza e a bondade presentes no coração da personagem, que são comparadas às pétalas de uma flor. Essa imagem evoca a ideia de fragilidade, mas também de beleza e suavidade.


Em relação à cor da personagem, o eu lírico afirma que a admira, o que sugere que essa cor desempenha um papel especial na atração que a personagem exerce sobre o eu lírico.


O poema também menciona o sorriso contagiante da personagem, que é destacado como algo mágico e encantador. Essa imagem reforça a ideia de que a personagem possui um charme especial e é capaz de influenciar positivamente aqueles ao seu redor.


Por fim, o poema conclui com uma mensagem de otimismo e incentivo, ao sugerir que a personagem não deve permitir que a dor ocupe espaço em sua vida.


Em resumo, o poema "Morena Rosa" retrata uma figura feminina encantadora e admirada, descrevendo sua beleza, bondade e otimismo. Através de imagens poéticas e metáforas, o poema transmite uma atmosfera de encantamento e beleza, destacando as qualidades especiais da personagem central.


O poema "Cantando Calmaria" retrata a visão do sono como um refúgio para os inocentes, aqueles que ainda não foram corrompidos pelo conhecimento do mundo e pelas dificuldades da vida. O autor destaca a ingenuidade das crianças, que apenas desejam sonhar sem carregar os fardos que o mundo impõe. 


O sono é apresentado como uma dádiva, um estado de tranquilidade que oferece alívio das preocupações e responsabilidades cotidianas. É um momento de descoberta da sua utilidade, de renovação das energias e de escapismo. 


Por meio da metáfora das nuvens, o poeta sugere que no sonho não existem pesos ou lembranças dolorosas que assombrem o indivíduo. O tempo no sono é percebido como lento e contínuo, permitindo uma fuga temporária da agitação e das pressões da realidade. 


O poema também traz a presença do vento, que circula em casa do autor, personificando-o como um elemento que também está em um estado de repouso. O vento, assim como o sono, contribui para a criação de um ambiente tranquilo e sereno, cantando uma canção de calmaria. 


No geral, o poema transmite uma ideia de nostalgia e de desejo por um momento de paz e leveza, onde o sono se apresenta como uma fuga temporária dos problemas e uma forma de manter a inocência e a serenidade diante das dificuldades do mundo.


O poema "Início do Fim" é um olhar melancólico sobre a passagem do tempo e o fim de um relacionamento. O eu lírico expressa a sensação de ter perdido o controle sobre o tempo, representado pelo relógio do sol que arde em suas mãos. As horas da pessoa amada voaram rapidamente, sem prazo para contagem, como se tivessem sido levadas por uma tempestade desconhecida.


A partir desse ponto, o poema sugere uma separação entre o eu lírico e a pessoa amada. O tempo se desfez, as horas acabaram, e o eu lírico lamenta não conseguir mais ver os olhos da pessoa amada, nem mesmo a sua sombra que o acompanhava. Essa sombra simboliza a ligação entre eles, o destino que havia sido traçado.


No entanto, o poema termina com uma nota de esperança. O eu lírico afirma que voltarão, talvez por ali, um dia. Essa referencia sugere a possibilidade de um reencontro ou uma reconciliação futura. O termo "chuvoso início do fim" fecha o poema com uma atmosfera melancólica, indicando que o fim do relacionamento está se aproximando ou já começou. A chuva, símbolo de tristeza e renovação, contribui para reforçar o tom nostálgico e depressivo do poema.


No seu conjunto, "Leveza do Efêmero" revela a sensibilidade e a capacidade de Raquel Lopes em abordar temáticas universais através de imagens poéticas e atmosferas marcantes. A escritora consegue transmitir suas emoções e pensamentos de forma precisa, evocando nos leitores sensações de melancolia, esperança, nostalgia e tranquilidade. A obra convida o leitor a refletir sobre a passagem do tempo, os relacionamentos humanos e a busca por momentos de paz, serenidade e leveza em um mundo cada vez mais efêmero.

[RESENHA #979] Mogens, de Jens Peter Jacobsen

No final do século XIX, a Dinamarca viveu um período de intensa efervescência intelectual e literária, sendo que essa época foi marcada por influências significativas. Enquanto George Brandes proferia discursos sobre as principais correntes da literatura do século XIX, Henrik Ibsen questionava de maneira profunda e incisiva a teoria evolucionária e o darwinismo que encontravam eco na Inglaterra, do outro lado do Mar do Norte. Nesse cenário de conflitos e controvérsias entre o velho e o novo, teorias eram defendidas e atacadas com extrema violência. Entretanto, nesse contexto, Jens Peter Jacobsen se destacou como um artista singular, preocupado unicamente em ser um criador de beleza e um buscador da verdade.


As suas obras, repletas de cores vívidas e que jamais desbotam, mostram a paixão de Jacobsen pela forma e estilo, estampando-os suavemente, mas com força e intimidade, assemelhando-se ao toque singular de um violino ao interpretar a leitura da vida. Além disso, Jacobsen é muito mais do que um simples estilista; ele é preciso em sua observação e minucioso nos detalhes, revelando uma compreensão profunda e íntima do coração humano. Os seus personagens são construídos a partir de uma combinação entre experiência e imaginação, revelando como são moldados e modificados por fatores físicos, hereditários e ambientais.


Jacobsen acreditava que todo livro de verdadeiro valor deve incorporar a luta de uma ou mais pessoas contra tudo o que tenta obstruir sua existência única. Esse espírito essencial permeia toda a sua obra, sendo presente em personagens como Mogens. Nascido em 1847, em uma pequena cidade dinamarquesa, Jens Peter Jacobsen já demonstrava talento para a ciência desde jovem, mas acabou optando pela literatura após contrair tuberculose. O restante de sua vida foi vivido de maneira simples e corajosa, sendo marcada por uma devoção apaixonada à literatura e batalhas constantes contra problemas de saúde.

O seu método de trabalho era lento e meticuloso, evitando os círculos literários da capital para ter tempo de realizar a sua obra antes que o tempo lhe fosse tirado. Sob a influência de George Brandes, que o encorajou, Jacobsen publicou diversos romances. Embora de pequena quantidade, a sua contribuição para a literatura escandinava foi monumental, já que ele criou um novo método de abordagem literária e uma nova forma artística que influenciou diversos escritores desde então.


Mogens é uma obra de contos escrita pelo autor dinamarquês Jens Peter Jacobson, a obra marca a passagem do romantismo para o naturalismo. A escrita é marcada pela presença da descrição rica e detalhada do espaço ao qual o enredo se desenvolve, tendo suas descrições do tempo e do espaço em quase toda a obra ao qual os acontecimentos se discorrem. A princípio, a obra narra a vida de um homem, de nome Mogens, que está apreciando a natureza e a chuva, ele molha-se, canta e dança despretensiosamente enquanto é observado por uma pequena garotinha em um arbusto próximo, ele então observa seu cachecol preso e decide vê-la mais de perto enquanto seu rosto e corpo estão molhados pela água da chuva que cai. Ela assusta-se e corre desesperadamente entre a floresta e desaparece, ele, após percorrer um longo trajeto em busca da garota, decide adiar sua busca e cai na gargalhada rindo de todo acontecimento, que, em primeira análise, causa estranhamento no leitor não somente pela reação do homem, mas por sua implacável decisão de busca pela garota em meio à floresta. 


Fazia um calor sufocante, o ar tremulava e tudo ao redor guardava silêncio; as folhas dormitavam nas árvores, e nada se mexia além das joaninhas nas urtigas e das folhas murchas que se espalhavam pela grama [...] (p.6)


Tudo cintilava, luzia e chapinhava. Troncos, galhos, tudo brilhava de umidade, cada pequena gosta que caía na terra, na grama, na escada junto à cerca, no que quer que fosse, dividia-se e espalhava-se em mil pérolas delicadas [...] (p.7)


A história segue narrando o encontro do Magistrado do Cabo de Trafalgar e sua filha com Mogens. Ao caminharem até a porta da casa do guarda da floresta, Nikolai, a menina assustou-se pois viu nele o reconheceu nele o homem que cantarolava na floresta. Eles então decidem sair para velejar em seu barco, trocando breves conversas com a filha do magistrado.


“Mas poesia? Oehlenschlager, Schiller e os outros?”
“Oh, claro que os conheço; tínhamos uma estante cheia deles em casa, e a Srta. Holm —  — lia-os em voz alta depois do almoço e à noite; mas não posso dizer que me importei com eles; Eu não gosto de versos.
“Não gosta de versos? Você disse que sim, sua mãe não está mais viva?
“Não, meu pai também não.”
Ele disse isso com um tom um tanto taciturno e hostil, e a conversa foi interrompida por um momento e tornou possível ouvir claramente os muitos pequenos sons criados pelo movimento do barco na água. A garota quebrou o silêncio:
“Você gosta de pinturas?”


O conto segue entre os discursos proferidos por Kamilla e Mogens que se mostra cada vez menos interessado nos tópicos, pois suas vontades e desejos eram o oposto dos quais a Kamilla poderia prever, até mesmo seu gosto pela matéria e pela natureza era um ponto distinto em sua consciência. A obra também narra um relacionamento marcado por poucas palavras, mas com uma admiração latente que se forma entre os dois. Com o tempo, o relacionamento de ambos amadurece em admiração, fazendo-o criar coragem e pedi-la em namoro:

[...] Eu quero perguntar uma coisa à senhorita, mas antes prometa que não vai rir de mim [...] Aqui está a mesa e lá está a cerca. Se a senhorita não quiser ser minha noiva, eu vou sair correndo, pular com o cesto por cima da cerca e desaparecer. Um. (p. 26)

Kamilla continua - Dois. A expressão do rapaz é de pura palidez - eu quero, ela diz. A partir deste ponto a história se debruça sobre a relação de ambos, um acontecimento que remete ao luto e ao inesperado, ao encontro de uma jovem moça chamada Laura, ao destino e desatino entre o caminho de Mogens e uma moça de nome Tora.

Como o próprio período da obra propõe como estética e influência, a obra de Jacobsen é profundamente focada em eventos traumáticos - a criação longe do pai, a morte da mãe, a perda do primeiro amor, os momentos de fraqueza e reflexões dolorosas - como imaginar a morte de uma amante mesmo com ela viva - até mesmo seus devaneios e cânticos em meio ao nada na natureza. As descrições da natureza e dos arredores ocupam grande parte da narrativa, o que pode ser, para alguns, cansativo, mas para os apreciadores da boa arte de escrever e viver um clássico, esta característica é a primazia da felicidade do leitor, que permite que sintamos e nos conectemos de forma mais íntima com o autor e com sua vida.


Leia também:

10 livros essenciais para quem deseja estudar literatura

A literatura é uma das formas mais poderosas de expressão humana, capaz de nos transportar para universos paralelos, despertar emoções e nos fazer refletir sobre a complexidade da condição humana. Para aqueles que desejam aprofundar seu conhecimento nessa arte, selecionamos os 10 livros essenciais para o estudo da literatura. Essas obras foram escolhidas por sua relevância histórica, impacto cultural e contribuições para o desenvolvimento da escrita literária. Com essa seleção, esperamos não apenas proporcionar uma rica experiência de leitura, mas também ampliar o entendimento e apreciação dos mais diversos gêneros e estilos literários. Prepare-se para se surpreender, se emocionar e se encantar com essas obras-primas que marcaram e continuam a marcar a literatura mundial.

1.Teoria e crítica literária ,  Silvana Oliveira


Embora o senso comum nos ofereça alguma ideia do é uma obra literária, o primeiro passo no estudo teórico-crítico literário é compreender que o conceito de literatura não é apenas complexo, como também dinâmico.Isso quer dizer que, como nenhum texto literário pode ser desvinculado do período histórico, do lugar ou da cultura em que foi criado, a própria concepção do que é a literatura, já passou por muitas transformações. Nesta obra, debatemos essa e outras questões fundamentais e guiamos você pelo percurso histórico das maiores correntes teórico-críticas da literatura e suas estratégias de interpretação.

2. A análise literária, Massaud Moisés 




Fruto de longa e meditada experiência docente do autor, que foi professor titular de Literatura Portuguesa da Universidade de São Paulo, A Análise Literária visa oferecer àqueles que se iniciam no estudo da Literatura um roteiro capaz de orientá-los no desenvolvimento de suas aptidões para o esclarecimento e compreensão do texto literário. Para tanto, em vez de impor-lhes esquemas ou fórmulas tanto mais simplistas quanto inócuas, cuida de encaminhá-los progressivamente das noções teóricas gerais à prática da análise, para a captação do que o texto possa oferecer de singular e diferencial. Trata-se, portanto, de um valioso instrumento de trabalho para professores e alunos das Faculdades de Letras.


3.Escrita em movimento: Sete princípios do fazer literário, Noel Jaffe

Desde que as oficinas literárias surgiram, debate-se uma questão central: é possível aprender a produzir ficção, da mesma maneira como se estuda outros ofícios? Se existe uma forma de transmitir esse conhecimento, não é com regras e truques de manual, e sim pensando a escrita de modo aberto e livre, através de preceitos norteadores que perpassam a linguagem. E é essa a proposta deste livro, uma reflexão sobre o próprio processo de escrever ― da escolha cuidadosa das palavras à intenção por trás de cada texto, da busca pela originalidade ao mergulho corajoso na experimentação literária.
Sintetizando a vasta experiência de Noemi Jaffe em sala de aula, Escrita em movimento traz também entrevistas com diferentes autores de destaque, como Beatriz Bracher, Milton Hatoum, Eliana Alves Cruz, entre outros, para oferecer variados pontos de vista a respeito dos princípios que estruturam o texto e que integram a caixa de ferramentas de todo artista da palavra, proporcionando um panorama amplo da escrita contemporânea, que recusa todos os rótulos.

4.O método formal nos estudos literários - introdução crítica a uma poética sociológica,Pável Nikoláievintch Medviedev 


O livro O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica foi publicado pela primeira vez em Leningrado (atualmente São Petersburgo) em 1928 e não conhecia tradução para o português até o momento, apesar de sua relevância à compreensão de conceitos desenvolvidos pelos intelectuais do Círculo de Bakhtin. Agora, a versão em nossa língua vem a público, realizada diretamente do russo, primorosamente feita a quatro mãos por uma linguista eslavista, Sheila Camargo Grillo, falante nativa de português, e por Ekaterina Vólkova Américo, teórica da literatura, falante nativa de russo. Embora os títulos – da obra e dos capítulos – sugiram a ideia de estudos exclusivamente literários, a discussão passa por questões fundamentais para a compreensão do gênero do discurso de forma geral. O leitor de hoje, estudioso ou interessado, precisa conhecer essas questões para compreender que, como nos demais trabalhos do Círculo, há sempre uma espécie de resposta a importantes pensadores da linguagem, cujos traços fundamentais são recuperados e problematizados a partir de uma nova visão sobre o tema.

5. Letramento literário: Teoria e prática, Rildo Cosson



Escrito para professores que desejam fazer do letramento literário uma atividade significativa para si e para seus alunos, este livro mostra como reformular, fortalecer e ampliar o estímulo à leitura no Ensino Básico para além das práticas usuais. O autor, de forma sutil e prazerosa, desata os nós da relação entre literatura e educação, propõe a construção de uma comunidade de leitores nas salas de aula e sugere oficinas para o professor adaptar seu trabalho ao letramento literário.

6. Um Pouco de Método. Nos Estudos Literários em Particular, com Extensão às Humanidades em Geral, Roberto Acízelo de Souza


Esse livro apresenta as normas que devem ser seguidas na sistematização de técnicas de estudo, pesquisa e preparação de trabalhos acadêmicos. Quem assimilar seu conteúdo terá mais facilidade para planejar e redigir um ensaio e entender os aspectos mecânicos do processo, para que possa se concentrar melhor no plano criativo, o da elaboração conceitual. Saberá conceber e formalizar um projeto de pesquisa e, ao elaborar projetos, conseguirá definir com clareza a fundamentação metodológica e a teórica necessária aos bons projetos.


7. Um experimento em crítica literária, C.S. Lewis 


No início da década de 1960, quase tudo estava sendo questionado, e não foi diferente com a chamada “crítica literária”. Como acadêmico ilustre e leitor ávido, C.S. Lewis não se furtou à discussão e, contrapondo-se à ortodoxia de seus pares, propôs uma maneira diferente de analisar livros: a partir da experiência de quem lê, e não de quem escreveu. O resultado dessa “crítica à crítica” está nas páginas de Um experimento em crítica literária. Com a fluidez argumentativa que fez do autor de As crônicas de Nárnia um comentador reverenciado até pelos colegas de academia, a proposta inovadora de Lewis sugere que a “boa leitura” envolve uma experiência profunda de envolvimento com a obra e as propostas de quem a escreveu. “Ao ler bons livros, tornei-me mil homens sem deixar de ser eu mesmo”, afirma. Sua noção de avaliação de um trabalho literário tem como pilar o compromisso do crítico em se despir de expectativas e valores pessoais, e entrar no texto com a mente aberta.

8. O livro secreto do escritor, Lilian Cardoso 


Best-seller nº 1 da lista do PublishNews na categoria não ficção e entre os mais vendidos da Veja “Quando estava começando minha carreira há nove anos, Lilian me ajudou colocando meus livros em destaque na mídia, depois me ajudou com a publicação independente do meu primeiro New Adult.[...]” ― Babi A. Sette, escritora best-seller, reconhecida por publicar obras young adult e pioneira em romances de época no Brasil Após ouvir por anos a frase “Eu adoraria escrever um livro, mas não sei por onde começar”, a especialista em marketing Lilian Cardoso decidiu reunir toda sua experiência no mercado editorial para democratizar o ensino sobre como escrever, publicar e divulgar obras de qualidade. O resultado desta imersão é O Livro Secreto do Escritor. Nele, a escritora revela os bastidores do mundo literário, detalha as etapas de lançamentos e desmistifica os rankings dos mais vendidos que, muitas vezes, parecem enigmáticos. O coração deste título, no entanto, está na segunda parte: um workbook para escritores que vai guiá-lo da escolha do tema à conexão com os leitores. Cada capítulo apresenta técnicas, exercícios e ferramentas que ajudarão você a transformar ideias em obras admiradas. Durante a leitura, você vai: Descobrir qual é e como atrair o público-alvo; Escolher os melhores caminhos de publicação e negociar contratos editoriais de forma confiante; Trabalhar o marketing ― a etapa que vai fazer o seu projeto se destacar entre tantas outras publicações. Seja você um escritor iniciante ou experiente em busca de novas estratégias para conquistar o mercado, saiba que este guia tem no título a palavra “secreto” não somente pelo que é revelado, mas porque vai trazer à tona as suas ideias mais originais. Aproveite também os QR Codes com informações atualizadas para ampliar o seu conhecimento neste apaixonante mundo literário.

9. Iniciação à literatura brasileira, Antonio Candido 


Iniciação à literatura brasileira foi concebido por Antonio Candido como um resumo da produção literária do país, tendo como público-alvo leitores estrangeiros. Em três capítulos ―"Manifestações literárias", "A configuração do sistema literário" e "O sistema literário consolidado"―, Candido sintetiza vasto conhecimento em parágrafos de extrema concisão

10. Correio Literário, Wisława Szymborska

O «Correio literário» ― ou «Correio», para os próximos ― era uma seção do semanário Życie Literackie [Vida Literária] em que a poeta Wisława Szymborska respondia às cartas dos estreantes que enviavam seus primeiros escritos com a esperança de serem publicados e entrarem para o panteão literário polonês. As respostas tinham por objetivo orientar e comentar os textos para além do «não publicaremos» protocolar. Para atenuar a negativa a poeta se vale de uma peculiar ironia, como se tentasse, de um só golpe, fincar novamente ao chão os pés dos sonhadores diletantes. Mas esse tom nunca impede reflexões profundas sobre arte, escrita e o comportamento daqueles que vivem escravos das palavras: «a poesia não é (...) uma recreação e uma fuga da vida, mas a própria vida»; «infeliz é aquele artista que não deixa nada atrás de si». Entre um sorriso amarelo e outro, um conselho e um consolo. Este livro, repleto do humor extraordinário da ganhadora do Prêmio Nobel, não é apenas uma coleção de conselhos valiosos e dicas para escritores, mas também uma ótima leitura para amantes da literatura e leitores das obras de Wisława Szymborska que desejam conhecer mais suas opiniões, preferências literárias e escritores favoritos.

60 clássicos literários em domínio público para baixar sem medo



A literatura clássica é uma fonte inesgotável de conhecimento e inspiração. Ela nos lembra da história, das ideias e dos valores que definem a humanidade. No entanto, muitas obras clássicas estão protegidas por direitos autorais, o que pode fazer com que seja difícil ou caro para acessá-las.

Nesta matéria, apresentaremos 60 clássicos literários em domínio público, isto é, obras que não estão protegidas por direitos autorais e podem ser baixadas e lidas sem medo de violações de direitos autorais. Essas obras abrangem uma ampla variedade de gêneros, autores e épocas, oferecendo uma visão abrangente da literatura clássica.

Ao longo do artigo, abordaremos:


1. A importância da literatura clássica: Explicaremos por que a literatura clássica é tão importante e por que é fundamental que ela seja acessível a todos.

2. O domínio público: Definiremos o que é o domínio público e como as obras entram nele.

3. 60 clássicos literários em domínio público: Apresentaremos uma seleção de 60 obras clássicas que estão no domínio público e podem ser baixadas e lidas gratuitamente.

Ao final dessa matéria, você terá uma lista de 60 clássicos literários em domínio público que pode baixar e ler com segurança e confiança. Essas obras abrangerão uma ampla variedade de gêneros, autores e épocas, oferecendo uma visão abrangente da literatura clássica.


1. A importância da literatura clássica


A literatura clássica é importante por diversas razões, incluindo:

1. Reflexão da cultura e história: Os clássicos da literatura refletem a cultura de um povo ou de um período da história da humanidade, oferecendo uma visão mais profunda da vida e das ideias que marcaram a humanidade

2. Artistas verdadeiros: Os autores de clássicos são verdadeiros artistas que se dedicam a trabalhar a linguagem de maneira única e a refletir sobre assuntos que sempre farão parte da humanidade

3. Temas atemporais: Os clássicos da literatura abordam aspectos da vida que são de eterno apelo para a humanidade, como o amor, a vida e a morte, tornando-os sempre contemporâneos

4. Enriquecimento do vocabulário: Ler clássicos da literatura enriquece o vocabulário, pois muitas palavras e expressões usadas hoje em dia têm origem em obras clássicas

5. Conhecimento de outras culturas: Ler clássicos é uma chance de conhecer e se aprofundar sobre outras culturas, oferecendo uma visão mais ampla e diversificada da humanidade

6. Formação do pensamento crítico e criativo: A leitura de obras literárias clássicas contribui para a formação do pensamento crítico e criativo, ajudando a desenvolver habilidades de análise e interpretação

Embora os clássicos possam ser considerados difíceis de ler, é importante ler com um dicionário ao lado para consultar o significado de palavras novas. Além disso, é importante que os professores e pais incentivem a leitura de qualidade e criem formas criativas e interessantes para incentivar a leitura de clássicos.


2. Domínio Público: O que é, como usar e por que existe


O domínio público é uma condição jurídica na qual uma obra não possui o elemento do direito real ou de propriedade que tem o direito autoral, não havendo restrição de uso de uma obra por qualquer um que queira utilizá-la. Do ponto de vista econômico, uma obra em domínio público é livre e gratuita. Nesse sentido, domínio público é o antônimo do direito autoral.

Para que uma obra entre em domínio público, ela deve cumprir algumas condições:

  1.  Possuir autores desconhecidos
  2.  Ter seus autores falecidos e ausente herdeiros
  3.  Expirar o tempo de proteção autoral

A proteção do direito autoral surgiu apenas com a invenção da imprensa (1540), tendo como objetivo as obras de arte, literárias e científicas. No Brasil, a lei que vigora atualmente estabelece que as obras que possuem autores desconhecidos, tem seus autores falecidos e ausente herdeiros, ou expiraram o tempo de proteção autoral estão em domínio público.

O domínio público é importante porque permite a livre reprodução e/ou exploração de obras intelectuais, artísticas e criações científicas, sem a necessidade de autorização prévia do autor. Isso permite que as obras sejam utilizadas e adaptadas, mantendo-se viva e atualizada, como nos casos dos clássicos de Shakespeare e Dom Quixote.

3. 60 clássicos literários em domínio público


1. "Dom Quixote" - Miguel de Cervantes

2. "Os Miseráveis" - Victor Hugo

3. "Orgulho e Preconceito" - Jane Austen

4. "Cem Anos de Solidão" - Gabriel García Márquez

5. "Moby Dick" - Herman Melville

6. Franz Kafka - A metamorfose

7. Ser infeliz - Franz Kafka

8. Um médico rural - Franz Kafka

9. "1984" - George Orwell

10. "Odisseia" - Homero

11. "Ilíada" - Homero

12. "A Divina Comédia" - Dante Alighieri

13. "Crime e Castigo" - Fyodor Dostoevsky

14. "Anna Karenina" - Liev Tolstoy

15. "Jane Eyre" - Charlotte Brontë

16. "O Morro dos Ventos Uivantes" - Emily Brontë

17. "Viagens de Gulliver" - Jonathan Swift

18. Cancioneiro, de Fernando Pessoa

19. Livro do desassossego, de Fernando Pessoa

20. O banqueiro anarquista, de Fernando Pessoa

21. O guardador de rebanhos, de Fernando Pessoa

22. Poemas de Alvaro Campos, de Fernando Pessoa

23. Poemas de Ricardo Reis, de Fernando Pessoa

24.  Lady Susan, de Jane Austen

25. Emma, de Jane Austen

26. Amor e Amizade, de Jane Austen

27. Mansfield Park, de Jane Austen

28. A abadia de Northanger, de Jane Austen

29. Persuasão, de Jane Austen

30. Razão e Sensibilidade, de Jane Austen

31. A divina Comédia, de Dante Alighieri

32. Dom Casmurro, de Machado de Assis

33. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

34. A igreja do Diabo, de Machado de Assis

35.Os lusíadas, de Luiz Vaz de Camões

36. Macbeth, de William Shakespeare

37. O mercador de Veneza, de William Shakespeare

38. A carta, Pero Vaz de Caminha

39. Senhora, de José de Alencar

40. Arte poética, de Aristóteles

41. Este mundo de injustiça globalizada, de José Saramargo

42. O alienista, de Machado de Assis

43. O cortiço, de Aluísio Azevedo

44. Volta ao mundo em 80 dias, de Júlio Verne

45. Alto da barca do inferno, de Gil Vicente

46. A moreninha, Joaquim Manuel Macedo

47. Fausto, Goethe

48. Os sertões, de Euclídes da Cunha

49. Édipo rei, Sófocles

50. Iracema, José de Alencar

51. O Guarani, de José de Alencar

52. Helena, Machado de Assis

53. Triste fim de Policarpo Quarema, de Lima Barreto

54. A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães

55.  O primo basílio, de Eça de Queiroz

56. Memórias de um sargento de milícias, Manuel Antônio de Almeida

57. Quincas Borba, de Machado de Assis

58. Os maias, de Eça de Queiroz

59. Adão e Eva, Machado de Assis

60.  Amor e perdição, de Camilo Castelo Branco

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