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Crítica: Tropa de elite, 2007

SINOPSE
Não recomendado para menores de 16 anos

Em Tropa de Elite, o dia-a-dia do grupo de policiais e de um capitão do BOPE (Wagner Moura), que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, se indignando com a corrupção existente no batalhão em que atuam.

CRÍTICA

Tropa de Elite, dirigido por José Padilha e lançado em 2007, é um filme brasileiro que se passa no Rio de Janeiro e retrata a rotina de um grupo de policiais de elite, conhecido como "Batalhão de Operações Policiais Especiais" (BOPE), que enfrenta a violência e o crime organizado na cidade. A trama do filme gira em torno do Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, um policial do BOPE que está prestes a se tornar pai e está cansado da corrupção e impunidade que permeiam o sistema policial. Ele busca um substituto para seu cargo enquanto tenta prender o chefe do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, o traficante "Baiano", e lida com a pressão da mídia e o dilema moral entre seguir a lei ou agir fora dela para fazer justiça.

A narrativa de Tropa de Elite é extremamente cativante e envolvente. A trama é bem desenvolvida, com reviravoltas interessantes que mantêm o espectador preso à história. O roteiro é inteligente e habilmente construído, mostrando a complexidade dos problemas enfrentados pela polícia e os dilemas éticos que eles precisam enfrentar.

As atuações no filme são incríveis. Wagner Moura entrega uma performance poderosa como o Capitão Nascimento, transmitindo a intensidade e a angústia de seu personagem de forma convincente. O elenco coadjuvante também é excepcional, com destaque para André Ramiro, que interpreta o policial Matias, e Fernanda Machado, no papel de Maria, a esposa de Nascimento. As atuações são emocionantes e bem executadas, contribuindo para a imersão do público na trama. Do ponto de vista técnico, Tropa de Elite é excelente. A direção de José Padilha é habilidosa, capturando a violência e a tensão das cenas de ação de forma realista. A cinematografia é impactante e a trilha sonora intensifica ainda mais o clima do filme. A edição é eficaz, mantendo um ritmo acelerado que mantém o espectador envolvido. O figurino e o design de produção são autênticos, retratando de forma realista o universo retratado.

A análise estilística de Tropa de Elite revela a visão de José Padilha sobre a violência e a corrupção existentes no Rio de Janeiro. O filme adota um estilo realista, com cenas brutas e sem filtros, que mostram a violência de forma impactante. Padilha faz escolhas estéticas que enriquecem a experiência de assistir ao filme, transmitindo uma sensação de tensão e urgência. No que diz respeito ao conteúdo, Tropa de Elite aborda questões sociais e políticas relevantes. O filme mostra a violência urbana, a corrupção policial e a falta de opções para a população de baixa renda, levantando reflexões sobre o sistema de segurança pública e a desigualdade social. O filme provoca questionamentos sobre a eficácia das políticas de combate ao crime e os limites da lei na busca pela justiça.

Ao comparar Tropa de Elite com outros filmes do mesmo gênero, o filme se destaca pela sua abordagem realista e crua do tema da violência urbana. Ele se diferencia por sua narrativa complexa e pela coragem de expor os problemas do sistema policial brasileiro. O filme também se destaca pela qualidade das atuações e pela sua capacidade de capturar a atenção do espectador. Levando em consideração todos os elementos analisados, Tropa de Elite é um filme que não deve ser ignorado. Sua narrativa envolvente, atuações excepcionais, técnica impecável e temas relevantes o tornam uma obra-prima do cinema brasileiro. O filme é recomendado para aqueles que buscam um retrato impactante e realista da realidade brasileira, mas é importante ressaltar que algumas cenas podem ser perturbadoras para alguns espectadores.

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Crítica: O quatrilho, 1995


SINOPSE

Rio Grande do Sul, 1910. Em uma comunidade rural composta por imigrantes italianos, dois casais muito amigos se unem para poder sobreviver e decidem morar na mesma casa. Mas o tempo faz com que a esposa (Patricia Pillar) de um (Alexandre Paternost) se interesse pelo marido (Bruno Campos) da outra (Glória Pires), sendo correspondida. Após algum tempo, os dois amantes decidem fugir e recomeçar outra vida, deixando para trás seus parceiros, que viverão uma experiência dramática e constrangedora, mas nem por isto desprovida de romance.

CRÍTICA

"O Quatrilho" é um filme de 1995 dirigido por Fábio Barreto, baseado no livro homônimo de José Clemente Pozenato. A trama se passa na década de 1910, no Rio Grande do Sul, e conta a história de dois casais de imigrantes italianos que decidem dividir a mesma casa para economizar recursos. Porém, essa convivência compartilhada confronta valores e emoções, levando a consequências inesperadas. A narrativa do filme é cativante e bem desenvolvida, levando o espectador a se envolver com os personagens e sua jornada. A história aborda temas como amor, traição, tradições culturais e as consequências de nossas escolhas. A trama mostra de forma realista as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes, tanto no Brasil quanto em suas origens, e como essa experiência molda suas identidades.

As atuações do elenco são convincentes e emocionantes. O quarteto principal formado por Glória Pires, Patrícia Pillar, Bruno Campos e Alexandre Paternost é especialmente forte, trazendo veracidade e profundidade aos seus personagens. A química entre eles é notável, tornando as relações entre os casais críveis e emocionalmente envolventes. Em termos técnicos, o filme se destaca pela direção de Fábio Barreto, que conduz a narrativa de forma sensível e habilidosa. A cinematografia e o design de produção retratam com precisão a atmosfera da época, contribuindo para a imersão do espectador na história. A trilha sonora, composta por Antônio Pinto, complementa a narrativa de maneira emocionalmente ancorada, realçando as emoções e a profundidade dos personagens.

O estilo de Fábio Barreto é evidente em "O Quatrilho", explorando temas universais e se aprofundando nas complexidades dos relacionamentos humanos. As escolhas estéticas e autorais do diretor contribuem para uma experiência cinematográfica cativante e impactante. Refletindo sobre o conteúdo do filme, é possível notar a abordagem sensível e profunda de questões relacionadas ao amor, lealdade, moralidade e sexualidade. Através da história dos personagens, o filme nos faz refletir sobre as consequências de nossas ações e a importância de enfrentar as consequências de nossas escolhas.

Em comparação com outros filmes do mesmo gênero ou contexto histórico, "O Quatrilho" se destaca pela qualidade de sua narrativa e atuações. Ele aborda temas universais de forma delicada e emocionalmente impactante, deixando uma marca duradoura no espectador. Em minha opinião pessoal, "O Quatrilho" é um filme emocionante e envolvente que vale a pena ser assistido. Sua história cativante, atuações convincentes e aspectos técnicos bem executados fazem dele uma obra de arte cinematográfica de alta qualidade. Recomendo sua visualização para aqueles que apreciam narrativas profundas e emocionalmente impactantes.

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Crítica: Cidade de Deus, 2002

SINOPSE
Não recomendado para menores de 16 anos

Dadinho (Douglas Silva) e Buscapé são grandes amigos, que cresceram juntos imersos em um universo de muita violência. Na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos do Rio de Janeiro, os caminhos das duas crianças divergem, quando um se esforça para se tornar um fotógrafo e o outro o chefe do tráfico. Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que vive amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, e acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, enquanto Dadinho, agora Zé Pequeno (Leandro Firmino), se torna o temido chefe do tráfico da região, continuando com o legado de violência que remonta a décadas anteriores - e parece ser infinita. Considerado um dos melhores filmes da história do cinema brasileiro.

CRÍTICA

torne o texto único: "Cidade de Deus" (2002), dirigido por Fernando Meirelles e co-dirigido por Kátia Lund, é uma obra-prima do cinema brasileiro que narra a história do crescimento e desenvolvimento do crime na favela carioca que dá nome ao filme. A trama apresenta uma abordagem não linear, mostrando diferentes personagens e suas histórias entrelaçadas ao longo de décadas.

A narrativa de "Cidade de Deus" é cativante e envolvente desde o primeiro momento. A história é bem desenvolvida, permitindo ao espectador mergulhar no universo retratado de forma crua e realista. A maneira como os eventos são apresentados faz com que o público crie empatia pelos personagens e se envolva emocionalmente com suas jornadas.

As atuações em "Cidade de Deus" são de excelente qualidade. O elenco é composto não apenas por atores profissionais, mas também por moradores reais da comunidade, o que confere autenticidade e veracidade às performances. Destacam-se as atuações de Alexandre Rodrigues como Buscapé, personagem principal, e de Leandro Firmino como o impiedoso Zé Pequeno. As performances individuais e coletivas são convincentes, emocionantes e feitas com maestria.

Os aspectos técnicos de "Cidade de Deus" são impecáveis. A direção de Meirelles e Lund é precisa e habilidosa, conduzindo a narrativa de forma dinâmica e impactante. O roteiro, escrito por Bráulio Mantovani, é bem estruturado e consegue combinar momentos de tensão, ação e drama com maestria. A cinematografia de César Charlone é uma das mais marcantes do cinema brasileiro, utilizando planos sequência e enquadramentos criativos para intensificar a experiência visual.

A trilha sonora de Antonio Pinto e Ed Cortês é outro ponto alto do filme, criando uma atmosfera única que dialoga com a história e o ambiente retratado. A edição, o figurino e o design de produção são igualmente competentes, reforçando a imersão na realidade das favelas cariocas.

A análise estilística de "Cidade de Deus" revela um diretor com uma visão autoral bem definida. Meirelles utiliza de recursos estéticos que enfatizam a violência e o contraste social, mesclando uma estética crua e explosiva com momentos de beleza visual. Essas escolhas estilísticas fortalecem o impacto emocional do filme e permitem que ele se destaque na indústria cinematográfica mundial.

Refletindo sobre o conteúdo, "Cidade de Deus" aborda questões profundas e relevantes como pobreza, violência, desigualdade social e as influências negativas do ambiente na vida dos jovens. O filme provoca reflexão sobre a responsabilidade social e o papel do Estado na prevenção da violência e no investimento em educação e oportunidades para os jovens das comunidades marginalizadas.

Ao comparar "Cidade de Deus" com outros filmes do mesmo contexto e gênero, fica claro o seu valor e relevância. Mesmo sendo lançado há quase duas décadas, o longa-metragem ainda é uma das obras mais aclamadas do cinema brasileiro e é amplamente reconhecido internacionalmente. Sua narrativa original, atuações marcantes e abordagem social o tornam uma referência no cinema mundial.

Em minha opinião, "Cidade de Deus" é um filme que merece ser visto por todos. Seu impacto emocional, seus temas relevantes e sua qualidade técnica o tornam uma obra-prima do cinema brasileiro. A forte representação da realidade das favelas cariocas e o retrato contundente da violência tornam o filme um verdadeiro soco no estômago, mas também uma mensagem de esperança e resiliência. Recomendo fortemente a sua visualização.

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Crítica: Aquaman 2: O reino perdido

Imagem: Divulgação

SINOPSE

Não recomendado para menores de 10 anos

Aquaman 2 é a sequência do filme Aquaman de 2018, que acompanha Arthur Curry (Jason Momoa), o filho do humano Tom Curry (Temuera Morrison) com a atlante Atlanna (Nicole Kidman). Ele cresce com a vivência de um humano e as capacidades metahumanas de um atlante. Nesta sequência, depois de não conseguir derrotar o rei dos mares pela primeira vez, Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II) utiliza o poder do mítico Tridente Negro para liberar uma força antiga e maligna. Na tentativa de proteger Atlântida e o resto do mundo, Aquaman deve forjar uma aliança incômoda com um aliado improvável e deixar as diferenças de lado para evitar uma devastação irreversível.

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CRÍTICA

Encerrar grandes franquias não é uma tarefa fácil, especialmente quando se trata de uma conclusão dupla. James Wan é o responsável por concluir a existência do antigo Universo Cinematográfico Estendido da DC, conhecido popularmente como Snyderverso. Com Aquaman 2: O Reino Perdido chegando aos cinemas em todo o mundo, Jason Momoa se junta ao diretor para fechar uma era amada e controversa dos filmes de heróis.

Cinco anos após seu filme solo, Momoa retorna como Arthur Curry, o herói dos mares, que tenta conciliar sua vida como Rei de Atlântida com suas responsabilidades como pai e marido em terra firme. Enquanto isso, Arraia Negra segue em busca de vingança, buscando o poder do Tridente Negro e sua força maligna ancestral. Para derrotá-lo, Aquaman se alia a seu irmão Orm, o ex-Rei da Atlântida, que está preso. Juntos, eles precisam superar suas diferenças para proteger seu reino, salvar a família de Aquaman e evitar uma destruição irreversível.

Embora a estrutura da aventura seja semelhante à primeira, há erros e acertos repetidos. A comédia é um pouco mais fraca, o que pode parecer estranho em uma sala de cinema, mas a jornada do herói se encaixa perfeitamente nesse novo contexto. Aquaman passa por conflitos, conquista uma força inesperada e se torna uma versão melhor de si mesmo. O diálogo entre a superfície e Atlântida não é explorado profundamente, com cada grupo vendo o outro como uma ameaça. Wan dá foco às pequenas dinâmicas da narrativa e aos personagens.

Aquaman e Orm trabalham juntos para salvar o planeta, enquanto Arraia Negra lida com o poder do Tridente Negro. A população de Atlântida enfrenta as mudanças climáticas e a possibilidade de revelar sua existência para o mundo. O filme apresenta um reino submerso colorido e vibrante, mostrando rotinas dos civis e a diversidade da sociedade. James Wan traz seu toque de horror em momentos-chave, lembrando seu trabalho em franquias como Invocação do Mal e Jogos Mortais.

O filme também faz homenagens a outras franquias, como Star Wars e O Senhor dos Anéis. Wan utiliza uma estrutura semelhante à de Tolkien para explicar o Reino Perdido, adicionando uma crônica fabular ao filme. Essas referências são um lembrete do potencial de um spin-off sombrio de Aquaman com criaturas bizarras com raízes lovecraftianas.

Como seu último filme nesse universo, James Wan aproveita a liberdade para fazer referências e homenagens, mostrando sua familiaridade com os estúdios Warner Bros. e sua adaptação da obra de J. R. R. Tolkien. No geral, Aquaman 2: O Reino Perdido é uma experiência colorida, vibrante e cheia de ação que fecha essa era do universo cinematográfico da DC de forma satisfatória.

Crítica: Central do Brasil, 1998


Central do Brasil é um filme brasileiro de 1998 dirigido por Walter Salles. O filme é produzido pela VideoFilmes, escrito por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, e estrelado por Fernanda Montenegro e Vinícius de Oliveira. A trama se passa no Brasil e se concentra em Dora, uma professora aposentada que trabalha na Estação Central do Brasil como escritora de cartas para pessoas analfabetas. Ela ajuda Josué, um garoto cuja mãe morreu atropelada por um ônibus, a encontrar seu pai no Nordeste.

A interpretação de Montenegro foi muito elogiada pelos críticos e pela imprensa nacional e internacional. Ela recebeu uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Atriz, tornando-se a primeira latino-americana, a única brasileira e a única atriz a ser indicada ao prêmio por uma atuação em língua portuguesa. Montenegro também foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático.

Dora e Josué, personagens em torno das quais fira a trama do enredo. Foto: Divulgação

O filme recebeu vários prêmios e indicações em todo o mundo. Além da indicação ao Oscar de Melhor Atriz, Central do Brasil foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ao Independent Spirit Award e aos Prêmios César, entre outros. O filme também venceu o BAFTA, o Globo de Ouro, o National Board of Review e o Prêmio Satellite, todos na mesma categoria.

Central do Brasil também foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Berlim, onde conquistou o Urso de Ouro de Melhor Filme e o Urso de Prata de Melhor Atriz. Em novembro de 2015, o filme entrou na lista dos 100 Melhores Filmes Brasileiros de Todos os Tempos, realizada pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema.

"Central do Brasil" é um filme incrível que traz à tona uma história emocionante e impactante. A direção precisa de Walter Salles e a atuação espetacular de Fernanda Montenegro fazem dessa obra um verdadeiro tesouro do cinema brasileiro.

O enredo nos leva a uma jornada de autoconhecimento e redenção, tendo como pano de fundo a realidade social do Brasil. Através do relacionamento improvável entre Dora, uma ex-professora amargurada, e o jovem Josué, somos mergulhados em emoções intensas e profundas.

Momento em que Dora acorda em uma calçada, sobre o colo de Josué, que ampara a mulher tão só quanto ele; esta cena compõe uma imagem que remete à Pietá invertida. Foto: Divulgação

A fotografia é deslumbrante, capturando com maestria a beleza do país e, ao mesmo tempo, expondo sua cruel realidade. Cada cena é cuidadosamente construída, revelando detalhes sutis que nos fazem refletir sobre a complexidade humana e as relações interpessoais.

A trilha sonora é arrebatadora e se torna um personagem por si só, complementando perfeitamente cada momento do filme. A forma como a música é utilizada para expressar as emoções dos personagens é simplesmente genial, nos envolvendo de forma ainda mais profunda na trama. Além disso, "Central do Brasil" aborda temas universais como o amor, a busca pela identidade e a importância dos laços familiares. O roteiro é brilhantemente escrito, explorando nuances e reviravoltas que mantêm o espectador completamente envolvido e surpreso até o último minuto.

Todo o elenco está excepcional, mas Fernanda Montenegro merece destaque especial. Sua atuação intensa e cheia de nuances, transmitindo emoções e sentimentos de forma tão realista, é simplesmente inesquecível e digna de aplausos. "Central do Brasil" é um filme que toca o coração e nos faz refletir sobre a importância de valorizar as pequenas coisas da vida. É uma verdadeira obra-prima do cinema nacional, que merece ser apreciada e celebrada.

Assista ao trailer:



Como escreve: Tony Roberson de Mello Rodrigues, autor de poeta em crise


Tony Roberson de Mello Rodrigues, um talentoso autor brasileiro, retorna à literatura após duas décadas de silêncio com seu livro "Poeta em Crise", lançado em 2023. Nesta obra, Tony compartilha sua jornada pessoal de superação do luto, da ansiedade e da depressão causados pela perda de seu pai. Os poemas presentes no livro não são apenas palavras no papel, mas verdadeiras ferramentas de superação, capazes de elevar a alma e renovar a fé. Através de suas experiências, o autor busca oferecer esperança, alegria e força para todos aqueles que enfrentaram as sombras emocionais. Convidando o leitor a mergulhar na dor invisível por trás de sorrisos inabaláveis, Tony Roberson de Mello Rodrigues traz uma perspectiva única e inspiradora sobre a superação e a resiliência.



1. Quando decidiu que se tornaria um escritor?
Quando paro para pensar quando quis me tornar escritor lembro, por exemplo, do primeiro poema que memorizei quando criança, chamado Autopsicografia, que fiquei muitos anos achando que era do Carlos Drummond de Andrade, e só depois de eu grande é que descobri ser do Fernando Pessoa. Também lembro que comecei a escrever meus poemas num caderninho escolar quando tinha entre 9 e 12 anos, e que esse início foi movido por um amor platônico por uma colega de aula. Ela tinha a caligrafia muito bonita e escrevia uns poemas no caderno dela, aí eu sentava do lado dela, tentava imitar a caligrafia dela e comecei a inventar uns poeminhas também. Aos 14 anos escrevia muitos poemas na máquina de escrever elétrica IBM do serviço onde eu trabalhava como office-boy, na minha cidade natal, acho que ali, com 14 anos, eu ainda não tinha decidido que me tornaria um escritor, mas era como se eu já me sentisse um. E quando as professoras de Português do segundo grau da antiga Escola Técnica Federal de Santa Catarina me disseram que eu escrevia muito bem e que deveria publicar no livro anual da ETFSC, eu escrevi tantos poemas que tivemos que publicar um livro só meu, à parte, além de eu publicar no livro da escola, esse meu primeiro livro foi aos 18 anos, com crônicas, poesias e aforismos, com esse primeiro livro eu me senti mais escritor ainda, mas nunca foi tanto uma questão de decisão do que eu seria, sempre foi mais uma necessidade de escrever e uma questão de me sentir escritor, assim como no período em que fiquei 20 anos sem publicar nada literário (de 2003 a 2023), eu senti como se o meu dom tivesse me abandonado e eu não fosse mais escritor, até que em novembro de 2022, após quase perder minha mãe para um problema grave de saúde, acredito que fiquei num estado muito fragilizado e isso ativou novamente minha antena receptora de inspirações, pois voltei a escrever compulsivamente e, em março de 2023, já tinha material suficiente para lançar um novo livro, que virou "Poeta em crise", lançado em 2023 e relançado em 2024.


2. Qual foi o seu primeiro livro escrito? Você chegou a concluí-lo? Já abandonou algum projeto de escrita?
Como eu disse na pergunta anterior, meu primeiro livro foi lançado em 1998 e chama-se "Lágrimas Lapidadas", quando eu tinha 18 anos. Coincidência ou não, foi no mesmo ano em que Saramago ganhou o Prêmio Nobel. Cheguei a concluí-lo sim, mas não o acho o melhor de meus livros até agora, há alguns poemas bacanas nele, mas muita coisa de adolescente sonhador iniciante no mundo das letras. Um projeto de escrita que eu já abandonei foi um romance autobiográfico que comecei a escrever quando estava num período de depressão, entre 2013 e 2015. Suspendi o projeto pelo tema delicado de abordar (o incêndio da nossa casa, em nossa terra natal) e porque por enquanto tenho dificuldade de escrever em prosa, acredito que 90% dos textos que escrevo são poesia e, quando não poesia, ainda assim são textos curtos, escrever um romance me exigiu uma preparação que eu ainda não possuo, mas não desisti desse sonho de escrever pelo menos um romance publicável.



3. Como você escolhe os temas e o enredo dos seus livros?
Como geralmente escrevo e publico livros de poesias, os temas e enredos variam bastante, inclusive a ordem dos poemas nos livros que publico não é muito calculada, mas neste livro mais recente, "Poeta em crise", eu dei preferência para escrever poemas que abordassem minha luta contra a depressão, a ansiedade, a bipolaridade, a volta por cima contra esses desafios, esperando que esses poemas sirvam para incentivar outras pessoas a lutarem contra os mesmos problemas ou ainda a escreverem como uma forma de lutar contra tais desafios.



4. Você se inspira em algum autor ou obra específica para escrever?
Sim, muito, e geralmente são os mesmos autores e mesmos poemas, tudo girando em torno do que já li, como Camões, Fernando Pessoa, Mário Quintana, Augusto dos Anjos, Florbela Espanca, Ferreira Gullar, Cruz e Souza...


5. Existe algum ritual para se escrever um livro? Qual funciona para você?
Quando escrevo poesias, geralmente escrevo muitos sonetos, então gosto muito de ir escrevendo já pensando na sonoridade, na rima, e fazendo escansão enquanto escrevo. Além disso, gosto de escrever no finalzinho da noite ou de madrugada, quando tudo em casa está em silêncio e todos ao meu redor estão dormindo, isso meio que facilita para que minha antena de inspiração capte mais facilmente as ondas que o universo quer me comunicar.


6. Quais são seus livros publicados atualmente? Qual foi o mais complexo?
À venda atualmente tenho alguns exemplares físicos de "verso que te quero povo", de 2003, e alguns exemplares físicos da segunda edição de "Poeta em crise", de 2024. Acredito que o de 2003 não tenha sido o mais complexo, mas o que mais demorou a ser gerado (ainda que a decisão de publicá-lo tenha sido rápida). É um livro feito de poemas que fui publicando em vários lugares e concursos literários ao longo de alguns anos e, quando meu pai faleceu, em 2003, eu estava passando por problemas financeiros e me perguntaram: Por que não publicas um novo livro para levantar um dinheiro? Foi aí que decidi publicar esse livro, que na verdade eu já havia compilado em 2001 e registrado com ISBN, tudo certinho. Mas a compilação demorou alguns anos, então penso que foi o mais complexo nesse sentido.



7. Você utiliza rascunhos, anotações ou esboços para não se perder na escrita?
Sim, gosto de escrever tudo no papel meio que para comprovar, futuramente, que eu mesmo (e não uma máquina ou outra pessoa) escrevi o que escrevi, mas nem tanto para não me perder, nesse sentido prefiro me organizar usando o Word.



8. O que não pode faltar durante seu processo criativo? Como você lida com a ausência de inspiração?
Durante meu processo criativo não pode faltar emoção, tenho que estar com o coração, a memória e o cérebro numa mesma sintonia. Com a ausência de inspiração eu tive que lidar por 20 anos, de 2003 a 2023, nesse período eu simplesmente transferi todo o vácuo do não escrever para a paixão por outra coisa que comecei a fazer em 2000 e exerço até hoje como profissão: a revisão de textos. Corrigir os textos dos outros, nas mais variadas áreas do conhecimento, me ajuda a dividir a atenção e amor que tenho por tudo o que tem a ver com a palavra escrita: se não estou escrevendo ou lendo, estou revisando, e vice-versa.


9. O que podemos esperar para os seus próximos livros?
Quando voltei a escrever compulsivamente em novembro de 2022, achei que tinha produzido material suficiente só para o livro "Poeta em crise", mas depois, ao compilar um material publicado discretamente no Recanto das Letras, percebi que tenho material para mais uns 4 livros de poesias e 1 só de prosas, então para os próximos livros eu arrisco dizer que podem esperar pelo menos 1 livro só de sonetos, 1 de poemas curtos (pois atualmente o público do Instagram quer poemas curtinhos ou microcontos ou frases de efeito) e 1 de pequenas prosas, este último será uma grande conquista para mim, que sou adepto na escrita de muita poesia e na leitura de muitos contos e romances.


10. Como você enxerga a vida dos autores no cenário político atual?
Acho importante um autor escrever com engajamento político, sem precisar ser panfletário. Da minha parte, considero que no meu livro "verso que te quero povo" de 2003 fui bem mais politicamente engajado que em "Poeta em crise", de 2024, mas também considero que é uma fase que estou passando, em que escrevo porque sinto que tenho algo pulsando que precisa ser dito. Dos autores atuais, não tenho acompanhado o cenário político, mas penso que o engajamento político é muito bem-vindo, desde que não separe as vozes dos autores em bolhas, cada uma reivindicando para si a atenção maior dessa ou daquela questão e todos fiquemos isolados em pequenas vozes de luta, quando na verdade é importante que essas vozes encontrem um caminho comum a trilhar.


11. Que conselho você daria para alguém que quer escrever o primeiro livro?
Comece por imitação, sem se preocupar em ser demasiadamente original. Faça paródias (não plágios) de textos já consagrados. Reescreva histórias mantendo a estrutura e inserindo seu próprio conteúdo. Escreva e rabisque bastante, mas também leia bastante. Basicamente é isso.

Como escreve: Christian Dancini, autor de dialeto das nuvens


Em uma entrevista exclusiva, o renomado autor de poesia Christian Dancini nos revela os segredos por trás de suas obras inovadoras e encantadoras. Com apenas 15 anos, ele entrava no mundo literário com o lançamento de seu primeiro livro em formato digital, 'Fragmentos de uma aurora'. Ao longo dos anos, Dancini se consolidou como um dos nomes mais promissores da poesia contemporânea, conquistando reconhecimento nacional e internacional. Seu mais recente livro, 'Dialeto das Nuvens', transporta o leitor para um universo desconhecido e repleto de sensações, explorando desde a fragilidade humana até mergulhos no surrealismo. Prepare-se para conhecer a mente brilhante por trás dessas obras e se encantar com as palavras poderosas de Christian Dancini.


Foto: Editora Patuá / Divulgação

1. Quando decidiu que se tornaria um escritor?

Resposta: Desde muito cedo eu escrevia. Eu costumava escrever histórias sobre detetives aos 8 anos, inspirado pelo livro “O Cão dos Baskervilles” de Arthur Conan Doyle. Mas foi somente aos 11 ou 12 anos que de fato eu soube que era isso que eu queria. Ao ler um poema sobre a morte, de Junqueira Freire, eu me encantei, descobri que a poesia podia alcançar o patamar do inenarrável com simples combinações de palavras. Mas foi aos 14 que comecei de fato a entrar em um projeto de escrita do livro Fragmentos de uma Aurora, logo após ler Rimbaud e o Poema Sujo de Ferreira Gullar.



2. Qual foi o seu primeiro livro escrito? Você chegou a concluí-lo? Já abandonou algum projeto de escrita?

Resposta: Meu primeiro livro foi o Fragmentos de uma Aurora, finalizado aos 15/16 anos e postado por um site chamado Projeto Livro Livre, chefiado por Iba Mendes. Porém, eu já havia abandonado dois outros livros que comecei a escrever mas não finalizei e acabei perdendo o caderno, se chamava O Momento Entre o Dia e a Noite e Crepúsculo dos Corpos (títulos que acabei reutilizando no livro Reminiscências, que junta todos os meus livros da adolescência em um livro só). 



3. Como você escolhe os temas e o enredo dos seus livros?

Resposta: Bom, tenho diversas formas de escolher o tema do livro inteiro, ou de uma parte do livros, ou de um poema do livro. Um dos meus métodos é ler algo como um poema e nele tentar imergir, me perguntar por quê o escritor usou tal palavra? Ou mesmo me perguntar o que essa palavra ou poema reflete em mim? Fora isso, costumo escrever sobre o que sonho e vivo, buscando dos meus delírios e alucinações uma fonte de palavras verborrágicas.



4. Você se inspira em algum autor ou obra específica para escrever?

Resposta: Sim. Eu me espelho em (só para citar alguns) Herberto Helder; Rimbaud; Mário Cesariny; Álvares de Azevedo; Baudelaire; Lautreamont e William Blake. Mas minha primeira inspiração (além do poema do Junqueira Freire e também Ismália de Alphonsus Guimarães) foi o cantor e compositor Jim Morrison do The Doors.



5. Existe algum ritual para se escrever um livro? Qual funciona para você?

Resposta: Sim. Normalmente eu ponho uma música instrumental que me inspire (post rock, ambient music, música erudita, etc.); além disso, eu tenho que estar sozinho em um cômodo, não consigo escrever quando têm pessoas ao meu redor; e, por fim, pegar palavras que me inspirem e utilizar elas no texto. E eu costumo rever o texto diversas vezes até eu achar que está bom o suficiente.



6. Quais são seus livros publicados atualmente? Qual foi o mais complexo?

Resposta: O mais complexo acredito ser o último. Eu já publiquei três livros, dois por editora e um de forma independente com uma prestadora de serviço de Embu das Artes. São eles: Reminiscências (que é o meu primeiro), onde eu junto meus três livros escritos dos 14 aos 19/20, se não me engano; Pleroma (pela editora Ópera) em 2023, e em 2024 o Dialeto das Nuvens. Este último sendo o mais complexo, pois eu revisitei esses textos diversas vezes, troquei palavras, reescrevi... além de ter sido emocionalmente difícil de escrever.




7. Você utiliza rascunhos, anotações ou esboços para não se perder na escrita?

Resposta: Sim. Quando me vem uma ideia, eu costumo anotar, ou se eu, por exemplo, achar uma palavra interessante, guardo ela em algum lugar e utilizo-a depois em algum texto.




8. O que não pode faltar durante seu processo criativo? Como você lida com a ausência de inspiração?

Resposta: O que não pode faltar é música e outros livros de poemas e, claro, a quietude. Quando eu não tenho inspiração, eu costumo não me forçar a escrever, acredito que alguma ideia irá maturar em meus pensamentos até o momento em que ela deva se tornar concreta.



9. O que podemos esperar para os seus próximos livros?

Resposta: Poemas oníricos e com cada vez mais conteúdo surreal; e palavras que se encaixam como quebra cabeças, parecendo, num primeiro momento, sem sentido, mas lotada de emoções e sensações. 



10. Como você enxerga a vida dos autores no cenário político atual?

Resposta: Estamos vivendo um momento político extremamente delicado, com guerras ao redor do mundo, financiadas pela indústria armamentista. O autor e, se me der licença para eu dizer mais sobre o meu lado, o poeta é tremendamente necessário. O poeta pode através das imagens e dos sentimentos, resgatar o sonho de uma utopia, não sendo necessariamente uma válvula de escape, mas sim uma oportunidade para sonhar com um mundo melhor. É isso, acredito no sonho como uma ferramenta de transmutação.



11. Que conselho você daria para alguém que quer escrever o primeiro livro?

Resposta: Escreva. Se não escrever, nunca irá sair do lugar. Mesmo que seja sem pretensão nenhuma, mesmo que apenas como exercício. Ler muito, sobre tudo que encontrar. E ser verdadeiro, escrever aquilo que lhe toca.


Crítica: As Marvels, 2023


Considerado o fracasso da Disney, as marvels, não é um filme tão ruim quanto dizem. Em busca de se manter no topo dos streammings com o maior números de filmes com bilheterias bilionárias, a Disney tem se empenhado para apresentar novos personagens e histórias que cativem de forma mais assídua e constante os fãs da era de ouro da produtora. Com a saída de Chris Evans (capitão América); Scarlett Johansson (viúva negra); Dave Bautista (Drax); Zachary Levi (Fandral), dentre outros, foi-se necessário se reinventar, uma vez, que, o público clamava por mais um filme dos vingadores, porém, um estúdio não deve se basear apenas em uma série para manter as demais, que, em tese, angariariam fracassos bilionários, uma vez, que, se torna necessário cativar o público com outras histórias para que elas continuem sendo fortemente produzidas e consigam se manter com seu próprio arrecadamento.


Com uma avaliação péssima de 2,7 no site adorocinema, o filme tem angariado críticas negativas ao enredo desenvolvido pela produtora, que, convenhamos, não foi tão ruim quanto outras produções que receberam muito mais críticas positivas, como filme o Homem Formiga & a vespa: Quantumania, que é extremamente chato do começo ao fim e coleciona, também, hates intermináveis pela web.


As Marvels é um filme norte-americano que serve como sequência para Capitã Marvel, lançado em 2019 e protagonizado por Brie Larson (O Quarto de Jack, Lessons in Chemistry). No novo longa, a Capitã - também conhecida como Carol Danvers (Larson) - está de volta para mais uma missão: agora, ela precisa lidar com consequências não intencionais que a levam a carregar o fardo de um universo desestabilizado. Porém, enquanto tenta resolver o problema, Denvers vai parar acidentalmente em um buraco de minhoca anômalo, que faz com que seus poderes acabem entrelaçados aos de outras duas heroínas. Envolvidas em um misterioso fenômeno que faz com que elas troquem de lugar sem entender a causa para tal, nascem As Marvels: a superfã Kamala Khan (Iman Vellani), também conhecida como Ms. Marvel, e a sobrinha afastada de Carol, capitã Monica Rambeau (Teyonah Parris), que agora trabalha como astronauta do programa S.A.B.E.R..


No filme "As Marvels", Brie Larson reprisa seu papel como Capitã Marvel na resolução de um antigo problema causado por fendas espaciais que ameaçam o universo. A trama se intensifica quando ela descobre que seus poderes se misturaram com os de outras duas heroínas, com quem ela precisa aprender a trabalhar em conjunto.


A primeira personagem que conhecemos é Kamala Khan (interpretada por Iman Vellani), uma adolescente conhecida como Miss Marvel, que estreou no Universo Cinematográfico da Marvel com sua própria série em 2022 e é a maior fã da Capitã Marvel. Logo em seguida, Monica Rambeau (interpretada por Teyonah Parris) entra em cena. Ela é a filha de Maria Rambeau (interpretada por Lashana Lynch), uma parceira importante que Carol Danvers perdeu. É relevante ressaltar que Monica e Carol não se falam há anos, e agora a cientista também possui superpoderes que adquiriu durante sua participação na série Wandavision.


O enredo é repleto de acontecimentos interessantes que explodem e surpreendem na tela, o enredo com personagens secundários, tendo apenas a capitã Marvel, como sendo uma aposta máxima para o sucesso não deu muito certo, mas não foi por falta de profissionalismo. A obra é criativa do começo ao fim e surpreende com um misto de acontecimentos inesperados que trabalham a redenção como papel de fundo. As críticas negativas não passam de fãs tristes com o que a Marvel tem se tornado com suas novas produções, mas como sabemos, todos nós teremos de nos acostumar e iniciar nossa própria era de ouro.


Confira o trailer



Crítica: Anônimo, 2021

SINOPSE
Não recomendado para menores de 18 anos

Em Anônimo, Hutch Mansell (Bob Odenkirk) é um pacato pai e marido que sempre arca com as injustiças da vida, sem revidar. Quando dois ladrões invadem sua casa, Hutch se recusa a defender a si mesmo e sua família na esperança de evitar qualquer violência, desapontando seus familiares com sua passividade. As consequências do incidente acabam despertando uma raiva latente em Hutch, desencadeando instintos adormecidos e impulsionando-o em um caminho brutal que irá trazer à tona segredos sombrios e habilidades letais.



CRÍTICA

"Anônimo" seria um forte concorrente de "John Wick"? Narrando a história de um homem quase comum, o enredo nos apresenta um assassino aposentado que decide se dedicar à família. Assim como "John Wick", ele decide abandonar a vida de crimes e seguir sua vida cuidando de sua família. Em "Anônimo", Bob Odenkirk tem sua casa invadida, assim como em "John Wick". Ele opta por não confrontar os ladrões e recebe a hostilidade de sua família em troca, uma vez que sua vida estava monótona, como mencionado no início da obra. Ele então decide abandonar a calmaria e sai em uma noite em busca de energia. Ele pede a Deus que abra portas, e a partir daí sua vida se revira completamente após agredir seis homens em um ônibus ao perceber que estes estavam se preparando para abusar sexualmente de uma passageira desacompanhada.

Um dos rapazes que fica em coma induzido é irmão de um poderoso chef da máfia russa, e todo o enredo se desenvolve em busca de vingança. O que não se espera é o envolvimento frenético do pai do protagonista nos acontecimentos, que parece apoiá-lo até o final da obra.

Como todo filme de ação, este não é diferente. A obra é repleta de uma tensão que provoca toda uma sequência de pancadaria e mortes constantes, uma receita que parece funcionar bem e talvez seja o motivo para o sucesso da franquia "John Wick". Os estúdios, após estudarem a recepção do público em enredos de ação, entenderam que há uma repulsa pela repetição de atores, o que os fez abandonar atores já conhecidos nessas histórias e investir em um novo astro na casa dos cinquenta anos. A obra recebeu 94% de aprovação no site especializado Rotten Tomatoes e uma nota de 4.7 no site brasileiro AdoroCinema.

Se levarmos o enredo em consideração, podemos inferir que a obra é magistral em diversos sentidos, não apenas pela sequência de acontecimentos minuciosamente construídos com um personagem habilidoso, forte e temido. Porém, se levarmos em consideração a previsibilidade do roteiro, entenderemos que este filme é apenas mais um entre tantos outros que descreve um assassino aposentado em busca de vingança para proteger algo ou alguém, neste caso, a própria família do protagonista. Pessoalmente, a obra é incrível do começo ao fim e cativa constantemente a atenção do telespectador.

A atuação de Bob Odenkirk é surpreendente, mostrando uma nova faceta como protagonista de filmes de ação. Sua transição do papel de um homem comum para um assassino letal e implacável é extremamente convincente. Odenkirk entrega uma atuação física impressionante, semelhante àquela de Keanu Reeves em "John Wick", e demonstra estar totalmente à vontade no papel.

A direção de Ilya Naishuller é notável, trazendo uma atmosfera sombria e repleta de tensão para o filme. As cenas de ação são coreografadas de forma impecável, com sequências explosivas e uma violência crua que prendem a atenção do espectador. O uso de técnicas de filmagem inovadoras, como a câmera em primeira pessoa durante as cenas de luta, adiciona um elemento único e imersivo à narrativa.

Além disso, o roteiro de Derek Kolstad é bem estruturado, com momentos surpreendentes e reviravoltas inesperadas. A trama é desenvolvida de forma coesa e os diálogos são bem escritos, revelando detalhes sobre o passado misterioso do protagonista e as motivações dos personagens.

No entanto, apesar de todos os pontos positivos, "Anônimo" não consegue escapar de algumas convenções do gênero de filmes de ação. A história de um assassino aposentado em busca de vingança é um tema recorrente em Hollywood, e muitos elementos do enredo são previsíveis para aqueles familiarizados com esse tipo de filme.

Apesar disso, a obra consegue se destacar e se tornar uma experiência cinematográfica emocionante e empolgante. "Anônimo" prova que é possível inovar dentro do gênero de filmes de ação, trazendo um protagonista diferenciado e uma abordagem visualmente arrojada.

No geral, "Anônimo" é uma obra que certamente encontrará seu lugar entre os fãs do gênero de filmes de ação. Com sua narrativa envolvente, atuações impressionantes e sequências de ação de tirar o fôlego, o filme é uma opção empolgante para os amantes de adrenalina no cinema. Embora não seja tão inovador quanto "John Wick", "Anônimo" merece seu próprio espaço no panteão dos filmes de ação de sucesso. Cabe a nós ressaltar que toda semelhança com o filme de Keanu Reeves é notável, por este motivo, há uma repetição frenética e constante à menção da obra.

Os 10 melhores filmes do cinema brasileiro


Os filmes brasileiros têm conquistado cada vez mais reconhecimento e prestígio tanto no Brasil quanto internacionalmente. Com histórias envolventes, atuações brilhantes e uma rica diversidade cultural, o cinema nacional tem se destacado pela sua capacidade de emocionar e provocar reflexões sobre diversos temas. Neste artigo, apresentaremos uma lista com os 10 melhores filmes brasileiros que merecem ser vistos e apreciados por todos os amantes da sétima arte. Prepare a pipoca e embarque nessa jornada cinematográfica que irá te surpreender e encantar. 


1) Cidade de Deus (2002)   [LEIA A CRÍTICA]

Baseado em fatos reais, o filme retrata a vida de diversos personagens que vivem em uma favela do Rio de Janeiro chamada Cidade de Deus. Narrado pelo personagem Buscapé, o filme aborda temas como violência, criminalidade e o sonho de escapar dessa realidade.



2) Central do Brasil (1998) [LEIA A CRÍTICA]

O filme conta a história de Dora, uma ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas na estação de trem Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Após o falecimento de um dos seus clientes, Dora se vê responsável por um menino órfão e juntos partem em busca do pai do garoto.



3) Tropa de Elite (2007) [LEIA A CRÍTICA]


O filme acompanha o cotidiano do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro. O Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, é o protagonista que busca encarar a corrupção dentro da polícia e lidar com as injustiças sociais.



4) O Quatrilho (1995) [LEIA A CRÍTICA]


Ambientado no início do século XX, o filme narra a história de dois casais de imigrantes italianos que se veem obrigados a se casarem com pessoas que mal conhecem para manterem uma vida estável no Brasil. A trama retrata a complexidade das relações pessoais e o confronto entre os valores individuais e as tradições familiares.



5) O Auto da Compadecida (2000) [LEIA A CRÍTICA]

Baseado na peça de Ariano Suassuna, o filme é uma comédia que retrata o sertão nordestino e suas peculiaridades. As aventuras de João Grilo e Chicó, dois amigos que se envolvem em diferentes tramas, são apresentadas de forma divertida e cheia de referências à cultura popular nordestina.



6) O Pagador de Promessas (1962) [LEIA A CRÍTICA]

Filme clássico brasileiro que conta a história de Zé do Burro, um homem simples que vai até a igreja de Santa Bárbara para pagar uma promessa. No entanto, ele encontra diversas dificuldades para cumprir seu objetivo devido à burocracia da igreja e à intolerância religiosa.



7) Aquarius (2016) [LEIA A CRÍTICA]

O filme retrata a vida de Clara, uma jornalista aposentada e última moradora de um antigo prédio à beira-mar em Recife. A trama se desenvolve quando uma construtora tenta convencer Clara a vender seu apartamento, mas ela se recusa e inicia uma batalha contra a empresa.



8) O Som ao Redor (2012) [LEIA A CRÍTICA]

Ambientado em um bairro de classe média no Recife, o filme aborda as relações entre os moradores e os trabalhadores de uma empresa de segurança privada. Questões sociais, como a desigualdade e as tensões entre classes, são retratadas de forma sutil e crítica.



9) O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006) [LEIA A CRÍTICA]

Passado no ano de 1970, durante a Copa do Mundo, o filme conta a história de Mauro, um menino de 12 anos que é deixado na casa de seu avô por seus pais, que estão fugindo da repressão política no Brasil. O filme mostra a intimidade entre os moradores de um bairro de São Paulo e como a ausência dos pais afeta a vida do protagonista.



10) Que Horas Ela Volta? (2015) [LEIA A CRÍTICA]


O filme retrata a vida de Val, uma empregada doméstica que trabalha na casa de uma família rica em São Paulo. Quando sua filha Jéssica decide visitá-la após anos de separação, as relações de poder e os questionamentos sobre hierarquia social ficam evidentes. O conflito entre as classes sociais é o fio condutor da trama.



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