[#LeiaNacional] Entrevista com Dielson Luz, autor de ❝Gosto amargo de prato frio❞

Enquanto nasce um amor improvável, o que estará por trás de passados tão trágicos?


SINOPSE:Ele tem o motivo. Ela só quer esquecer o passado. Se a vingança é um prato que se come frio, a dor pode ser um lembrete insistente de que nunca mais a vida será a mesma. Enquanto nasce um amor improvável, o que estará por trás de passados tão trágicos?

Primeiramente, fale-nos um pouco  sobre você.

Eu sou um entusiasta das palavras que, desde criança, levava os livros da biblioteca da escola para ler em casa, até que resolvi contar minhas  próprias histórias.

E foi assim que em 2014 publiquei Urbanos, meu primeiro livro.

Depois disso, publiquei alguns contos, crônicas e poemas em diversas antologias.

Gosto Amargo de Prato Frio é meu segundo romance policial lançado em 2022.Atualmente moro em São Bernardo do Campo, São Paulo - onde nasci – com minha esposa e meus dois filhos.


Há quanto tempo você escreve, como começou?

Escrevo desde a adolescência quando aproveitava as folhas que sobravam dos cadernos da escola para viajar pelas palavras. Ainda tenho alguns desses guardados.

 

Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Tento deixar a história fluir pelos meus dedos enquanto a ideia ainda está fresca, mas não sei se isso é um segredo, acredito que seja apenas meu jeito de escrever.

 

Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Eu comecei a gostar dos mistérios, romances policiais com a série Vaga-lume (Pedro Bandeira, Marco Rey, Lúcia Machado de Almeida, Maria José Dupré) e depois disso passei a ler Sidney Sheldon, Agatha Christie em um contexto mais pesado, adulto.

Hoje tenho em minhas preferências autores como Frank E. Peretti, Markus Zusak, Carlos Ruiz Zafón, Fredrik Backman e Khaled Hosseine.

No cinema, gosto das ideias de Jaco Van Dormael – principalmente no filme Mr. Nobody (Sr. Ninguém).


Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

Escrever é sempre um desafio. Dar a uma história de muitas páginas a coerência que a faz publicável, é o maior deles.

E há que pense que um romance de 250 páginas (que é o caso de Gosto Amargo de Prato Frio) seja mais complicado, porém, os contos me desafiam muito mais, devido à limitação de caracteres, palavras ou páginas.

Construir uma trama coerente com tão pouco, fazer com que o leitor entenda a mensagem, é desafiador.


Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

A pesquisa faz toda a diferença.

A coerência do texto é importantíssima.

Mas a persistência é o que faz a diferença, tanto para escrever quanto para publicar, já que desistir geralmente é o caminho mais fácil.


Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

Meu primeiro livro foi Urbanos. Eu fiquei empolgado por ter uma história tão legal na cabeça e sabia que era algo publicável (hoje sei que poderia ter melhorado e muito minha escrita antes de publicá-lo). A história surgiu quando li Em Seus Passos o Que Faria Jesus,  de Charles M. Sheldon.

 

Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

No primeiro livro tem um casal, um dos protagonistas, que são muito fofos, típicos vovôs, e ele leva o nome do meu filho, então, é algo que demorei para superar quando terminei de vez a história.


Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

Tento dar um estilo bem particular ao que escrevo, mas as histórias sempre tem algo a ver com a Bíblia que é o meu livro de fé e de prática.


Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Sim, essa é a parte mais importante ao iniciar a escrita de um livro. Sem anotações fica muito fácil de se perder na trama.

Isso envolve tudo o que acontece a minha volta, o que assisto, o que ouço (é gosto de escrever ouvindo jazz).


 O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Eu gosto de dar um tempo do teclado e ler alguma coisa parecida com a minha ideia.

Para mim, sempre dá certo.


A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?


Sim, essa é uma parte realmente importante para todo escritor. Meu principal leitor-beta é minha esposa, além de ser minha revisora e crítica. Muito do meu desempenho hoje como escritor eu devo às análises que ela faz do que escrevo, sempre com muita sinceridade.


Qual a parte mais complicada durante a escrita?

Para mim, tempo.

Tendo que conciliar trabalho, família, igreja, hobbies, etc., falta tempo para escrever, mas sempre se dá um jeito.


Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Depende do dia.

Em alguns a coisa flui de um jeito que as páginas brotam, mas em outros empaca em uma parte que não sai nada. Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar? Acredito que essa seja a reclamação de todo autor nacional: mais espaço para nós junto aos importados.

Apesar que as novas editoras vêm mudando esse cenário!


A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

 Eu sou um tanto procrastinador. 

Tenho muita coisa parada sem terminar.

 

O que motiva você a continuar escrevendo?

Ser lido. Todas as vezes que alguém comenta que leu algo meu, já quero voltar a escrever para que minhas ideias cheguem a mais pessoas!


Que conselho você daria para quem está começando agora?

Não me sinto como um veterano, mesmo já tendo 2 livros no mercado literário.  Mas a persistência leva a um fim e se esse é um sonho que vale a pena, resista à vontade de deixar pra lá. Levei 5 anos para cada livro ser publicado...

 

Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

É como eu já disse: conciliar o tempo para que eu não deixe alguma coisa importante sem atenção. Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

A recepção é boa, mas a concorrência é grande com os de casa e principalmente com os de fora.

Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

1.                Este Mundo Tenebroso 1 e 2 – Frank E. Peretti

2.                A serie Cemitério dos Livros Esquecidos – Carlos Ruiz Zafón

3.                A Menina Que Roubava Livros – Markus Zusak

4.                As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis

5.                Bônus: Extraordinário – R. J. Palacio

Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Pesquise! E quando achar que já deu, pesquise mais um pouco!


O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

Tenho planos para mais um romance (está pronto e é bem mais romance/drama do que policial). Espero conseguir publicá-lo!

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